Arquivo de abertura - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/tags/abertura/ O Jornal Brasilia in Foco cobre todo o mundo diplomático em Brasília Tue, 27 May 2025 18:02:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://brasiliainfoco.com/wp-content/uploads/2023/08/cropped-Logo-32x32.png Arquivo de abertura - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/tags/abertura/ 32 32 Atravessando Juntos o Vento e a Chuva: A Construção de uma Comunidade de Futuro Compartilhado entre a China e a América Latina – Práticas e Perspectivas Futuras https://brasiliainfoco.com/atravessando-juntos-o-vento-e-a-chuva-a-construcao-de-uma-comunidade-de-futuro-compartilhado-entre-a-china-e-a-america-latina-praticas-e-perspectivas-futuras/ Tue, 27 May 2025 18:02:47 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52328 Prefácio A China é o vizinho da América Latina e do Caribe (ALC) do outro lado do Oceano Pacífico. Tanto a China quanto as nações da ALC são países em desenvolvimento e compartilham a mesma aspiração por independência, desenvolvimento e revitalização. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes China-ALC […]

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Prefácio

A China é o vizinho da América Latina e do Caribe (ALC) do outro lado do Oceano Pacífico. Tanto a China quanto as nações da ALC são países em desenvolvimento e compartilham a mesma aspiração por independência, desenvolvimento e revitalização. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes China-ALC realizada no Brasil, o presidente Xi Jinping fez um discurso de abertura intitulado “Construir uma Comunidade de Futuro Compartilhado para o Progresso Comum”. A partir de então, teve início uma nova etapa de parceria de cooperação abrangente entre a China e a ALC, com a construção de uma comunidade de futuro compartilhado como vínculo e objetivo.

A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é um novo conceito sobre relações internacionais e o futuro da sociedade humana, proposto pela primeira vez pelo presidente Xi Jinping. Este conceito tem grande e transcendental significado para promover ativamente a cooperação e os intercâmbios entre a comunidade internacional em um contexto global de mudanças sem precedentes e únicas, com o objetivo de construir um mundo caracterizado pela paz duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura e inclusão. A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é o conceito central do Pensamento de Xi Jinping sobre a Diplomacia, bem como a meta almejada pela diplomacia chinesa na nova era (WANG, 2024). A formulação e o desenvolvimento deste conceito estão alinhados com a tendência geral do mundo e a direção do desenvolvimento humano, refletem a busca de valores comuns para toda a humanidade e apresentam planos chineses para o desenvolvimento global e o futuro da humanidade.

A construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC é uma iniciativa prática que visa aumentar a amizade e a cooperação ambos lados, com base no conceito da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, além de ser um novo plano para fortalecer a cooperação Sul-Sul e impulsionar a otimização contínua do sistema de governança global. A cooperação entre a China e os países da ALC na construção de uma comunidade de futuro compartilhado pela humanidade aumentará efetivamente a voz de ambos ambas as partes nos assuntos globais e contribuirá para promover a multipolaridade global, a democratização das relações internacionais e a formação de uma nova ordem política e econômica internacional justa e razoável.

Em 2024 celebra-se o 10º aniversário da proposta do presidente Xi Jinping para a comunidade de futuro compartilhado China-ALC. Nos últimos 10 anos, a ideia de construir uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC tem recebido uma resposta e um reconhecimento cada vez mais positivos por parte dos países latino-americanos. As relações bilaterais na nova era, caracterizadas pela igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e bem-estar para os povos, alcançaram resultados frutíferos em diversos âmbitos da cooperação amistosa.

I. Promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado e os valores comuns de toda a humanidade

Atualmente, as mudanças na situação mundial estão evoluindo de forma vertiginoso. As transformações no mundo, nos tempos e na história estão se desenvolvendo de uma maneira sem precedentes. O mundo entrou em um novo período de turbulências e transformações, mas a direção geral do desenvolvimento e do progresso da humanidade não mudará, assim como a lógica de que a história mundial avança de forma sinuosa, nem a tendência de que a sociedade internacional compartilha um futuro comum. Desde o início da nova era, a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade passou de uma iniciativa proposta pela China a um consenso internacional, de uma visão promissora a uma prática acumulada, e de uma ideia conceitual a um sistema científico (WANG, 2024). Essa iniciativa tornou-se uma brilhante bandeira que lidera o progresso dos tempos ao defender os valores comuns de toda a humanidade. Adaptando-se à corrente dos tempos, a China e a ALC estão construindo uma comunidade de futuro compartilhado ainda mais estreita e impulsionam as relações bilaterais a uma nova etapa, em que a cooperação integral e a cooperação bilateral avançam em paralelo e se reforçam mutuamente, tornando-se, assim, um exemplo de cooperação Sul-Sul na nova era.

1. Conceito central do pensamento de Xi Jinping sobre a diplomacia

O relatório apresentado em 8 de novembro de 2012, no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), introduziu pela primeira vez o conceito de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Em 5 de dezembro do mesmo ano, ao se reunir com personalidades estrangeiras após assumir o cargo de secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Xi Jinping destacou que a comunidade internacional havia se tornado, ao longo do tempo, uma comunidade de futuro compartilhado e que, diante da complexa situação da economia mundial e dos problemas globais, nenhum país poderia salvar-se sozinho. Após essa reunião, a “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” passou a ser um novo conceito reiterado frequentemente por líderes chineses e documentos governamentais.

Em 18 de janeiro de 2017, o presidente Xi Jinping participou de uma conferência de alto nível no Palácio das Nações, em Genebra, e fez um discurso intitulado “Trabalhar para Construir Uma Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”, no qual desenvolveu de maneira profunda, abrangente e sistemática o conceito. Em 10 de fevereiro do mesmo ano, a Comissão de Desenvolvimento Social da ONU, em sua a 55ª sessão, aprovou por consenso a resolução “Dimensões Sociais da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África”, que instou a comunidade internacional a fortalecer o apoio ao desenvolvimento econômico e social do continente africano, com espírito de cooperação, benefícios compartilhados e construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Foi a primeira vez que uma resolução da ONU incluiu o conceito de “construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”.

Em outubro de 2022, o relatório apresentado ao 20º Congresso Nacional do PCCh incorporou a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade como parte essencial da modernização chinesa. O documento destacou que a China se dedicará a promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, mantendo-se fiel ao propósito de uma política externa que salvaguarde a paz mundial e fomente o desenvolvimento comum.

Na Conferência Central sobre o Trabalho dos Assuntos Exteriores, realizada em 27 e 28 de dezembro de 2023, em Beijing, foi destacado que a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é o conceito central do Pensamento de Xi Jinping sobre a Diplomacia. Representa uma compreensão cada vez mais profunda do PCCh sobre as leis que regem o desenvolvimento da sociedade humana e constitui um projeto que a China apresenta sobre o tipo de mundo que deseja construir e como fazê-lo. Esse conceito reflete a visão de mundo, a percepção de ordem e os valores dos comunistas chineses, alinhando-se com as aspirações comuns de todos os povos e indicando o caminho para o progresso das civilizações mundiais. Além disso, é o objetivo nobre que a China busca alcançar ao conduzir uma diplomacia de grande potência com características chinesas na nova era.

2. Iniciativas e ações da China orientadas pelo conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado

Ao mesmo tempo em que defende o importante conceito de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, o presidente Xi Jinping apresentou uma proposta pioneira para promover a formação de um novo tipo de relações internacionais, caracterizado pelo respeito mútuo, pela equidade e justiça, e pela cooperação com benefícios compartilhados. Além disso, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), a Iniciativa de Segurança Global (ISG) e a Iniciativa de Civilização Global (ICG), com o objetivo de abrir um caminho prático e criar condições fundamentais para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.  Essas iniciativas instam os países a trabalharem juntos para enfrentar desafios, alcançar prosperidade comum e impulsionar o mundo rumo a um futuro promissor de paz, segurança, prosperidade e progresso.

A Iniciativa Cinturão e Rota: aderindo ao princípio de consulta extensiva, contribuição conjunta para benefício compartilhado, praticando o multilateralismo genuíno. Em setembro e outubro de 2013, durante visitas aos países da Ásia Central e do Sudeste Asiático, o presidente Xi Jinping propôs duas importantes iniciativas: a construção conjunta do Cinturão Econômico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século XXI, conhecidas conjuntamente como a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR). Os pilares dessa iniciativa incluem a coordenação de políticas, a conectividade de infraestrutura, a facilitação do comércio, a integração financeira e o entendimento mútuo entre os povos. A construção conjunta da ICR estabeleceu uma nova ponte para que os países envolvidos fortaleçam os intercâmbios, promovam entendimento, respeito e confiança recíprocos, além de desenvolvimento, prosperidade e progresso compartilhados, ganhando, assim, considerável atenção da comunidade internacional. Até o final de junho de 2023, a China havia assinado mais de 200 documentos de cooperação para a construção conjunta do Cinturão e Rota com 152 países e 32 organizações internacionais, abrangendo 83% dos países com os quais a China mantém relações diplomáticas.

