Arquivo de Bolsa Atleta - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/tags/bolsa-atleta/ O Jornal Brasilia in Foco cobre todo o mundo diplomático em Brasília Sun, 29 Dec 2024 11:33:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://brasiliainfoco.com/wp-content/uploads/2023/08/cropped-Logo-32x32.png Arquivo de Bolsa Atleta - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/tags/bolsa-atleta/ 32 32 Retrospectiva: Brasil tem ano paralímpico dourado e dita moda em Paris https://brasiliainfoco.com/retrospectiva-brasil-tem-ano-paralimpico-dourado-e-dita-moda-em-paris/ Sun, 29 Dec 2024 11:33:29 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=49965 Gabrielzinho e Carol Santiago comandam recorde na capital francesa O conceito de Paris como “capital mundial da moda” vem dos séculos 17 e 18, principalmente durante o reinado de Luís XIV, que incentivou o desenvolvimento da indústria têxtil na França. É possível fazer uma analogia com o esporte, área na qual o crescimento também é […]

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Gabrielzinho e Carol Santiago comandam recorde na capital francesa

O conceito de Paris como “capital mundial da moda” vem dos séculos 17 e 18, principalmente durante o reinado de Luís XIV, que incentivou o desenvolvimento da indústria têxtil na França. É possível fazer uma analogia com o esporte, área na qual o crescimento também é fruto de apoio, não apenas financeiro, mas também por meio de visibilidade, referências e boas histórias.

Entre julho e agosto de 2024, Paris foi a “capital mundial do esporte” ao sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Por dois meses, os veículos de comunicação do país deram espaço nobre aos heróis das piscinas, pistas e quadras. Durante a Paralimpíada, uma partida da seleção francesa de futebol masculino contra a Itália, pela Liga das Nações, ficou em segundo plano na capa do L’Équipe, principal jornal esportivo da França, que destacou as medalhas do ciclismo. Os torcedores lotaram as arquibancadas, trazendo máscaras com os rostos dos atletas. Não faltaram incentivo e surpresas: como a vitória dos anfitriões no futebol de cegos, superando a favoritíssima Argentina na decisão.

Não foram somente os atletas locais que conquistaram o público durante a Paralimpíada. Um brasileiro foi eleito pela France2, principal emissora pública do país europeu, como a estrela do evento. O mineiro Gabriel Araújo virou estrela em Paris durante os Jogos, deu autógrafos e participou do programa de maior audiência da TV poliesportiva francesa, que o chamou de “Pelé das Piscinas”.

Para além do carisma e do sorriso fácil, Gabrielzinho “amassou”, como ele mesmo diz, na Arena La Defense, em Nanterre, cidade vizinha a Paris, que recebeu as provas de natação. Foram três ouros na classe S2, para atletas com grau elevado de comprometimento físico-motor. O mineiro, que nasceu com focomelia (condição que impede o desenvolvimento normal de braços e pernas), venceu facilmente as provas dos 50 e dos 100 metros nado costas e dos 200 metros livre.

Os ouros de Gabrielzinho se juntam a outros quatro conquistados pelo Brasil na piscina de Nanterre. Um deles com o catarinense Talisson Glock, nos 400 metros livre da classe S6 (para deficiências físicas – ele tem o braço e a perna esquerda amputados), e outros três com Carol Santiago, que brilhou nos 50 e nos 100 metros livre e nos 100 metros costas da classe S12 (baixa visão – a pernambucana tem uma alteração congênita na retina chamada Síndrome de Morning Glory).

Carol, aliás, repetiu o que fez nos Jogos de Tóquio (Japão), em 2021, e foi grande nome individual do Brasil em Paris, com cinco medalhas ao todo (três ouros e duas pratas). O desempenho a tornou a mulher brasileira que mais vezes – seis – foi ao topo do pódio paralímpico, superando a lenda Ádria dos Santos, que conquistou quatro douradas em provas de velocidade para atletas cegas entre 1992 e 2008. Em apenas duas participações no megaevento, Carol acumula dez premiações e está a três de igualar a própria Ádria, ainda a maior medalhista feminina do país.

