Comissão de Relações Exteriores do Senado aprova nomes de 5 novos embaixadores

0
78

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou, nesta quinta-feira (17), os nomes de cinco diplomatas indicados pela presidência da República. Os nomes agora precisam ser referendados pelo plenário.

Gustavo Rocha de Menezes ocupará o cargo de embaixador em Mianmar.

As relações diplomáticas entre o Brasil e Mianmar foram iniciadas em 1982. A única embaixada mianmarense na América do Sul é localizada em Brasília e está em atividade desde 1996. Atualmente, estão em vigor acordos bilaterais nas áreas de cooperação técnica e isenção de vistos. Entre 2013 e 2016, por exemplo, o governo brasileiro prestou treinamento para especialistas myanmarenses acerca da produção de soro antiofídico, por meio do Instituto Butantan.

Localizada no sudeste asiático, a República da União de Mianmar segue um sistema de governo presidencialista. O território tornou-se independente do Reino Unido em 1948 e, hoje, tem 54,2 milhões de habitantes. Na véspera da posse do novo Parlamento, em fevereiro de 2021, o então presidente Win Myint foi detido junto a outras autoridades. Desde então, foi instalado um regime militar que segue no poder.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na mesma sessão, foi aceita a indicação da diplomata Maria Edileuza Fontenele Reis para chefiar a representação brasileira na Suécia e na Letônia.

Buzetti apontou a importância do Brasil para a indústria sueca. São 220 empresas do país no Brasil, movimentando mais de 30 bilhões de coroas suecas. Ela exemplificou marcas suecas que fazem parte do cotidiano dos brasileiros, como os fósforos Fiat Lux. Segundo a diplomata, a balança comercial entre os países é deficitária para o Brasil, caracterizada pela exportação, no Brasil, de produtos de valor agregado e importação de produtos primários.

“Nosso desafio é reduzir esse déficit de U$ 1,4 bilhão em uma pauta de cerca de U$ 3 bilhões e incorporar itens de maior valor agregado [nas exportações brasileiras]. A embaixadora [da Sécia no Brasil] Karin [Wallensteen] tem expectativas na conclusão do acordo Mercosul-União Europeia como forma de dar impulso”, disse a diplomata.

Edilson Rodrigues/Agência Senado

O nome de Gilberto Fonseca Guimarães de Moura passou na sabatina para o cargo de embaixador do Brasil nas Filipinas e, cumulativamente, em Palau, Micronésia e Ilhas Marshall

Filipinas é uma república presidencialista unitária bicameral no sudeste asiático, formada por 7.641 ilhas. Com uma população de aproximadamente 112 milhões de pessoas de origens étnicas diversas, sua economia está baseada no turismo, produção agrícola e industrialização de alimentos.

Segundo Amin, Brasil e Filipinas possuem relações diplomáticas desde 1946, com acordos bilaterais sobre dispensa parcial de vistos, dupla tributação, treinamento de diplomatas e sobre realização de consultas políticas. Há, em curso, negociação de dois acordos na área de defesa, do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) e de cooperação nas áreas de agricultura, turismo, em matéria penal e no combate ao tráfico e abuso de drogas.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Também foi aprovada a indicação de Maria Clara Duclos Carisio para o cargo de embaixadora do Brasil na Bósnia e Herzegóvina.

Bósnia e Herzegóvina é uma república parlamentarista que declarou sua independência da ex-Iugoslávia em 1992. Com população de aproximadamente 4 milhões de pessoas, a nação tem economia baseada na agricultura, no extrativismo mineral e nas indústrias a ele associadas.

Maria Clara afirmou que a pauta de importações da nação atualmente é restrita. Em resposta ao presidente da CRE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre as chances de estabelecimento de relações comerciais com o Brasil, ela considerou ser uma “atividade de formiguinha” que, para ser efetiva, depende da participação ativa da embaixada:

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O diplomata Marcelo Otávio Dantas Loures da Costa recebeu o aval para chefiar a embaixada brasileira no Catar, após ser sabatinado pelos senadores.

O Catar tem aumentado sua participação no cenário global. Seu comércio bilateral com o Brasil tinha, na virada do século, apenas U$ 30 milhões. Em 2022, esse número chegou a U$ 1,6 bilhão.

Dantas reforçou o crescimento do país árabe. Segundo ele, o conglomerado de notícias Al Jazeera e a companhia aérea Qatar Airlines demonstram a presença do país no comércio mundial.

O país árabe tem a maior renda per capita do mundo (cerca de US$ 65 mil por ano) e é o maior exportador de gás natural liquefeito do Planeta, atividade da qual provém 65% da renda nacional.

O Itamaraty estima que haja cerca de US$ 7 bilhões de investimentos do Catar no Brasil, com participação em empresas aéreas, bancos, grupos educacionais, editoras e em projetos de agricultura e petróleo.

Foto: Pedro França/Agência Senado

As informações são da Agência Senado.