Iniciativa de Desenvolvimento Global: priorizando o bem-estar das pessoas e promovendo o desenvolvimento sustentável. Em 21 de setembro de 2021, durante discurso proferido para o debate geral da 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente Xi Jinping apresentou a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG). Seus princípios incluem a priorização do desenvolvimento, uma abordagem centrada nas pessoas, benefícios amplos e inclusivos, a inovação como motor do progresso, a coexistência harmoniosa entre os seres humanos e a natureza, e a orientação prática para ações. A IDG propõe soluções para desafios globais de desenvolvimento e serve como guia para a cooperação internacional. Até o final de 2023, mais de 100 países e organizações internacionais haviam manifestado apoio à IDG, mais de 70 países haviam se juntado ao Grupo de Amigos da IDG, e quase 30 países e organizações assinaram memorandos de cooperação com a China, integrando a IDG às suas estratégias de desenvolvimento.

Iniciativa de Segurança Global: enfrentando os desafios de segurança internacional para alcançar uma paz global duradoura. Em 21 de abril de 2022, durante a Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa de Segurança Global (ISG). Seus princípios incluem a segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável; respeito à soberania e à integridade territorial; cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas; consideração às preocupações de segurança de todos os países; resolução pacífica de desacordos e disputas entre países por meio de diálogo e consulta; resolução pacífica de disputas e garantia de segurança em áreas tradicionais e não tradicionais. A ISG rejeita confrontos, promove o diálogo e busca a cooperação para enfrentar ameaças à segurança global.

Iniciativa de Civilização Global: promover intercâmbios e aprendizado mútuo entre civilizações e construir um mundo aberto e inclusivo. Em 15 de março de 2023, durante a Reunião de Alto Nível do PCCh sobre o Diálogo com os Partidos Políticos Mundiais, Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do PCCh, propôs pela primeira vez a Iniciativa de Civilização Global. Seus principais conteúdos incluem: respeitar a diversidade de civilizações no mundo, promover os valores comuns a toda a humanidade, valorizar a herança e a inovação das civilizações, e fortalecer os intercâmbios e a cooperação internacionais entre os povos. A ICG tem como objetivo oferecer soluções para a governança global e para as relações entre países e diferentes culturas. Elevou o diálogo político a um novo patamar ao propor caminhos para que países com diferentes culturas, histórias, religiões, modos de vida e sistemas políticos e sociais alcancem uma convivência pacífica. Persiste em superar o distanciamento com o intercâmbio, a confrontação com o aprendizado mútuo e o complexo de superioridade cultural com a inclusão, a fim de injetar uma poderosa energia positiva para promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

A terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh, realizada em julho de 2024, reafirmou que, no trabalho no exterior, é fundamental buscar uma política externa independente e pacífica, promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, implementar os valores comuns da humanidade, e implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global. Além disso, destacou-se a importância de fomentar multipolarização global igualitária e ordenada, bem como uma globalização econômica de benefício geral e inclusiva.

O conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade está especificamente incorporado em quatro aspectos da política externa da China na nova era: em primeiro lugar, a China busca firmemente uma política externa independente e pacífica, sempre determina suas posições e políticas com base nos méritos, defende as regras básicas das relações internacionais e salvaguarda a equidade e a justiça internacionais; em segundo lugar, a China persiste no desenvolvimento de uma cooperação amigável com outros países com base nos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica, promove a construção de um novo tipo de relações internacionais, aprofunda e amplia as relações de parceria global de igualdade, abertura e cooperação e está comprometida em ampliar a convergência de interesses com todos os países; em terceiro lugar, a China persevera na política estatal básica de abertura para o mundo exterior, implementa resolutamente a estratégia de abertura para benefício mútuo e compartilhamento de ganhos, continua a oferecer novas oportunidades para o mundo com o novo desenvolvimento da China e impulsiona a construção de uma economia mundial aberta para beneficiar melhor as pessoas de todos os países; por fim, a China participa ativamente da reforma e da construção do sistema de governança global, implementa o conceito de governança global caracterizado pela co-deliberação, co-edificação e co-distribuição, busca o multilateralismo genuíno e impulsiona a democratização das relações internacionais, com o objetivo de promover uma governança global mais justa e racional.

Sob o conceito de avançar na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, a China persiste em promover a construção de um mundo de paz duradoura por meio de diálogos e consultas, de um mundo de segurança universal por meio de co-construção do benefício compartilhado, de um mundo de prosperidade comum por meio de cooperação e dos ganhos mútuos, de um mundo aberto e inclusivo por meio de intercâmbios e aprendizado mútuo, assim como de um mundo limpo e belo através de um desenvolvimento ecológico e de baixo carbono. Essa visão reflete o compromisso da China em criar um futuro sustentável, harmonioso e inclusivo para toda a humanidade.

O conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, que se posiciona no lado correto da história e do progresso humano, estabelece uma nova abordagem às relações internacionais, oferece uma nova sabedoria para a governação global, cria uma nova configuração para os intercâmbios globais e apresenta uma nova visão para um mundo melhor, sendo amplamente reconhecido e apoiado pela comunidade internacional (Gabinete de Informação do Conselho de Estado da República Popular da China, 2023).

II. Construir conjuntamente uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado e impulsionar relações bilaterais estáveis e duradouras na nova era

1. Construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC

A comunidade de futuro compartilhado China-ALC é uma iniciativa prática voltada para o fortalecimento da amizade e cooperação entre as duas partes, baseada no conceito de comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes da China e dos países ALC, realizada no Brasil, o presidente Xi Jinping fez um discurso intitulado “Construir uma Comunidade de Futuro Compartilhado para o Progresso Comum”, no qual propôs a construção de um novo modelo de relações entre a China e a ALC, fundamentado em cinco pilares: confiança mútua e sinceridade na política, cooperação e ganho compartilhado na economia e no comércio, aprendizado mútuo na cultura, coordenação estreita nos assuntos internacionais e impulso mútuo entre a cooperação abrangente e as relações bilaterais. Dessa forma, foi criada uma comunidade de futuro compartilhado voltada para o progresso comum entre a China e a ALC.

Nos últimos dez anos, o presidente Xi Jinping realizou seis visitas à ALC, elaborando pessoalmente o roteiro para o desenvolvimento das relações bilaterais. No México, o presidente Xi Jinping expressou sua mensagem mais profunda para a cooperação China-ALC, destacando a expectativa de que, com esforços conjuntos, ambas as partes estabelecessem o quanto antes um fórum de cooperação China-ALC, aproveitassem plenamente seus respectivos pontos fortes, construíssem uma plataforma maior para promover a parceria de cooperação abrangente China-ALC e trabalhassem juntos para aumentar a energia positiva para a estabilidade e a prosperidade da região da Ásia-Pacífico. No Brasil, o presidente Xi Jinping enfatizou a necessidade de compartilhar um futuro comum e fortalecer continuamente a confiança estratégica; compartilhar o desenvolvimento e aprofundar a integração das estratégias de desenvolvimento; compartilhar a responsabilidade e demonstrar o papel de China e Brasil na manutenção da paz e a justiça globais; bem como compartilhar as mesmas tristezas e alegrias, contribuindo conjuntamente para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. No Peru, o presidente Xi Jinping ressaltou que ambas as partes deveriam sustentar a bandeira da paz, do desenvolvimento e da cooperação, trabalhar juntas para construir o grande navio da comunidade de futuro compartilhado China-ALC e cooperar de boa fé no caminho para a realização do sonho chinês e do sonho latino-americano, elevando a parceria de cooperação integral entre as duas partes para um nível ainda mais elevado.

A diplomacia do chefe de Estado tem sido fundamental para orientar o rumo das relações entre a China e a ALC na nova era. O presidente Xi Jinping realizou encontros, enviou cartas e telegramas e fez ligações telefônicas com chefes de Estado ou de Governo de países como México, Brasil, Peru, Chile, Honduras, Guiana, Venezuela, Argentina, Colômbia, Uruguai, Suriname, Cuba, Barbados, Antígua e Barbuda, República Dominicana, entre outros da região. Termos como “cooperação” e “desenvolvimento” têm sido palavras recorrentes nessas trocas diplomáticas entre chefes de Estado. O nível das relações entre a China e países como Panamá, República Dominicana, El Salvador, Uruguai, Colômbia e Nicarágua foi elevado. A construção de um novo modelo de relações entre a China e a ALC, baseada nos cinco pilares propostos pelo presidente Xi Jinping, tem sido calorosamente acolhida pelos líderes da região.