Não à toa, Carol e Gabrielzinho terminaram o ano eleitos os melhores da temporada – masculino e feminino, respectivamente – no Prêmio Paralímpicos. O mineiro era o grande favorito, enquanto a pernambucana venceu uma concorrente de peso, que teve um 2024 de volta por cima. Nos Jogos de Tóquio, a cordinha que une velocista com deficiência visual e atleta-guia rompeu, para desespero de Jerusa Geber, justamente nos 100 metros rasos, em que era campeã mundial da classe T11 (cegos). Três anos depois, novamente ao lado do guia Gabriel Garcia, a corredora acreana apagou de vez a decepção de 2021, ganhando tanto os 100 metros como os 200 metros.

O segundo ouro de Jerusa foi o de número 23 do Brasil em Paris, garantindo a campanha na capital francesa como a mais dourada do país em Paralimpíadas. Ainda vieram outros dois topos de pódio. O sul-mato-grossense Fernando Rufino, o Cowboy de Aço, sagrou-se bicampeão na paracanoagem, enquanto a carioca Tayana Medeiros, no halterofilismo, obteve uma dourada inédita para si.

Além dos 25 ouros, foram 26 pratas e 38 bronzes, totalizando 89 conquistas, batendo (e quase superando) a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que era alcançar entre 70 e 90 pódios. Pela primeira vez, o país ficou no top-5 do quadro de medalhas. O resultado, por incrível que pareça, poderia até ser melhor, já que algumas modalidades tiveram resultados considerados aquém e o Brasil ficou apenas dois ouros atrás da Holanda, quarta colocada, impulsionada pelo ciclismo.

O futebol de cegos, por exemplo, adiou o sonho do hexa ao perder da Argentina, na semifinal. A seleção ficou com o bronze. Outro favorito a tropeçar foi o goalball masculino, tricampeão mundial e ouro em Tóquio, que também se despediu de Paris bronzeado. Aliás, foram as únicas medalhas dos esportes coletivos brasileiros na França. O vôlei sentado feminino, campeão do mundo em 2022, voltou para casa sem lugar no pódio, superado na disputa do terceiro lugar pelo Canadá.

Em contrapartida, teve modalidade com estreia brasileira no pódio paralímpico. No parabadminton, Vitor Tavares conquistou o bronze inédito na classe SH6 (nanismo). Já no triatlo, teve a prata do também paranaense Ronan Cordeiro, da classe PTS5 (atletas com deficiências físico-motoras leves). Mesma cor de medalha que o paulista Alexandre Galgani obteve na carabina de ar deitado 10 metros da classe SH2 (atiradores que requerem suporte para a arma) no tiro esportivo.

Inédito, ainda, foi o feito de Jady Malavazzi. Dias após um quarto lugar em Paris, a paranaense se tornou a primeira brasileira campeã mundial de ciclismo de estada na classe da handbike (bicicleta “pedalada” com as mãos). Ou então o da catarinense Bruna Alexandre, do tênis de mesa, pioneira ao disputar tanto a Olimpíada como a Paralimpíada da capital francesa. Nesta última, obteve dois bronzes, nas duplas femininas e no individual da classe dez (a de menor comprometimento físico-motor – Bruna tem o braço direito amputado).

Fora das pistas e canchas, o Bolsa Atleta, considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual do mundo, passou a contemplar, em 2024, competidores das provas que integram os Jogos Surdolímpicos e os auxiliares de atletas paralímpicos, como os guias dos corredores com deficiência visual ou os calheiros da bocha, que posicionam as canaletas para os atletas (que têm um grau de comprometimento motor bastante severo) empurrarem a bola e jogar. Quase 100% dos representantes brasileiros em Paris (274 de 280) recebiam o benefício.

Porém, em meio a tantas conquistas, o ano teve uma nota triste: o falecimento de Joana Neves, a Joaninha. Campeã mundial e medalhista paralímpica na classe S5 (intermediária entre as voltadas para nadadores com deficiências físico-motoras), a potiguar, que tinha nanismo, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu em 18 de março, causando comoção entre atletas e demais envolvidos no movimento paralímpico brasileiro. A “Peixinha”, como era conhecida, foi homenageada na cerimônia de entrega do Prêmio Paralímpicos.

