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]]>Assim que o presidente Lula assumiu em janeiro de 2023, ele deixou muito claro que nossa política externa deveria ter um olhar objetivo e de reaproximação com a África, e é isso que nós, ApexBrasil e MRE, buscamos com a Missão à África Ocidental. Mas não queremos apenas aumentar nossas exportações, e, sim, adensar nossas cadeias produtivas, por meio de uma maior integração entre os setores privados de nossos países.
Ana Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil
A missão brasileira no Senegal procurou facilitar a troca de experiências e a construção de parcerias entre empresários brasileiros e agentes econômicos senegaleses. De acordo com o embaixador brasileiro em Dacar, Bruno Luiz Cobuccio, “estamos em busca do tempo perdido, e a exploração de novas oportunidades de negócios é uma ferramenta essencial para dinamizar as relações entre Brasil e Senegal, duas nações que compartilham laços históricos de amizade, bem como afinidades sociais e culturais”.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura de Dacar (CCIAD), Abdoulaye Sow, destacou a importância da presença dos empresários brasileiros no Senegal, enfatizando que os dois países já construíram parcerias estratégicas em setores como horticultura, pecuária, produção de arroz, cultivo de mandioca, agricultura familiar, biocombustíveis e combate à anemia falciforme. No entanto, ele observou que “o volume de nossas trocas comerciais ainda não reflete plenamente a excelente cooperação que mantemos.”
Para Sow, a reunião multissetorial entre operadores econômicos brasileiros e senegaleses é fundamental para mudar esse cenário. “Essa é uma grande oportunidade para fortalecer nossas relações e aumentar significativamente o comércio bilateral”, afirmou.
A Missão África Ocidental passou por Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Senegal e deixou uma certeza: existe interesse por produtos, investimentos e cooperação brasileira em diversos setores.
“Na Nigéria, tivemos contato com uma empresa que faz a montagem de implementos agrícolas e carros, o que representa uma oportunidade. Aqui em Dacar, conversamos com a maior empresa de transportes do Senegal, o que iniciou um diálogo que esperamos que gere resultados práticos”, contou Roberto Mischek, representante da Volkswagen Trucks and Bus. A empresa tem presença consolidada em Angola e Gana, e busca recuperar o mercado nigeriano e abrir o senegalês. “Nosso produto é muito bom para os países africanos. As condições climáticas, as condições das estradas e a utilização são muito parecidas com o Brasil”, concluiu Mischek.
No setor de chuveiros elétricos, a representante da Fame, Maria Prado, relata que o produto é uma solução brasileira e que pode ser muito útil para os países africanos. “Poucas pessoas sabem disso, mas o chuveiro elétrico, esse chuveirinho que é aquele mais barato que a gente tem no Brasil, é uma invenção brasileira. Aqui, eles só têm sistema gás, que é muito caro”. Ainda que o chuveiro elétrico seja o sistema de aquecimento de água mais barato do mundo, ainda é preciso criar uma demanda local para o produto. “Na Nigéria ainda não existe a cultura da utilização do chuveiro elétrico, mas em outros países, como o Quênia, sim. Este último país é um dos nossos maiores mercados. Em Gana, tivemos nossa melhor entrada durante a Missão”, conta a empresária.
Outro setor que teve destaque durante a Missão foi o de saúde, com a participação ativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A instituição tem, no continente africano, uma tradição de cooperação que data de décadas. Na última reunião da União Africana, o presidente Lula anunciou que a Fiocruz também teria um escritório em Adis Abeba, Etiópia. Conforme o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o escritório será o grande ponto de referência da instituição no continente, alinhado ao acordo que o Brasil assinará com o Africa Centres for Disease Control and Prevention (Africa CDC). “A ideia é que, a longo prazo, seja instalada uma escola de saúde pública com vocação para abordar também temas científicos e tecnológicos, não somente saúde pública”, completou Moreira.
Ainda segundo o presidente da Fiocruz, “o Brasil tem sido procurado por vários embaixadores, ministros da saúde da África, querendo estabelecer no seu país condições de produção”.