2. As relações China-ALC na nova era

Nos últimos dez anos, sob a liderança conjunta do presidente Xi Jinping e dos líderes dos países da ALC, as relações bilaterais avançaram continuamente na nova era, com base nos princípios de igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e bem-estar dos povos. A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade entre a China e a ALC tem progredido de forma estável e duradoura (Wu e Liu, 2021). Até o final de novembro de 2024, 22 países da ALC haviam assinado documentos de cooperação com a China para a construção conjunta da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR). O novo marco de cooperação “1+3+6”, proposto pela China, aprimorou a cooperação pragmática entre a China e a ALC, fortalecendo os laços em múltiplas áreas e criando novas oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais. O caminho da modernização da China proporcionou uma referência valiosa para os países da ALC e ofereceu novas oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais. A prática da construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC entrou em um novo estágio e embarcou em uma nova jornada.

Atualmente, essa grande prática apresenta as cinco características a seguir:

Primeiro, a confiança política mútua tem se fortalecido constantemente. Nos últimos dez anos, a China e a ALC mantiveram intercâmbios frequentes e comunicação estratégica de alto nível, o que injetou dinamismo contínuo na parceria de cooperação abrangente, baseada na igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum. Sob a liderança da diplomacia de chefes de Estado, a confiança política entre a China e a ALC continuou a se aprofundar e a cooperação pragmática continuou a se expandir. Países como Panamá, República Dominicana, El Salvador, Nicarágua e Honduras estabeleceram ou restabeleceram relações diplomáticas com a China. Além disso, muitos países da região se juntaram à construção de alta qualidade da ICR e apoiaram iniciativas como a IDG, a ISG e a ICG, promovendo a construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre China e ALC.

Em segundo lugar, a cooperação econômica, comercial e de investimentos continuou a se aprofundar. Em julho de 2014, o presidente Xi Jinping estabeleceu metas grandes para a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC: atingir um volume de comércio de 500 bilhões de dólares e um estoque de investimentos de 250 bilhões de dólares em dez anos. Essas metas foram amplamente cumpridas. Em 2014, o volume do comércio de mercadorias entre a China e a ALC foi de aproximadamente US$ 263,5 bilhões, crescendo para US$ 489 bilhões em 2023; enquanto o estoque de investimentos das empresas chinesas na ALC foi de aproximadamente US$ 106,1 bilhões em 2014 e atingiu US$ 596,2 bilhões em 2022. A China é o segundo maior parceiro comercial da ALC e o maior de países como Brasil, Chile, Peru e Uruguai. A China é a terceira maior fonte de investimento na ALC, enquanto a ALC é o segundo destino mais importante para o investimento estrangeiro chinês e um parceiro importante na cooperação internacional em capacidade produtiva. Até março de 2024, Chile, Peru, Costa Rica, Equador e Nicarágua se tornaram sucessivamente parceiros de livre comércio da China. A cooperação econômica, comercial e de investimentos entre a China e a ALC tem sido cheia de vitalidade, criando um modelo exemplar para a cooperação Sul-Sul e fortalecendo a confiança no desenvolvimento econômico geral.

Em terceiro lugar, a cooperação na construção de infraestrutura tem avançado de forma constante. A China apoia e participa ativamente da construção da conectividade na região da ALC. Sob a estrutura da construção conjunta do Cinturão e Rota, as empresas chinesas realizaram muitos projetos de infraestrutura na ALC, inclusive em setores como transporte, energia, telecomunicações, saúde e educação, melhorando efetivamente o nível de conectividade local e a capacidade de desenvolvimento econômico na região. O investimento e a construção de infraestrutura se tornaram um dos campos com maior potencial de crescimento na cooperação entre a China e a ALC. Atualmente, a ALC é o terceiro maior mercado para os contratos de infraestrutura chineses. As empresas chinesas contribuíram para reduzir as deficiências de infraestrutura da região, melhoraram a qualidade de vida de milhões de habitantes e promoveram empregos locais. Por exemplo, a CRRC Corporation Limited da China e o governo do estado brasileiro de São Paulo assinaram o projeto do Eixo Norte da Ferrovia Interurbana de São Paulo, que visa criar o sistema ferroviário interurbano mais rápido e moderno do Brasil. Esse projeto não apenas atenderá à demanda da população brasileira por transporte conveniente, mas também gerará diretamente dezenas de milhares de empregos, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social local.

Em quarto lugar, os intercâmbios entre pessoas continuaram a se expandir. Os intercâmbios interpessoais e culturais entre a China e a ALC estão se tornando mais frequentes. O estabelecimento de Institutos Confúcio e a organização de atividades culturais promoveram o entendimento mútuo entre os dois povos e fortaleceram sua amizade. A cooperação em áreas como cultura, educação e turismo, bem como a cooperação entre os governos locais e a mídia de ambos os lados, aumentaram a proximidade entre os dois povos. A China e a ALC continuaram a expandir a cooperação em treinamento de talentos e treinamento vocacional, com um aumento constante no número de estudantes de intercâmbio entre os dois lados. Os fóruns e plataformas para intercâmbios pessoais e culturais estão se tornando cada vez mais especializados e diversificados. Os intercâmbios entre pessoas são vibrantes e desempenham um papel especial como ponte e elo para promover a compreensão mútua e a amizade. Em outubro de 2022, a China havia estabelecido relações de geminação com 196 cidades, províncias ou estados da região da ALC (WU, 2021). As empresas chinesas na ALC estão cumprindo ativamente sua responsabilidade social e se integrando às comunidades locais. Por exemplo, a Corporação das Três Gargantas (CTG), uma empresa chinesa de energia, colaborou com a Universidade Ricardo Palma, do Peru, na criação da Bolsa de Estudos CTG para incentivar estudantes peruanos de destaque a se tornarem pilares do desenvolvimento do país e embaixadores da amizade entre a China e o Peru.

Em quinto lugar, ambas as partes têm coordenado estreitamente em relação à governança multilateral. A China e a ALC mantêm uma colaboração próxima em plataformas multilaterais, como as Nações Unidas, trabalhando juntas para defender o multilateralismo, a justiça e a equidade internacionais, além de pressionarem pela reforma e aperfeiçoamento do sistema de governança global. Ambas as partes alcançaram amplos consensos sobre temas de governança global, questões internacionais e regionais importantes, a estruturação de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado e a construção de uma ordem internacional mais justa e racional. Além disso, China e ALC têm se apoiado mutuamente em questões que envolvem seus interesses centrais e preocupações-chave. Juntos, China e Brasil emitiram conjuntamente um consenso de seis pontos sobre a solução política para a crise da Ucrânia, que recebeu o apoio e a resposta de mais de 100 países, enviando uma forte voz da China e da ALC em favor da paz, da equidade, da justiça, da cooperação e dos benefícios compartilhados. Em novembro de 2024, o presidente Xi Jinping foi convidado para a 31ª Reunião de Líderes Econômicos do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada em Lima, e realizou uma visita de Estado ao Peru. Posteriormente, participou da 19ª Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, e realizou também uma visita de Estado ao Brasil. A viagem do presidente Xi Jinping à ALC, com foco na região, conexão com a Ásia-Pacífico e uma visão global, foi um percurso de amizade que cruzou montanhas e mares, uma jornada de unidade para promover o desenvolvimento e um esforço de cooperação para expandir as relações de parceria. Essa visita impulsionou o desenvolvimento saudável e estável das relações entre grandes potências, liderou a solidariedade e o fortalecimento do Sul Global, e enriqueceu as novas práticas para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Durante a cúpula do G20, o presidente Xi Jinping apresentou as oito ações da China para o desenvolvimento global, como a adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a proposta de uma Iniciativa de Cooperação Internacional de Ciência Aberta, apresentada em conjunto com países do Sul Global, como o Brasil, e a ampliação da abertura unilateral para os países menos desenvolvidos, entre outras medidas. Essas iniciativas demonstram a estreita comunicação e apoio mútuo entre a China e os países da ALC em fóruns multilaterais, bem como sua firme determinação de promover o desenvolvimento global conjunto, a multipolaridade mundial e a manutenção da equidade e da justiça internacionais.

III. Perspectivas sobre a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC a partir de uma perspectiva do Sul Global

A China e a ALC são membros naturais do Sul Global, e a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC é essencialmente uma cooperação Sul-Sul. Portanto, a exploração e a prática da construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC não têm apenas significado bilateral, mas também multilateral. Nos próximos 10 anos, dessa comunidade estabelecerá uma tendência de desenvolvimento substancial.