Fonte: Agência Brasil

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Esporte 2024: Ministério do Esporte avança na criação de políticas públicas para a transição e dupla carreira dos atletas brasileiros https://brasiliainfoco.com/esporte-2024-ministerio-do-esporte-avanca-na-criacao-de-politicas-publicas-para-a-transicao-e-dupla-carreira-dos-atletas-brasileiros/ Thu, 26 Dec 2024 12:00:35 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=49923 O programa Excelência para a Vida debateu durante o ano com especialistas e atletas na construção do futuro dos atletas brasileiros, fortalecendo o legado esportivo no Brasil Em 2024, o Ministério do Esporte reforçou suas políticas públicas com iniciativas como a ampliação do Bolsa Atleta, da Lei de Incentivo ao Esporte e das estruturas esportivas. […]

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O programa Excelência para a Vida debateu durante o ano com especialistas e atletas na construção do futuro dos atletas brasileiros, fortalecendo o legado esportivo no Brasil

Em 2024, o Ministério do Esporte reforçou suas políticas públicas com iniciativas como a ampliação do Bolsa Atleta, da Lei de Incentivo ao Esporte e das estruturas esportivas. Também deu início às discussões e estudos do programa Excelência para a Vida, que busca conciliar as rotinas esportivas com outras atividades essenciais ao projeto de vida dos atletas, como estudos e trabalho.

Foto: Mariana Raphael/MEsp

O ano foi dedicado à construção do programa e à análise de experiências internacionais. Para isso, foram realizadas reuniões, um fórum temático e, por fim, a divulgação de uma portaria do Ministério do Esporte que criou um grupo de trabalho. Este grupo reúne diversos especialistas e esportistas para propor diretrizes e formalizar uma política pública voltada à dupla carreira e à transição de carreira dos atletas brasileiros.

“Hoje, mais do que nunca, precisamos reconhecer que o esporte é uma etapa gloriosa, mas transitória, na vida de nossos atletas. A transição de carreira e a promoção da dupla carreira são pilares fundamentais para garantir que os talentos que brilham nos campos, quadras e piscinas continuem impactando nossa sociedade de forma positiva após o encerramento de suas jornadas esportivas”, afirma o ministro do Esporte, André Fufuca.

Para o governo federal, investir em educação e qualificação profissional é assegurar que os atletas tenham opções e segurança para construir uma nova trajetória após o término das competições. “Neste ano, estamos trabalhando na construção de ações interministeriais. Por exemplo, o que os Ministérios do Esporte e da Educação podem desenvolver juntos para apoiar o atleta-estudante, ou o que podemos elaborar em parceria com o Ministério do Trabalho para que os atletas tenham acesso diferenciado ao mercado de trabalho. Além disso, estamos discutindo iniciativas mais profundas, como a criação de uma aposentadoria especial. Tudo isso está sendo formulado dentro do programa Excelência para a Vida. Foi um ano bastante produtivo”, completa a secretária de Excelência Esportiva, Iziane Marques.

Balanço anual
Nos próximos dias, embarcaremos juntos em uma série especial de matérias que celebram as ações, projetos e resultados que marcaram o ano do Ministério do Esporte. Compartilharemos os marcos mais relevantes que consolidam nosso compromisso com o esporte brasileiro.

Fonte: Ministério do Esporte

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Equipe de ciclismo do DF é comandada por técnico da seleção paralímpica do Brasil https://brasiliainfoco.com/equipe-de-ciclismo-do-df-e-comandada-por-tecnico-da-selecao-paralimpica-do-brasil/ Sun, 17 Nov 2024 03:33:22 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=49025 Com passagens por Olimpíadas e Paralimpíadas, o professor da SEEDF Cláudio Civatti compartilha sua experiência com os alunos A modalidade que garantiu a primeira medalha do Distrito Federal nos Jogos da Juventude 2024, o ciclismo, conta com um reforço de peso no comando da equipe formada por estudantes da rede pública de ensino. Cláudio Civatti, […]

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Com passagens por Olimpíadas e Paralimpíadas, o professor da SEEDF Cláudio Civatti compartilha sua experiência com os alunos

A modalidade que garantiu a primeira medalha do Distrito Federal nos Jogos da Juventude 2024, o ciclismo, conta com um reforço de peso no comando da equipe formada por estudantes da rede pública de ensino. Cláudio Civatti, técnico da Seleção Brasileira Paralímpica desde 2010 e professor de educação física da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), é quem orienta os ciclistas nas disputas da edição de 2024 dos Jogos, em João Pessoa (PB).