“A experiência da Fiocruz, os contatos realizados pela Volkswagen, pela Fame, pela Baldan do setor de implementos agrícolas, pela Detronix, também do setor de saúde, com parceiros estratégicos ao longo da missão mostram que há grande espaço para que o Brasil possa aumentar em muitas exportações para o mercado africano”, concluiu Maria Paula Velloso, gerente de Indústrias e Serviços da ApexBrasil.
Fonte: Apex
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]]>A Nigéria, maior economia e país mais populoso da África, foi o primeiro destino da Missão África Ocidental, iniciativa organizada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A missão, que levou mais de 40 empresas brasileiras ao continente, busca fortalecer os laços comerciais e de cooperação entre o Brasil e a África Ocidental, com foco em setores estratégicos como segurança alimentar, energia e tecnologia.
No último dia 27 de janeiro, Abuja, capital da Nigéria, sediou o Seminário Nigéria-Brasil, evento que marcou o início da Missão África Ocidental. O encontro reuniu autoridades governamentais e empresários dos dois países, destacando o potencial para parcerias bilaterais e ganhos mútuos.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, enfatizou que a missão vai além da promoção comercial tradicional. “A reaproximação com a África é uma determinação do presidente Lula, que entende ser fundamental retomar a presença do Brasil em todos os países. Esta não é apenas uma missão comercial, mas de cooperação. O continente africano, com seus 1,4 bilhão de habitantes e projeção de chegar a 4 bilhões até o final do século, oferece oportunidades significativas para o Brasil. Temos muito a cooperar, especialmente em áreas como segurança alimentar e energia”, afirmou Viana.
A corrente de comércio entre Brasil e Nigéria, que em 2014, foi de US$ 10 bilhões, está atualmente no patamar dos US$ 2,1 bilhões. Segundo o estudo Perfil de Comércio e Investimentos Nigéria, da ApexBrasil, há 183 oportunidades para exportações brasileiras no país, com destaque para os setores de combustíveis minerais, máquinas e equipamentos, e produtos alimentícios.
No entanto, as exportações brasileiras para a Nigéria ainda são concentradas em açúcar e melaços, que representaram 73,5% do total em 2023. A diversificação dessas exportações é um dos principais desafios para ampliar a presença do Brasil no mercado nigeriano.
A Nigéria, que recentemente ingressou no grupo dos BRICS, é vista como um parceiro estratégico para o Brasil em desafios globais, como segurança alimentar e transição energética. O embaixador brasileiro na Nigéria, Carlos Garcete, destacou a importância da parceria bilateral. “A presença de representantes do setor privado dos dois países demonstra o enorme potencial da nossa relação. A Nigéria é um parceiro fundamental para o Brasil, especialmente no contexto dos BRICS”, afirmou.
Idi Mukhtar Maiha, Ministro do Desenvolvimento da Pecuária da Nigéria, reforçou os laços históricos e culturais entre os dois países. “Brasil e Nigéria compartilham história, cultura e objetivos econômicos comuns. Temos solos, climas e topografias semelhantes, o que facilita a cooperação em áreas como agricultura e pecuária”, disse Maiha.
A Missão África Ocidental promoveu mesas setoriais entre empresários brasileiros e nigerianos, gerando oportunidades concretas de negócios. A Deltronix, empresa brasileira de equipamentos técnicos, apresentou um projeto de prevenção ao câncer de útero que despertou grande interesse local. “Aqui na Nigéria, mais de 8 mil mulheres morrem anualmente de câncer de colo de útero. Nosso projeto inclui a instalação de clínicas ginecológicas e treinamento de médicos locais, gerando capacitação e demanda por nossos equipamentos”, explicou Luciano Grilo, diretor internacional da empresa.
Já a Baldan Implementos Agrícolas, que já exportou para mais de 80 países, incluindo várias nações africanas, destacou a importância da cooperação técnica. “Não basta vender máquinas; é essencial oferecer peças de reposição e treinamento para manutenção local. Essa missão é crucial para recuperarmos nosso espaço no mercado nigeriano”, afirmou Fábio Fávaro, representante da empresa.
A Missão África Ocidental representa um passo importante na reaproximação do Brasil com a África, continente que oferece oportunidades significativas em setores como agricultura, energia e tecnologia. Com laços históricos, culturais e econômicos, Brasil e Nigéria têm tudo para se tornarem parceiros estratégicos em um mundo cada vez mais interconectado.
Fonte: Agroemcampo
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