1. As parcerias levam a cooperação abrangente China-ALC a uma nova era

Desde o início deste século, as relações China-ALC vêm se aprofundando e apresentando um padrão de cooperação multinível, amplo e abrangente, no qual as parcerias têm desempenhado um papel de destaque. Até o momento, a China estabeleceu parcerias de múltiplos níveis e tipos com 15 países latino-americanos: 5 parcerias estratégicas, 1 parceria estratégica de cooperação, 8 parcerias estratégicas abrangentes e 1 parceria estratégica para todos os tempos. A construção da rede de parcerias China-ALC não apenas aprofundou a confiança política mútua, mas também expandiu as áreas de cooperação e injetou vitalidade nas relações China-ALC. Desde o início do século XXI, oito países da América Latina e do Caribe estabeleceram ou retomaram relações diplomáticas com a China, aumentando para 26 o número de países na região com os quais a China mantém relações diplomáticas formais.

Olhando para o futuro, acreditamos que a rede de parcerias China-ALC não só continuará a se expandir, mas também se tornará cada vez mais profunda, levando a cooperação abrangente China-ALC a uma nova era de igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e benefício para os povos. Este julgamento baseia-se em quatro características da construção de uma parceria com a China.

Em primeiro lugar, a igualdade é a base da parceria. Esse modelo difere da diplomacia tradicional das grandes potências e permite que os países latino-americanos sintam a sinceridade e a responsabilidade da China na cooperação.

Em segundo lugar, o benefício mútuo e o ganho compartilhado são o objetivo desta parceria. Sob o marco do benefício mútuo, as áreas de cooperação entre a China e a ALC foram ampliadas e aprofundadas, trazendo benefícios tangíveis para os países latino-americanos e promovendo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da China.

Em terceiro lugar, a inovação e a abertura são características fundamentais da parceria na nova era. Ambas as partes estão promovendo o desenvolvimento das relações China-ALC para níveis de qualidades mais elevadas por meio da inovação nos modos e conteúdos da cooperação e da abertura de áreas de cooperação como parceiros.

Em quarto lugar, beneficiar o sustento dos povos é a essência da parceria. O objetivo final da parceria China-ALC é contribuir para o bem-estar das populações de ambos os lados. Por isso, a China tem se concentrando na cooperação em áreas como alívio da pobreza, educação, assistência médica e outros programas voltados para subsistência, com o objetivo de ajudar os países latino-americanos a elevar seus níveis de desenvolvimento social.

2. Economia digital e desenvolvimento verde para promover a qualidade e o aprimoramento da cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC

A cooperação econômica e comercial é o elo central na construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC. O volume de comércio entre a China e a ALC cresceu de menos de US$ 100 bilhões no início deste século para quase US$ 500 bilhões, e o investimento direto da China na ALC aumentou de US$ 10 bilhões para quase US$ 700 bilhões entre 2005 e 2023. Enquanto isso, a China assinou ou otimizou acordos de livre comércio (FTAs, na sigla em inglês) com Costa Rica, Equador, Nicarágua, Chile, Peru e outros países, o que apoiou firmemente o desenvolvimento sustentado e estável da cooperação econômica e comercial bilateral. Até o final de 2023, o número de empresas financiadas pela China na ALC chegou a mais de 3.000, e a tendência de empresas se mudarem para a região continua forte. O estreitamento dos laços econômicos e comerciais proporcionou uma base material sólida para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC.

No entanto, a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC enfrenta o desafio de melhorar sua qualidade. Nos próximos 10 anos, o Sul Global acelerará sua transformação digital e ecológica, o que oferece uma oportunidade para a cooperação China-ALC promover a integração profunda da economia digital e do desenvolvimento ecológico.

Em primeiro lugar, a economia digital está provocando mudanças profundas no modo de cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC. Por um lado, as vantagens tecnológicas e a escala de mercado da China no campo da economia digital proporcionam um amplo espaço para a cooperação China-ALC e, por outro lado, as empresas chinesas apoiam a construção de infraestrutura digital nos países latino-americanos por meio de investimentos em tecnologia e exportação, de modo a ajudá-los a acelerar a transformação digital.

Em segundo lugar, a cooperação em energia limpa e a construção de cadeias de suprimentos verdes promoveram a transformação verde da China e da ALC. Nos últimos anos, a China e a ALC não apenas promoveram vigorosamente a cooperação nas áreas de energia fotovoltaica, energia eólica e veículos de novas energias, mas também fortaleceram a construção de cadeias de suprimentos verdes em áreas comerciais tradicionais, como produtos agrícolas, recursos minerais e indústrias de manufatura, com o objetivo de ajudar a China e a ALC em seu desenvolvimento verde.

Além disso, impulsionada pelas tendências duplas de digitalização e transição ecológica, a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC está avançando para um nível mais profundo de integração. A integração da digitalização e do desenvolvimento verde está promovendo a expansão gradual da cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC, da tradicional exportação de matérias-primas e energia para setores de alto valor agregado, e da “expansão quantitativa” para o “aprimoramento qualitativo”.

3. Desenvolver a cooperação intelectual para criar um novo modelo de intercâmbio e aprendizado mútuo entre as civilizações da China e da ALC

Em 2014, o presidente Xi Jinping propôs o “aprendizado e apreciação mútuos nas ciências humanas” como um dos cinco pilares para a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado. Nos últimos 10 anos, uma tendência importante foi a expansão da cooperação China-ALC para além das esferas políticas e econômicas tradicionais, incluindo intercâmbios humanísticos, compartilhamento de conhecimento e apreciação mútua de civilizações em um nível mais profundo. Por um lado, essa mudança foi impulsionada pelo rápido desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre a China e a ALC e, por outro, pelo incentivo dos governos de ambos os lados em termos políticos. Nesse contexto, a escala, o escopo e a frequência dos intercâmbios humanísticos entre a China e a ALC alcançaram um desenvolvimento sem precedentes. De acordo com estatísticas parciais, até 2024, haverá 48 Institutos Confúcio e mais de 80 institutos de pesquisa chineses ou relacionados à China em 26 países latino-americanos, enquanto mais de 160 instituições de ensino superior na China oferecem cursos de espanhol ou português, e o número de institutos de pesquisa latino-americanos na China também aumentou para 67.

Com a expectativa comum de um desenvolvimento de maior qualidade, é urgente que a China e a ALC progridam no intercâmbio e na cooperação de conhecimento, de modo a criar um novo padrão de intercâmbio e aprendizado mútuo entre as civilizações chinesa e latino-americana. No futuro, espera-se que a cooperação no campo do conhecimento alcance novos avanços em diversas áreas.

Em primeiro lugar, a promoção da cooperação em inovação e transferência de tecnologia. Os dois lados podem redobrar seus esforços com relação à cooperação em inovação e transferência de tecnologia, especialmente em setores avançados, como economia digital, energia limpa, tecnologia médica etc., com o objetivo de promover conjuntamente a inovação industrial e aumentar a competitividade no mercado global.

Em segundo lugar, a cooperação no campo do desenvolvimento sustentável deve ser ampliada. O desenvolvimento da cooperação em conhecimento deve se concentrar mais na área de desenvolvimento sustentável. Ambos os lados podem fortalecer a cooperação em áreas como mudanças climáticas, proteção verde e tecnologia verde, e compartilhar suas experiências de sucesso e melhores práticas na formulação de políticas e implementação de tecnologia.

Em terceiro lugar, a cooperação entre plataformas bilaterais e multilaterais deve ser fortalecida. Ambos os lados devem prestar muita atenção ao compartilhamento de práticas recomendadas ou experiências de desenvolvimento entre plataformas ou dentro delas. Isso não só ajudará a China e a ALC a aprender com o conhecimento sobre desenvolvimento ou com as experiências de cooperação de outras regiões, mas também promoverá a cooperação Sul-Sul e contribuirá com a sabedoria de desenvolvimento da China e da ALC para o desenvolvimento e a governança globais.

4. Moldar um novo paradigma de cooperação no Sul Global, tanto bilateral quanto coletivamente

Para promover a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, o presidente Xi Jinping propôs em 2014 um modelo de “duas rodas” de engajamento em assuntos regionais e internacionais, ou seja, “cooperação coletiva e relações bilaterais de reforço mútuo” em assuntos latino-americanos e “cooperação estreita em assuntos internacionais”. Isso significa que, por um lado, a China e os países latino-americanos podem continuar a usar e otimizar os mecanismos bilaterais existentes, como comitês bilaterais de cooperação de alto nível ou comitês conjuntos de alto nível; e, por outro lado, em questões de governança global, a China pode não apenas buscar políticas comuns com países latino-americanos de forma individual, mas também coordenar e unificar suas posições com base em mecanismos de cooperação coletiva, como o Fórum China-CELAC. Esse modelo de interação virtuosa entre mecanismos bilaterais e globais não só melhorará muito as relações entre a China e a ALC, mas também será um bom exemplo para que o Sul Global coopere na promoção de mudanças no sistema de governança global e na formação de um sistema multilateral mais representativo. No futuro, espera-se que a China e a ALC fortaleçam ainda mais a cooperação na governança global nos seguintes níveis.