Aos 59 anos, Civatti é referência tanto no desenvolvimento de atletas de elite quanto na formação de jovens promessas. O professor concilia a preparação da nova geração com a liderança em competições internacionais de alto rendimento, acumulando passagens marcantes por duas Olimpíadas, cinco Paralimpíadas e quatro Jogos Parapan-Americanos.

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Apoio do GDF consolida Brasília como referência nacional na marcha atlética https://brasiliainfoco.com/apoio-do-gdf-consolida-brasilia-como-referencia-nacional-na-marcha-atletica/ Sun, 01 Sep 2024 12:21:40 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47592 Capital é celeiro de talentos na categoria e reúne atletas inspirados pelo medalhista olímpico Caio Bonfim, que contam com os programas de incentivo federal para representar o Distrito Federal em torneios nacionais e internacionais A conquista inédita da medalha de prata na marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 trouxe reconhecimento para a modalidade, […]

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Capital é celeiro de talentos na categoria e reúne atletas inspirados pelo medalhista olímpico Caio Bonfim, que contam com os programas de incentivo federal para representar o Distrito Federal em torneios nacionais e internacionais

A conquista inédita da medalha de prata na marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 trouxe reconhecimento para a modalidade, crescente em Brasília e potencializada por meio de programas de incentivo ao esporte executados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), como o Compete Brasília e o Bolsa Atleta.

“O Governo do Distrito Federal, por meio desses programas, oferece suporte contínuo a esses atletas, garantindo recursos para treinamento, participação em competições e desenvolvimento técnico. Nosso compromisso é fortalecer ainda mais essa modalidade, criando oportunidades para que nossos marchadores alcancem os melhores resultados e representem nossa cidade nos pódios”

                  Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer

O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, afirma que a capital federal está se consolidando como um polo esportivo, e a marcha atlética é um exemplo disso, com atletas de alto nível competindo e conquistando vitórias em torneios nacionais e internacionais. “O Governo do Distrito Federal, por meio desses programas, oferece suporte contínuo a esses atletas, garantindo recursos para treinamento, participação em competições e desenvolvimento técnico. Nosso compromisso é fortalecer ainda mais essa modalidade, criando oportunidades para que nossos marchadores alcancem os melhores resultados e representem nossa cidade nos pódios”, afirma Junqueira.

Treinando diariamente no Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho, há marchadores que também participaram das Olimpíadas em Paris deste ano. Entre eles está Max Batista Gonçalves dos Santos, 29, tricampeão brasileiro dos 35 km, medalhista sul-americano e medalhista da Copa Panamericana de Marcha Atlética. Além de outras disputas importantes, como o Troféu Brasil e o Campeonato Mundial de Marcha Atlética, Max fez parte do auge das competições, conquistando o 28º lugar nos Jogos Olímpicos em Paris, em sua primeira participação.

De um menino de 12 anos que enfrentava dificuldades em casa a um atleta de alto rendimento, a jornada de Max é composta de muito trabalho e dedicação. Ele conta que fez o primeiro treino em 2006, a convite de um amigo, atraído pelo lanche que viria depois. Logo se apaixonou pelo esporte, aprimorou-se e começou a competir. “A gente costuma dizer que não somos nós que escolhemos a marcha atlética, é a marcha atlética que nos escolhe. Eu tentei outras modalidades como corrida e salto, mas não me encaixei em nenhuma, e a marcha atlética me escolheu. Ela me deu a oportunidade de chegar onde cheguei hoje”, afirma o atleta.

Resistência e técnica

A marcha atlética é uma modalidade do atletismo em que se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contato com o solo com pelo menos um dos pés. A perna que avança deve estar reta, desde o momento do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical. Foi integrada aos Jogos Olímpicos em 1900 e, em 1992, passou a ser disputada também na categoria feminina.

