CIPLAN firma parceria estratégica com a Embrapa para acelerar a descarbonização na indústria e a reabilitação de áreas degradadas.

   No âmbito do Fórum Econômico Brasil-França 2024, a empresa de cimento majoritariamente detida pelo grupo francês VICAT anunciou um acordo de Cooperação Geral com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para reduzir as suas emissões de CO2 com a utilização da biomassa como combustível na produção de cimento

Sobre a CIPLAN – Implantado no Distrito Federal desde 1968 em Sobradinho, CIPLAN atua em três segmentos principais: cimento, concreto pronto e agregados, e cerca de 1000 colaboradores. Desde 2019, o grupo familiar francês VICAT detém a maior parte do capital da CIPLAN. Há vários anos, a empresa VICAT tem se comprometido com a transição ecológica, reduzindo a pegada de carbono emitida pelas atividades da indústria e promovendo os benefícios da economia circular. De acordo com a estratégia de crescimento sustentável, a VICAT visa a neutralidade de carbono até 2050. A CIPLAN se compromete também a reduzir sua pegada de carbono.

Sobre a Embrapa – Criada em 1973, a Embrapa atua para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical, com o desafio constante de garantir ao Brasil segurança alimentar e posição de destaque no mercado internacional de alimentos, fibras e energia.

Um passo em direção à descarbonização da indústria – Atualmente, os combustíveis fósseis utilizados no processo de produção de cimento são responsáveis por um terço das emissões de CO2 dessa indústria. Esse processo complexo envolve a combinação de calcário, argila, areia e minério de ferro, queimados em fornos com temperaturas que chegam a quase 1500 graus. Esses fornos são alimentados principalmente com combustíveis fósseis, como carvão ou coque de petróleo, contribuindo para as emissões de CO2

CIPLAN usará mais combustíveis alternativos – Com a parceria entre a CIPLAN e a Embrapa, os fornos da CIPLAN serão abastecidos com combustíveis de biomassa produzidos localmente, como eucalipto e capim elefante (forrageira tradicional), reduzindo significativamente as emissões de CO2. A meta estabelecida é atingir 70% dos combustíveis alternativos até 2030. Atualmente, este índice situa-se em 35%.

Colheita de Capim Elefante.

Fortalecer a economia local – Além dos benefícios ambientais, essa iniciativa fortalecerá a economia local. Em colaboração com a Embrapa e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o projeto inclui a restauração de solos degradados nas áreas rurais do Distrito Federal e do Goiás, bem como a geração de renda para pequenos e médios agricultores. Essa ação terá impactos econômicos e sociais positivos, criando empregos e renda adicional para as comunidades agrícolas.

Yves Keller, CEO da VICAT Latam, destaca: “Nosso objetivo é trabalhar na descarbonização da nossa indústria, em parceria com a Embrapa, e promover um impacto local signiticativo”.

Cooperações bilaterais – No âmbito do Fórum Econômico Brasil-França, ocorrido na última semana de março, o Presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou a importância da neutralidade de carbono até 2050, que requer transformações profundas nos modelos econômicos. “Descarbonizar nossas grandes instalações industriais, descarbonizar nossos portos, descarbonizar nossas cimenteiras, inovar com o hidrogênio (…) e também permitir, através de inovações industriais, avançar muito mais rápido e com mais força neste caminho de crescimento comum.”

Diante dos desafios de redução das emissões de gases de efeito estufa no contexto das mudanças climáticas, a assinatura da parceria com a Embrapa representa um passo fundamental ao ambicioso projeto de descarbonização da indústria cimenteira e à valorização da economia local.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.