Primeiro, o multilateralismo deve ser defendido em conjunto. Ambos os lados devem fortalecer ainda mais a coordenação em plataformas multilaterais, como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e o G20, continuar a promover uma ordem internacional baseada em regras e defender os interesses gerais do Sul Global, salvaguardando conjuntamente o multilateralismo.

Em segundo lugar, a reforma do sistema de governança global deve ser promovida. Ambos os lados concordam que o atual sistema de governança global deve se tornar mais inclusivo e equitativo. No futuro, ambos os lados continuarão a promover a reforma dos mecanismos de governança global, incluindo finanças internacionais, comércio e mudanças climáticas, e a aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento na governança global.

Em terceiro lugar, a coordenação e a cooperação sobre as mudanças climáticas devem ser fortalecidas. A China e a ALC têm interesses comuns no enfrentamento das mudanças climáticas. Em especial, com a COP30 a ser realizada no Brasil em 2025, os dois lados continuarão a coordenar suas posições sobre as mudanças climáticas e a defender conjuntamente o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.

IV. Alcançando a prosperidade e o desenvolvimento comuns e construindo um futuro melhor para a China e a ALC

Nos últimos 10 anos, apesar das notáveis conquistas na construção de uma comunidade China-ALC com futuro compartilhado, a mudança da situação internacional e alguns problemas estruturais na cooperação bilateral continuam a representar desafios consideráveis para a sustentabilidade das relações China-ALC. A fim de promover ainda mais a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, podemos nos concentrar e impulsionar nos três aspectos a seguir no futuro:

1. Construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa Cinturão e Rota: injetando um novo impulso no desenvolvimento verde da China e da ALC

A Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) é um grande esforço na construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, e é seu principal caminho. Até o momento, a China assinou memorandos de entendimento com 22 países da ALC sobre a construção conjunta da ICR, assinou planos de cooperação com Jamaica, Suriname, Cuba, Argentina, Chile e Uruguai para promover conjuntamente a construção da ICR e estabeleceu um mecanismo de coordenação para a cooperação na construção da ICR com Cuba, além de promover continuamente o reforço das sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e estratégias de desenvolvimento do Brasil. Nos últimos 10 anos, a China e a ALC alcançaram resultados notáveis na construção conjunta da ICR: a política e a coordenação do Cinturão e Rota têm sido muito eficazes, e essa iniciativa tem sido uma importante fonte de inspiração para a China e a ALC. A comunicação política e a complementaridade estratégica se aprofundaram, a conectividade da infraestrutura foi fortalecida, a cooperação comercial e de investimentos cresceu aos trancos e barrancos, o financiamento de capital continuou a se desenvolver de forma inovadora, e os intercâmbios humanísticos e o aprendizado mútuo atingiram um novo patamar.

No entanto, diante das mudanças no cenário econômico global e dos desafios da recuperação global após a pandemia da COVID-19, a construção conjunta de alta qualidade do Cinturão e Rota tornou-se o caminho central para aprofundar a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado. Para isso, os esforços devem ser redobrados nas seguintes áreas:

Promover a construção do “Cinturão e Rota Verde”. Em vista da necessidade urgente de desenvolvimento global sustentável, a construção da ICR deve dar maior ênfase ao desenvolvimento verde e à proteção ambiental. Portanto, os dois lados devem fortalecer o intercâmbio e a cooperação nas áreas de finanças verdes, padrões e tecnologias verdes e capacitação verde.

Promover a cooperação no “Cinturão e Rota Digital”. A decolagem da economia digital oferece uma nova oportunidade para a China e a ALC construírem conjuntamente a ICR. A China e a ALC devem promover vigorosamente a construção do “Cinturão e Rota Digital”, fortalecer a cooperação na construção de infraestrutura digital, na facilitação do comércio digital e no treinamento de habilidades digitais, além de impulsionar a transformação digital dos países latino-americanos.

Promover a construção de mecanismos de cooperação multilateral. No futuro, será necessário fortalecer a cooperação com organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), bem como promover inovações nos mecanismos de cooperação regional, fomentar a articulação com organizações regionais, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), e se esforçar para integrar o ICR nas agendas de desenvolvimento regional e global.

Promover uma cooperação aprofundada na cadeia industrial e na cadeia de suprimentos. No futuro, a construção do Cinturão e Rota deve se concentrar na integração profunda de ambos os lados na cadeia industrial e na cadeia de suprimentos, e promover a transformação dos países latino-americanos de indústrias de baixo valor agregado para indústrias de alto valor agregado, a fim de ajudá-los a sair da armadilha da “desindustrialização”.

Promover a transparência e a inclusão em projetos de cooperação. A construção de alta qualidade do Cinturão e Rota requer a garantia de transparência e inclusão dos projetos, reduzindo os riscos de cooperação e os conflitos sociais causados pela assimetria de informações, de modo que os projetos de cooperação possam realmente servir ao desenvolvimento econômico e social local e melhorar os meios de subsistência das pessoas.

2. Melhorar o Fórum China-CELAC para aproveitar ao máximo os novos benefícios da cooperação abrangente China-ALC

Em julho de 2014, o fórum entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, o Fórum China-CELAC, foi estabelecido, marcando o início de um novo modelo em que a cooperação China-ALC como um todo e as relações bilaterais se promovem mutuamente, formando um mecanismo abrangente, extensivo e multinível de cooperação. Como plataforma para a cooperação intergovernamental entre a China e a ALC, o mecanismo inclui principalmente reuniões ministeriais, o Diálogo de Ministros das Relações Exteriores China-CELAC, a Reunião de Coordenadores Nacionais (Reunião de Altos Dignitários), além de fóruns e encontros em diversas áreas profissionais. Esses subfóruns profissionais, realizados no âmbito do Fórum China-CELAC, tornaram-se as plataformas de diálogo e cooperação mais dinâmicas dentro do mecanismo geral de cooperação entre a China e a ALC, abrangendo cerca de 30 áreas, como infraestrutura, tecnologia digital, agricultura, negócios, juventude, grupos de reflexão, meio ambiente, redução da pobreza, transporte e aeroespacial. Nos últimos 10 anos, o Fórum China-CELAC consolidou-se como a plataforma mais importante para promover a cooperação abrangente entre a China e a ALC, fortalecendo a articulação das estratégias de desenvolvimento entre ambas as partes e construindo uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado.

Atualmente, a China e a ALC estão enfrentando um momento crucial na construção do mecanismo de cooperação abrangente, com a expectativa de que a Cúpula do Fórum China-CELAC seja realizada em 2025. Nesse momento oportuno, é imperativo que a China e a ALC resumam as conquistas e experiências dos últimos 10 anos, planejem o foco da próxima etapa de cooperação e otimizem e atualizem o Fórum China-CELAC, com o objetivo de elevar a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado a um novo patamar.

Estabelecer um mecanismo permanente para o diálogo de alto nível entre a China e a ALC. Embora o Fórum China-CELAC ofereça atualmente um canal de comunicação multinível, a frequência e a eficácia dos diálogos são relativamente insatisfatórias. No futuro, deve-se considerar o estabelecimento de um mecanismo de diálogo de alto nível mais regular, com convites a especialistas no assunto, a fim de aumentar a confiança mútua estratégica e a coordenação de políticas.

Otimizar o mecanismo de negociação de acordos de livre comércio bilaterais e multilaterais. Deve-se pedir a mais países latino-americanos ou organizações regionais que assinem acordos de livre-comércio bilaterais ou multilaterais com a China, a fim de reduzir as barreiras comerciais, promover o livre fluxo de mercadorias, serviços, capital e tecnologia e impulsionar as relações econômicas e comerciais entre a China e a ALC a um novo patamar.

Fortalecer o diálogo e a cooperação com organizações sub-regionais. Além da cooperação abrangente, o diálogo e a cooperação com organizações sub-regionais, como o Mercosul, a Aliança do Pacífico (AP), a Comunidade Andina (CAN), o Sistema de Integração Centro-Americana (SICA) e a Comunidade do Caribe (CARICOM), devem ser incentivados e promovidos. Dessa forma, o Fórum China-CELAC poderá promover melhor a cooperação prática e atender às necessidades de diferentes países e sub-regiões.

Promover o estabelecimento de um mecanismo de intercâmbio cultural de alto nível entre a China e a ALC. No âmbito do Fórum China-CELAC, existem cerca de 10 subfóruns destinados a intercâmbios humanísticos. No entanto, China e ALC ainda não estabeleceram nenhum mecanismo bilateral ou multilateral para intercâmbios culturais de alto nível. Essa área está atrasada em relação à cooperação da China com outras regiões e outras áreas da cooperação China-ALC.