As provas de marcha atlética são disputadas nas distâncias de 20 km no feminino, e 20 km e 50 km no masculino, normalmente realizadas em um circuito na rua de no mínimo 1 km e no máximo 2,5 km. É uma modalidade esportiva em que a resistência e a técnica do atleta são fundamentais. E não é fácil: são muitos quilômetros de treino para aguentar a rotina de segunda a sábado, executando uma média de 20 km a 25 km por dia, geralmente com dois turnos de treino combinados com academia e fisioterapia para trabalho preventivo.

A marchadora Gabriela Muniz, 22, não só cresceu nesse esporte como viu a modalidade crescer junto com ela. Quando tinha 12 anos, conheceu a marcha atlética por meio de um projeto social, onde via o esporte mais como uma brincadeira. Com o tempo, seu estilo de corrida se destacou por ela correr entrando com o calcanhar, uma característica de marchadora.

“Disseram que eu poderia me dar melhor na marcha do que na corrida, então eu testei e estou aqui até hoje. Foi a prova com a qual mais me identifiquei e que mais deu certo para mim. No começo, não gostava tanto, porque não havia muitas pessoas praticando a modalidade e eu queria correr com um grupo maior. Mas, com o tempo, mais pessoas chegaram”, recorda.

Apoio fundamental

Gabriela ressalta o quanto o esporte mudou sua vida e que, por meio dele, conseguiu uma qualidade de vida melhor, conheceu pessoas e lugares, além de se superar. “O esporte é muito importante na minha vida. E, com certeza, o apoio do GDF é fundamental para buscarmos as marcas exigidas em campeonatos internacionais, que são mais fortes e têm mais competidores”.

Enquanto o Compete Brasília custeia passagens para competições nacionais e internacionais, o Bolsa Atleta fornece condições para que os competidores permaneçam no esporte. Gabriela explica que, para participar das Olimpíadas, são necessárias pelo menos três boas marcas, o que foi possível a partir de competições no exterior, cujas passagens foram custeadas pelo Compete. “E o Bolsa Atleta permite custear essas viagens, comprar suplementos, tênis; tudo isso é um investimento para nós”, acrescenta.

O colega de pista, Max, complementa a fala da atleta e frisa que é muito difícil alcançar grandes níveis sem ajuda. “Hoje eu vivo pelo esporte. Os programas do GDF têm garantido que eu chegasse a lugares que, sem apoio, não teria chegado. Meus treinadores e todos que tocam esse projeto me mostraram que eu podia ganhar muito mais do que um lanche. Sobradinho já tinha um reconhecimento nessa modalidade porque o Caio veio da Olimpíada do Rio de 2016 com um ótimo resultado, mudando a cultura local. Agora, creio que é assinar embaixo e fechar com chave de ouro que o Brasil é também o país da marcha atlética”, finaliza o marchador.

O medalhista olímpico Caio Bonfim recorda que até seus adversários em Paris reconheciam a importância dos programas de apoio que garantem a presença em outros campeonatos. “A nossa Bolsa Atleta é quase o dobro da do governo federal, você vê o tanto que ela é relevante. Quando você tem essa segurança, você tem oportunidade. Paris é linda, a Torre Eiffel é deslumbrante e memorável. Mas voltar para casa, para Sobradinho, é lindo. A gente sonhou com esse momento e trabalhou muito por longos dias para estarmos vivendo isso aqui. Sermos coroados com essa medalha é algo que não conseguimos nem definir com palavras”, ressalta o atleta.

Fonte: Agência Brasília

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Brasilienses em Paris: a menina que não queria ser atleta chega à Paralimpíada https://brasiliainfoco.com/brasilienses-em-paris-a-menina-que-nao-queria-ser-atleta-chega-a-paralimpiada/ Sun, 25 Aug 2024 03:46:09 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47435 Daniele Souza será a primeira mulher a representar o Brasil na disputa do parabadminton; a trajetória começou em um Centro Olímpico Todo atleta ama esporte e sonha em participar de uma Olimpíada ou Paralimpíada desde cedo, certo? Bom, com a brasiliense Daniele Souza não foi bem assim. “Tem horas que passa um filme na minha […]

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Daniele Souza será a primeira mulher a representar o Brasil na disputa do parabadminton; a trajetória começou em um Centro Olímpico

Todo atleta ama esporte e sonha em participar de uma Olimpíada ou Paralimpíada desde cedo, certo? Bom, com a brasiliense Daniele Souza não foi bem assim. “Tem horas que passa um filme na minha cabeça, porque eu nunca imaginei chegar onde estou hoje”, diz. O lugar em que ela está hoje é a oitava colocação no ranking mundial de sua categoria no parabadminton, pronta para embarcar para os Jogos Paralímpicos de Paris. Já o início dessa trajetória remete a 12 anos atrás.

Daniele teve uma infecção hospitalar ao nascer que lhe tirou os movimentos das pernas aos 11 anos. Em 2012, aos 19, foi inscrita — um pouco a contragosto — pela mãe no Centro Olímpico e Paralímpico de Samambaia. “Eu gostava de assistir, mas não me via no esporte. Eu costumo falar que foi pela insistência da minha mãe. Na época, eu não andava sozinha, então ela me levou arrastada mesmo para o Centro Olímpico. E aí eu comecei no tênis em cadeira de rodas e, depois de duas semanas, eles me apresentaram o parabadminton”.

A identificação foi instantânea. “Quando eu peguei na raquete, falei: ‘É esse o esporte’”, lembra. “Foi uma conexão surreal, até porque o professor mesmo falava que, quando ele levava os alunos para a modalidade, eles tinham muita dificuldade em rebater a peteca. Já no meu caso foi totalmente diferente, eu já estava conseguindo bater e ele ficou abismado com o meu potencial”, acrescenta.

O professor era Alber Monteiro. Foi ele, aliás, o responsável por mudar a opinião de Daniele sobre ser atleta. “Eu não queria dar o braço a torcer, até porque eu não gostava, não me via naquele ambiente. E aí, no final de 2012, o professor Alber me inscreveu em uma competição, o [Campeonato] Brasiliense, e eu conquistei quatro medalhas. Aí já fiquei mais empolgada”, relata.

As quatro medalhas abriram uma coleção. As mais valiosas — até agora — são um ouro e uma prata conquistados nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em 2023, e um bronze no Parapan de Lima, em 2019. Enquanto lutava por mais uma, em 16 de maio deste ano, durante a primeira etapa do Circuito Nacional, em Curitiba, Daniele recebeu a notícia de que seria a primeira mulher da história a representar o Brasil em Jogos Paralímpicos.

“Ia ter a cerimônia de abertura. O coordenador chegou e falou: ‘Quero que você participe’. Eu, sem entender, disse: ‘Beleza’. E aí, do nada, começaram a falar de Paralimpíadas. Na minha cabeça, eu pensei: ‘Vou sair daqui, o que estou fazendo aqui? Não tem nada a ver’. Quando fui pegar minha bolsa, que eu tinha colocado no chão, chamaram meu nome. Sinto que a alma saiu do corpo. E demorou a voltar.”

Exemplo

Para Daniele, o apoio por meio de programas como o Bolsa Atleta e o Compete Brasília “é muito importante pelo fato de dar uma estabilidade ao atleta”

Daniele afirma sentir-se honrada em ser a primeira brasileira do parabadminton em Paralimpíadas. Só que não quer ser a única. Por isso, defende o fomento governamental para a formação de novos atletas — por meio de programas como o Bolsa Atleta e o Compete Brasília, dos quais é beneficiária, além da criação e manutenção dos Centros Olímpicos e Paralímpicos, que considera sua “segunda casa”. “Esse apoio é muito importante pelo fato de dar uma estabilidade ao atleta”.

Mas há que se destacar também a força do exemplo. Questionada sobre referências, Daniele cita uma belga e uma suíça. Apesar da timidez, ela reconhece o peso da própria trajetória para que as gerações futuras possam ter uma brasileira como ídolo. “Eu fico meio sem jeito com essas coisas, porque eu não sou muito acostumada. Mas muitas pessoas falam que a minha garra inspira elas”, conta.