3. Implementar as “Três Iniciativas Globais” e liderar a nova jornada da comunidade China-ALC de futuro compartilhado

As Três Iniciativas Globais da China – a saber, a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global – são importantes bens públicos internacionais fornecidos pela China ao mundo. Elas oferecem soluções chinesas para os desafios globais, promovem a transformação do sistema de governança global e oferecem um sólido apoio para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. A construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado deve alinhar-se à implementação das Três Iniciativas Globais, com China e ALC unidas para promover o desenvolvimento econômico global, a governança da segurança internacional e os intercâmbios civilizacionais e o aprendizado mútuo, impulsionando assim um novo marco na construção da comunidade China-ALC de futuro compartilhado.

Alinhamento das estratégias de desenvolvimento como a principal direção para a implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global. A promoção do alinhamento das estratégias de desenvolvimento pode coordenar de forma eficaz as necessidades de desenvolvimento, enfrentando os desafios da transformação estrutural das economias compartilhadas.

-Fortalecer a comunicação e a coordenação das políticas intergovernamentais: Ambas as partes podem aprofundar a compreensão mútua sobre as respectivas necessidades de desenvolvimento e forjar um consenso político em áreas-chave por meio de diálogos políticos em múltiplos níveis e formatos.

-Promover a construção de infraestrutura e a conectividade. A modernização da América Latina e do Caribe deve, antes de tudo, passar pela modernização das infraestruturas. Ambas as partes podem aproveitar suas vantagens comparativas para fortalecer a conexão das estratégias de desenvolvimento em setores como transporte, energia e redes de informação, promovendo uma cooperação mutuamente benéfica.

-Aprofundar a cooperação em economia verde e desenvolvimento sustentável: Diante do desafio de equilibrar o crescimento econômico e a proteção ambiental, ambas as partes podem alcançar uma transformação verde por meio da harmonização de suas estratégias de desenvolvimento sustentável e da reformulação de seus modelos de crescimento econômico.

A cooperação em segurança não tradicional é uma área fundamental para a implementação da Iniciativa de Segurança Global. Atualmente, os desafios de segurança comuns enfrentados pela China e pela ALC estão concentrados principalmente em âmbitos não tradicionais, como mudanças climáticas, segurança cibernética e saúde pública, áreas nas quais ambas as partes podem reforçar a cooperação.

-Mudanças climáticas e cooperação em segurança ambiental: Ambas as partes podem avaliar a possibilidade de estabelecer um mecanismo de cooperação conjunta para a prevenção e a mitigação de desastres, promover conjuntamente projetos de proteção e restauração de florestas tropicais e melhorar a capacidade de resposta às mudanças climáticas e desastres naturais por meio do compartilhamento de experiências e treinamento técnico.

-Cooperação em segurança cibernética: Ambas as partes podem compartilhar tecnologias de proteção cibernética, aprimorar capacidades nessa área, cooperar no combate a crimes cibernéticos transfronteiriços e buscar a criação de um mecanismo de cooperação em segurança cibernética para garantir a segurança do desenvolvimento econômico e digital.

-Cooperação em saúde pública e segurança sanitária: A pandemia de COVID-19 acelerou a cooperação China-ALC no campo da saúde pública. A cooperação em pesquisa e desenvolvimento de vacinas, na prevenção e controle de doenças infecciosas e no compartilhamento de recursos médicos pode ser ainda mais fortalecida. Além disso, pode-se explorar a criação de um mecanismo regular de cooperação em saúde pública para compartilhar periodicamente informações e tecnologias mais recentes nesse campo.

O intercâmbio de conhecimentos e a cooperação são o principal objetivo da Iniciativa de Civilização Global. Na nova era, os intercâmbios e a cooperação no campo do conhecimento e da tecnologia não apenas darão um novo impulso aos intercâmbios civilizacionais e ao aprendizado mútuo entre a China e a ALC, mas também ajudarão ambas as partes a enfrentar juntos os desafios globais e regionais.

-Fortalecer a cooperação em ciência, tecnologia e inovação e promover o compartilhamento de conhecimento e o progresso tecnológico: As duas partes podem promover o fluxo bidirecional de conhecimento e tecnologia, além de fomentar a cooperação na transferência de tecnologia e inovação. Isso pode ser alcançado por meio do fortalecimento da cooperação entre instituições de pesquisa científica e empresas, do desenvolvimento conjunto de novas tecnologias e da exploração de aplicações inovadoras.

-Aprofundar a cooperação nas indústrias culturais e criativas e promover a difusão digital do conhecimento: Ambas as partes podem fortalecer a cooperação em setores culturais e criativos, como cinema e televisão, literatura, música e artes, com o objetivo de estabelecer um mecanismo eficaz e de longo prazo para intercâmbios culturais orientados para a indústria. Paralelamente, podem promover a criação de uma plataforma digital para o intercâmbio cultural entre a China e a ALC, aproveitando plenamente os novos meios de comunicação para difundir o conhecimento de forma interativa.

-Realizar pesquisas conjuntas e diálogos políticos e promover o intercâmbio de experiências em governança nacional: As duas partes podem aprimorar a cooperação entre think tanks e governos para conduzir pesquisas conjuntas em diversas áreas, como governança social, redução da pobreza e mudanças climáticas. Além disso, podem fortalecer o diálogo político e o compartilhamento de experiências sobre temas de interesse mútuo, com o objetivo de melhorar conjuntamente os níveis de governança nacional.

Conclusão

Atualmente, a China empenhada em promover a modernização chinesa. O relatório apresentado ao o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China estabelece a promoção da “construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” como um dos requisitos essenciais da modernização chinesa. O secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Xi Jinping, afirmou: “A China não busca a modernização de forma isolada. Está disposta a trabalhar com outros países para alcançar a modernização global por meio do desenvolvimento pacífico, cooperação mutuamente benéfica e prosperidade comum, promovendo a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.” Com um desenvolvimento de maior qualidade e um nível mais elevado de abertura, a modernização da China injetará mais estabilidade e certeza em um mundo turbulento e continuará contribuindo com a sabedoria, as soluções e a força da China para o avanço do processo de modernização global e a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

Os países da América Latina e do Caribe também estão empenhados em aprimorar seu desenvolvimento. À medida que o Sul Global continua a crescer, os países da ALC, como parte importante dessa região, estão fazendo sua voz ser ouvida no cenário internacional. Como poderiam encontrar um caminho de modernização adequado às suas realidades? Esse é o objetivo que os países da ALC buscam alcançar em conjunto atualmente. A prática da modernização chinesa demonstra que não existe um modelo fixo de modernização e que o melhor é aquele que se adapta às necessidades de cada país. Isso fornece novos exemplos e opções para que os países em desenvolvimento, incluindo os da ALC, alcancem sua modernização.

A China e os países da ALC são países em desenvolvimento e membros do Sul Global. Compartilhamos mais interesses comuns, posições mais próximas e uma missão compartilhada maior. Ambas as partes têm amplos consensos e interesses compartilhados na resolução de questões internacionais urgentes, no enfrentamento de desafios globais e na promoção da reforma do sistema de governança global. Nesse contexto, a China e a ALC avançarão no caminho da construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado. Os próximos 10 anos de construção da comunidade China-ALC de futuro compartilhado serão promissores!

Referências:

WANG, Hui. Pesquisa sobre a comunidade do futuro compartilhado para a humanidade e a modernização do sistema de governança global. People’s Tribune, maio de 2024. Disponível em: http://www.rmlt.com.cn/2024/0510/702197.shtml.

Ibid.

GABINETE DE INFORMAÇÃO DO CONSELHO DE ESTADO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA. A Global Community of Shared Future: China’s Proposals and Actions. 26 de setembro de 2023. Disponível em: https://www.gov.cn/zhengce/202309/content_6906335.htm.

WU, Jie; LIU, Xuxia. Building a community of Shared Future for Common Progress. Diário do Povo, 23 de julho de 2021, terceira edição. Disponível em: http://paper.people.com.cn/rmrb/html/2021-07/23/nw.D110000renmrb_20210723_1-03.htm.

WU, Kai. Um “Salto entre as Nuvens” para a China e a ALC. China Hoje (versão em espanhol), n.º 10, 2022, p. 40.

Instruções de redação e agradecimentos

O relatório “Atravessando juntos entre o vento e a chuva, a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC: a prática e as perspectivas futuras” foi iniciado pelo Centro das Américas (Beijing Review) do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, na sigla em inglês) e é um projeto de pesquisa conjunta entre think tanks da China e dos países da América Latina e Caribe (ALC). Esse projeto foi lançado oficialmente no início de 2024. Os think tanks e as instituições de pesquisa da China e da ALC que participaram deste trabalho incluem: o Centro das Américas do CICG, o Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, o Centro de Estudos Asiáticos da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, no Peru, o Núcleo de Estudos dos Países BRICS (NuBRICS) da Universidade Federal Fluminense, no Brasil, o Centro Mexicano de Estudos Econômicos e Sociais, a Escola de Governo da Universidade de Desarrollo, no Chile, a Cátedra Internacional de Estudos sobre a China e a América Latina da Universidade de Congreso, na Argentina, e o Centro de Estudos da América Latina e do Caribe da Universidade Sudoeste de Ciência e Tecnologia, na China.

O relatório está dividido em duas partes: a primeira aborda a cooperação global entre a China e a ALC, e a segunda foca nas cooperações bilaterais entre a China e os países da região, como Peru, Brasil, México, Chile e Argentina. O relatório está disponível em chinês, espanhol e português.

Os redatores deste relatório são o grupo de pesquisa do Centro das Américas do CICG e Guo Cunhai, diretor do Departamento de Sociedade e Cultura e do Centro de Estudos Argentinos do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Agradecemos o apoio da Academia de Estudos sobre a China e o Mundo Contemporâneos (ACCWS, na sigla em inglês), do Centro de Estudos Peruanos da Universidade Normal de Hebei e outras instituições no processo de elaboração e publicação do relatório.

Centro das Américas (Beijing Review) do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG)

Vinculado ao Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, na sigla em inglês), o Centro das Américas (Beijing Review), ou CA, é um conglomerado de mídia e comunicação internacional da China para países e regiões nas áreas americanas.

Atualmente, o CA possui duas marcas principais, Beijing Review, elaboradas em inglês, e China Hoje, em espanhol, português e outras línguas. O centro cria conteúdos multilinguísticos de mídia convergente, opera sites e contas nas redes sociais em chinês, inglês, espanhol, e em português, e desenvolve pesquisas e estudos profundos da região. Também estabelece plataformas de intercâmbios para mídias e think tanks internacionais, e organiza eventos de intercâmbios.

O centro tem estabelecido uma filial de América Norte, nos EUA, uma de América Latina, em México, e um escritório representativo no Peru.

Clique para ler o e-book.

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China reforça compromisso com abertura econômica e incentiva investimento estrangeiro https://brasiliainfoco.com/china-reforca-compromisso-com-abertura-economica-e-incentiva-investimento-estrangeiro/ Wed, 02 Apr 2025 10:25:09 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51492 Pequim destaca que o país continua sendo um mercado fértil para empresas internacionais   A China reiterou seu compromisso com a abertura econômica e o incentivo ao investimento estrangeiro, destacando que o país continua sendo um mercado fértil para empresas internacionais. “A China dá as boas-vindas a mais empresas estrangeiras para cultivarem seu mercado, compartilharem […]

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Pequim destaca que o país continua sendo um mercado fértil para empresas internacionais

 

A China reiterou seu compromisso com a abertura econômica e o incentivo ao investimento estrangeiro, destacando que o país continua sendo um mercado fértil para empresas internacionais. “A China dá as boas-vindas a mais empresas estrangeiras para cultivarem seu mercado, compartilharem suas oportunidades de desenvolvimento e trabalharem cooperativamente para um futuro melhor”, afirmou nesta segunda-feira, 31, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun.

Segundo Jiakun, a relação entre empresas estrangeiras e o mercado chinês tem sido mutuamente benéfica ao longo dos anos. “As empresas estrangeiras e a China contribuíram para o sucesso uma da outra no passado e vencerão juntas no futuro”, afirmou.

Ele ressaltou que o governo segue comprometido com a “reforma profunda e uma abertura de alto nível”, além de oferecer um ambiente de negócios estável e previsível.

O porta-voz enfatizou ainda que a China, como o segundo maior mercado consumidor do mundo, tem acelerado o desenvolvimento de “novas forças produtivas de qualidade” e segue empenhada em aprimorar seu ambiente de negócios para atrair mais investimentos internacionais.

Fonte: Infomoney

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China continua sendo um destino “ideal, seguro e promissor” para investidores estrangeiros, diz Xi https://brasiliainfoco.com/china-continua-sendo-um-destino-ideal-seguro-e-promissor-para-investidores-estrangeiros-diz-xi/ Sat, 29 Mar 2025 10:20:18 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51434 A China tem sido e continuará sendo um destino ideal, seguro e promissor para investidores estrangeiros, disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao se reunir com representantes da comunidade empresarial internacional em Beijing nesta sexta-feira. Xi destacou que o país, que está no caminho chinês para a modernização em todos os aspectos, tem sido um […]

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A China tem sido e continuará sendo um destino ideal, seguro e promissor para investidores estrangeiros, disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao se reunir com representantes da comunidade empresarial internacional em Beijing nesta sexta-feira.

Xi destacou que o país, que está no caminho chinês para a modernização em todos os aspectos, tem sido um principal contribuinte e âncora de estabilidade para o crescimento global por muitos anos.

Comprometida com a política nacional fundamental de abertura ao mundo, a China está promovendo a abertura de alto padrão e tomando medidas sólidas para expandir a abertura institucional, como a de regras, regulamentos, gestão e padrões, disse Xi.

“A porta da China só se abrirá mais. A política de acolhimento de investimentos estrangeiros não mudou e não mudará”, disse o presidente.

Tendo o segundo maior mercado consumidor do mundo e o maior grupo de renda média, a China oferece grande potencial de investimento e consumo, observou Xi.

Com um compromisso com o desenvolvimento de alta qualidade, a China está acelerando a transformação verde, digital e inteligente, que, juntamente com o sofisticado ecossistema industrial do país, fornece o melhor campo de testes para os resultados mais recentes da revolução tecnológica e da modernização industrial, disse ele.

Xi disse que a China tem desenvolvido regulamentos, políticas e procedimentos sólidos para o investimento estrangeiro, promoveu a liberalização e facilitação do comércio e do investimento e fez esforços ativos para promover um ambiente de negócios de primeira classe orientado ao mercado, baseado na lei e internacionalizado.

A China desfruta de estabilidade política e social consistente e é amplamente reconhecida como um dos países mais seguros do mundo, acrescentou.

Xi disse que tudo isso mostra que a China oferece um vasto palco para o desenvolvimento de negócios, vastas perspectivas de mercado, perspectivas políticas estáveis e um ambiente seguro, tornando-se uma escolha favorita para investimentos estrangeiros e operações empresariais.

“A China tem sido e continuará sendo um destino ideal, seguro e promissor para investidores estrangeiros. Abraçar a China é abraçar oportunidades, acreditar na China é acreditar em um amanhã melhor e investir na China é investir no futuro”, disse ele.

(Xinhua/Li Xueren)
(Xinhua/Ding Lin)
(Xinhua/Huang Jingwen)

Fonte: Portuguese News

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China mantém políticas comerciais estáveis e dá boas-vindas ao investimento estrangeiro, diz ministro do Comércio https://brasiliainfoco.com/china-mantem-politicas-comerciais-estaveis-e-da-boas-vindas-ao-investimento-estrangeiro-diz-ministro-do-comercio/ Wed, 19 Mar 2025 11:14:54 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51293 O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, disse que as políticas comerciais do país em relação aos parceiros comerciais, incluindo a União Europeia, têm sido consistentemente estáveis e deu boas-vindas às empresas europeias para aumentarem seus investimentos na China. Wang fez as observações na segunda-feira durante uma reunião com o CEO da Airbus, Guillaume […]

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O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, disse que as políticas comerciais do país em relação aos parceiros comerciais, incluindo a União Europeia, têm sido consistentemente estáveis e deu boas-vindas às empresas europeias para aumentarem seus investimentos na China.

Wang fez as observações na segunda-feira durante uma reunião com o CEO da Airbus, Guillaume Faury, de acordo com um comunicado divulgado pelo ministério nesta terça-feira.

Embora a economia global enfrente sérios desafios, a tendência positiva de longo prazo da economia chinesa permanece inalterada, à medida que a economia desfruta de forte resiliência, enorme potencial e vitalidade, disse Wang, acrescentando que a China está confiante em sua capacidade de continuar a alcançar um crescimento econômico estável.

Ele disse que, apesar das mudanças no ambiente externo, as políticas e expectativas da China permanecem estáveis.

A China continuará a promover a abertura de alto nível, otimizar o ambiente de negócios e incentivar vigorosamente o investimento estrangeiro, disse o ministro.

Wang expressou a esperança de que as empresas europeias, incluindo a Airbus, aproveitem as oportunidades para aumentar seus investimentos na China e aprofundar a cooperação industrial em uma tentativa de contribuir com mais produtos e serviços de qualidade para a China e para o resto do mundo.

Faury disse que a Airbus está na China há mais de 30 anos e tem se comprometido a desenvolver seus negócios e parcerias no país.

Como uma empresa multinacional, a Airbus espera estabilidade e certeza no desenvolvimento econômico global e não deseja ver incertezas decorrentes de quaisquer políticas de tarifas adicionais, disse Faury.