“Estar hoje aqui, próximo ao embarque para as Paralimpíadas, é gratificante e eu espero que a minha história inspire outras pessoas. Mesmo que não seja no esporte”

Daniele Souza, atleta de parabadminton

“Estar hoje aqui, próximo ao embarque para as Paralimpíadas, é gratificante e eu espero que a minha história inspire outras pessoas. Mesmo que não seja no esporte. Mas que isso incentive as pessoas a não desistirem dos seus sonhos, porque nada na vida é fácil. E, quando a gente quer, a gente almeja algo, e a gente busca, a gente consegue.”

Para o próprio futuro, ela evita fazer planos. Quer curtir o sonho que está vivendo. “Estou focada só no agora. Com certeza depois vai vir algum projeto, alguma outra coisa; mas, por enquanto, o foco é só nas Paralimpíadas”, arremata aquela menina que nem queria ser atleta.

Fonte: Agência Brasília

 

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Carreata em Sobradinho marca festa de retorno de Caio Bonfim, medalhista de prata em Paris https://brasiliainfoco.com/carreata-em-sobradinho-marca-festa-de-retorno-de-caio-bonfim-medalhista-de-prata-em-paris/ Sun, 11 Aug 2024 10:00:43 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47188 Beneficiado pelos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, o brasiliense circulou pela cidade na viatura do Corpo de Bombeiros e foi ovacionado pela população. Comboio encerrou desfile no Centro Olímpico e Paralímpico (COP), um dos equipamentos públicos O bom filho à casa torna. Com a medalha olímpica no peito, o atleta brasiliense Caio Bonfim voltou […]

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Beneficiado pelos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, o brasiliense circulou pela cidade na viatura do Corpo de Bombeiros e foi ovacionado pela população. Comboio encerrou desfile no Centro Olímpico e Paralímpico (COP), um dos equipamentos públicos

O bom filho à casa torna. Com a medalha olímpica no peito, o atleta brasiliense Caio Bonfim voltou a sua cidade natal após conquistar a prata na marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris. O retorno a Sobradinho foi repleto de emoção. Em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), ele circulou por locais por onde costuma passar marchando na região administrativa, mas agora acompanhado de dezenas de pessoas.

As ruas foram tomadas por moradores com bandeiras e camisas do Brasil correndo atrás do comboio. As aulas pararam, com os estudantes aguardando o medalhista olímpico passar pelas esquinas. O comércio também parou. Nos prédios, muitos acenavam nas janelas. O Centro Olímpico e Paralímpico (COP) – onde a carreata foi finalizada – ficou lotado. Todo mundo queria ver o atleta que treina nas ruas da cidade de volta após o feito histórico: a primeira medalha do Brasil no esporte.

“Estou feliz demais de estar aqui, emocionado. Sobradinho é minha casa. É o lugar onde gosto de estar, onde gosto de treinar, onde eu vivo. Posso viajar para qualquer lugar do mundo que é o lugar que gosto de voltar”, afirma Caio Bonfim. “São sete semanas longe de casa, então poder receber esse carinho, para mim, é muita satisfação”, completou.

A mãe, treinadora e medalhista de marcha atlética, Gianetti Bonfim comemorou o retorno da família a Sobradinho com festa. “Paris é linda, a Torre Eiffel é deslumbrante e memorável, mas voltar para casa, para Sobradinho, é lindo. A gente sonhou com esse momento. Trabalhamos muito por longos dias para estarmos vivendo isso aqui. Sermos coroados com essa medalha é algo que eu não encontrei no nosso vocabulário como definir”, comentou.

A presença de Caio parou a cidade. A servidora pública e moradora da região administrativa, Floraci Ramos, enalteceu o retorno do colega de esporte. “Hoje eu estou aqui para ver essa medalha trazida por ele. É a nossa marcha atlética se desenvolvendo e ganhando esse espaço no Brasil”, comemorou. “É uma modalidade que, até então, era muito desconhecida e agora a gente quer popularizar. Até hoje, eu marcho para poder fazer esse trabalho e o Caio Bonfim fez isso com tanto esforço. Estamos aqui agora para comemoramos juntos dele”, disse.

Anna Luísa Palhano treina vôlei no COP e se inspira em Caio Bonfim para virar uma atleta profissional

A jovem Anna Luísa Palhano, 14 anos, pediu ao pai para ver a chegada de Caio Bonfim no COP, onde ela treina vôlei. “Eu vim aqui ver o Caio porque ele ganhou uma medalha por nós. Achei muito legal, até porque ele é aqui de Sobradinho”, afirmou. A conquista do atleta da cidade já a inspirou. “Sempre sonhei em ser jogadora de vôlei profissional e ver o Caio ganhando essa medalha me deu o incentivo para poder crescer e treinar mais”, comentou.

Capital do esporte

Durante a carreata, Caio Bonfim voltou a elogiar o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF). Ele é beneficiado com dois programas: Bolsa Atleta, que garante recursos para a manutenção de atletas em atividade esportiva, e Compete Brasília, que concede transporte aéreo e terrestre para atletas em alto rendimento participarem de competições nacionais e internacionais.

“A Secretaria de Esporte tem o melhor programa de incentivo ao esporte do Brasil. A Bolsa Atleta, por exemplo, é o dobro da federal. Nenhum estado tem isso. E aqui ainda tem passagem [Compete Brasília]. Quando eu falo para os meus amigos, adversários dos outros estados o que a gente tem, eles falam: ‘Aí fica difícil acompanhar’. Então, é uma coisa que ajuda o atleta brasiliense a estar na frente”, destacou.

Duas viagens patrocinadas pelo Compete Brasília foram essenciais para a trajetória olímpica de Caio: Varsóvia, na Polônia, prova que garantiu o índice que classificou o atleta para as Olimpíadas, e Taicang, na China, quando bateu o recorde brasileiro em uma prova internacional.

“Fico feliz que contribuímos um pouquinho nesse degrau dessa medalha histórica e inédita para o Brasil”

Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer

“Hoje é um dia em que só temos a agradecer ao Caio e à família Bonfim. Fico feliz que contribuímos um pouquinho nesse degrau dessa medalha histórica e inédita para o Brasil”, afirmou o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.

Sobre a responsabilidade que a medalha olímpica trouxe, Caio Bonfim disse que o incentiva a fazer mais para desenvolver o esporte no Distrito Federal. “Essa medalha faz parte desse sonho de popularizar a marcha atlética. Ela vai trazer esse tipo de olhar, que é o que melhora o esporte. Espero que possamos ter muitos outros atletas porque matéria prima nós temos”, afirmou e citou os colegas brasilienses que também participaram dos jogos em Paris, Max Batista e Gabriela Muniz.

O administrador de Sobradinho, Gutemberg Tosatte, destacou que o resultado de Caio Bonfim demonstra a força do esporte na cidade, que ele apelidou como “a capital do atletismo”. “A cidade se sente honrada porque o Caio é filho de Sobradinho. É literalmente prata da casa”, lembrou. “Essa é mais uma possibilidade que se apresenta para nós do governo investirmos mais e mais no esporte”, acrescentou.

Floraci Ramos destaca que a conquista de Caio servirá de incentivo para a prática da marcha atlética

A medalha de Caio vai impulsionar, por exemplo, a reforma do Estádio Augustinho Lima, local que o atleta utilizou para treinar para os jogos olímpicos e será reformado pela SEL-DF. “Essa pista foi feita em 2010. Seria muita covardia minha colocar a culpa nesta gestão. Outra coisa que poucas pessoas pararam para pensar além de ser caro, demora muito para reformar. Não é de um dia para o outro, então a secretaria foi parceira”, disse.

A recuperação do espaço, incluindo a pista de atletismo, já estava nos planos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas o resultado acelerou o processo de recuperação do local e de outros dois estádios: Joaquim Domingos Roriz (Rorizão) e Maria de Lourdes Abadia (Abadião).

“Nós sempre falamos que antes mesmo de fazer as grandes construções, que nós pretendemos é fazer com que os espaços já existentes sejam aptos para receber os eventos esportivos e que possam se tornar centros de referência e incubadoras de grandes atletas. Então esse planejamento já estava sendo feito. Claro que essa medalha acelerou o processo cada vez mais. Estamos fazendo tudo com seriedade e da melhor forma possível”, adiantou o secretário de Esporte e Lazer.

Fonte: Agência Brasília

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