A Airbus mantém-se otimista com relação ao mercado chinês e continuará a expandir seus investimentos e sua presença no país para um melhor desenvolvimento no futuro, acrescentou Faury.

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Israel fecha embaixada da Irlanda e pretende abrir missão diplomática na Moldávia https://brasiliainfoco.com/israel-fecha-embaixada-da-irlanda-e-pretende-abrir-missao-diplomatica-na-moldavia/ Tue, 17 Dec 2024 11:48:48 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=49725 O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, em um comunicado no último domingo (15), informou da decisão da abertura de uma nova embaixada israelense na Moldávia e o fechamento da embaixada israelense na Irlanda. As relações entre Israel e Moldávia são amigáveis ​​e ambos os países buscam expandi-las e aprofundá-las. A Moldávia já […]

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O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, em um comunicado no último domingo (15), informou da decisão da abertura de uma nova embaixada israelense na Moldávia e o fechamento da embaixada israelense na Irlanda.

As relações entre Israel e Moldávia são amigáveis ​​e ambos os países buscam expandi-las e aprofundá-las. A Moldávia já tem uma embaixada em Israel e chegou a hora de Israel estabelecer uma embaixada na Moldávia.

FM Sa’ar informou o Ministro das Relações Exteriores da Moldávia, Mihail Popsoi, sobre sua decisão de abrir uma embaixada israelense em Chișinău, que será estabelecida o mais breve possível em 2025. FM Sa’ar instruiu o Diretor-Geral do MFA a localizar um edifício adequado para a embaixada na Moldávia e a iniciar o processo de nomeação de um embaixador israelense.

A decisão de fechar a embaixada de Israel em Dublin foi tomada à luz das políticas anti-Israel extremas do governo irlandês.

Deve-se notar que, no passado, o embaixador de Israel em Dublin foi chamado de volta após a decisão unilateral da Irlanda de reconhecer um “estado palestino”. Na semana passada, a Irlanda anunciou seu apoio à ação legal da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando Israel de “genocídio”.

Sa’ar disse que “as ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel estão enraizadas na deslegitimação e demonização do estado judeu, juntamente com padrões duplos. A Irlanda cruzou todas as linhas vermelhas em suas relações com Israel. Israel investirá seus recursos no avanço das relações bilaterais com países em todo o mundo de acordo com prioridades que também levem em conta as atitudes e ações desses estados em relação a Israel.”

“Há países interessados ​​em fortalecer seus laços com Israel onde ainda não temos uma embaixada israelense. Ajustaremos a rede diplomática de missões de Israel, dando o devido peso, entre outros fatores, às posições e ações de vários países em relação a Israel na arena diplomática”, informou o Ministro.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores de Israel.

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“Oito passos importantes” da China criam novas oportunidades para cooperação do Cinturão e Rota, diz relatório https://brasiliainfoco.com/oito-passos-importantes-da-china-criam-novas-oportunidades-para-cooperacao-do-cinturao-e-rota-diz-relatorio/ Wed, 16 Oct 2024 03:39:31 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=48416 Xi’an, 15 out (Xinhua) — Os “oito passos importantes” propostos pela China trouxeram novas oportunidades para o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação do Cinturão e Rota, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira pelo Instituto Xinhua, um think tank afiliado à Agência de Notícias Xinhua. Intitulado “Oito Passos Importantes Anunciam Nova Década Promissora […]

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Xi’an, 15 out (Xinhua) — Os “oito passos importantes” propostos pela China trouxeram novas oportunidades para o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação do Cinturão e Rota, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira pelo Instituto Xinhua, um think tank afiliado à Agência de Notícias Xinhua.

Intitulado “Oito Passos Importantes Anunciam Nova Década Promissora de Cooperação Cinturão e Rota”, o relatório foi lançado no Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional de Think Tanks & Segundo Fórum de Comunicação Internacional da Rota da Seda (Xi’an).

A China anunciou os oito principais passos com o objetivo de promover o desenvolvimento de alta qualidade do Cinturão e Rota no terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, convocado em outubro de 2023.

Em sua segunda década, espera-se que a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) tenha níveis de cooperação mais altos, maiores retornos de investimento, melhor qualidade de oferta e maior resiliência de desenvolvimento. A ICR tem o potencial de se tornar uma pedra angular na construção de uma economia mundial aberta, uma força motriz para o desenvolvimento coletivo e um acelerador da modernização global, diz o relatório.

O documento também indica que a cooperação da ICR incorpora um espírito de abertura, que se alinha com a tendência de globalização econômica inclusiva. Ela também se conecta com a economia global de forma eficaz em vários níveis e setores.

Espera-se que a cooperação da ICR cultive novos pontos de crescimento por meio de novas forças produtivas de qualidade e libere o potencial dos países parceiros da ICR, apoiando seu crescimento estável e de longo prazo, de acordo com o relatório.

Fonte: Portuguese News Cn

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Reforma da China na Nova Era: Oportunidades para o Mundo – Por Comissário Liu Xianfa https://brasiliainfoco.com/reforma-da-china-na-nova-era-oportunidades-para-o-mundo-por-comissario-liu-xianfa/ Fri, 02 Aug 2024 12:59:35 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47039 O autor é o Comissário dos Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, Liu Xianfa O 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) concluiu com sucesso a sua terceira sessão plenária em Beijing. A Decisão do Comitê Central do Partido Comunista da China sobre um Maior Aprofundamento Integral da Reforma em Busca […]

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O autor é o Comissário dos Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, Liu Xianfa
O 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) concluiu com sucesso a sua terceira sessão plenária em Beijing. A Decisão do Comitê Central do Partido Comunista da China sobre um Maior Aprofundamento Integral da Reforma em Busca da Modernização Chinesa é o resultado mais importante da Sessão, que constitui um novo plano para a reforma e abertura da China, enviando uma forte mensagem ao mundo sobre o firme compromisso da China com a reforma e a abertura, bem como com a criação de mais oportunidades para o mundo na nova era.

A reforma e abertura é um instrumento importante para as causas do Partido e do povo chinês alcançarem os tempos a passos largos. A 3ª sessão plenária do 18º Comitê Central do PCCh também marcou época e deu início a uma nova jornada de aprofundamento integral da reforma e de sua promoção conforme um plano sistemático e holístico na nova era, abrindo assim um novo capítulo da reforma e abertura da China. Nessa sessão, o Comitê Central criou a Comissão para o Aprofundamento Integral da Reforma, tendo o Secretário-Geral Xi Jinping assumido a liderança e presidido 72 reuniões da comissão desde então. Foram introduzidos mais de 2000 programas para reforçar, ampliar e aprofundar a reforma. As medidas da reforma em vários setores levaram a abertura da China a um nível significativamente mais elevado. Desde a criação de 22 Zonas Piloto de Comércio Livre e do Porto de Comércio Livre de Hainan, à assinatura e entrada em vigor da Parceria Econômica Regional Abrangente, à construção de uma rede orientada a nível mundial de zonas de comércio livre de alto padrão, desde o encurtamento repetido da lista negativa para o investimento estrangeiro, à redução das restrições de acesso ao mercado nos setores das telecomunicações, da saúde e de outros serviços, desde a promoção da cooperação de alta qualidade do Cinturão e Rota até ao estabelecimento de plataformas de cooperação internacional para intercâmbios comerciais e econômicos, como a Exposição Internacional de Importação da China, a Feira Internacional de Comércio de Serviços da China e a Expo Internacional de Produtos de Consumo da China, estas importantes medidas para expandir a abertura de alta qualidade beneficiam a comunidade internacional através do desenvolvimento da China e dão ao mundo motivos para otimismo sobre as perspectivas de crescimento da China. A China continua a ser o maior comerciante mundial de bens durante sete anos consecutivos, e o maior exportador e segundo maior importador mundial durante 15 anos consecutivos. Tem estado entre as três principais fontes mundiais de investimento externo durante 11 anos consecutivos. 155 países e regiões de todo o mundo são beneficiários do financiamento fornecido pela China.

A modernização chinesa é promovida constantemente durante a reforma e abertura e terá certamente uma perspectiva ampla nesse processo. O presente e o futuro próximo constituem um período crítico para o nosso esforço para construir um grande país e avançar no sentido do rejuvenescimento nacional em todas as frentes através da modernização chinesa. Para lidar com ambientes complexos, tanto a nível interno como externo, adaptarmo-nos à nova ronda de revolução científica e tecnológica e de transformação industrial e corresponder às novas expectativas do nosso povo, é vital que continuemos a avançar nas reformas. Foi salientado na Terceira Sessão Plenária do 20º Comitê Central do PCCh que os objetivos gerais de aprofundar ainda mais a reforma de forma abrangente são continuar a melhorar e desenvolver o sistema de socialismo com características chinesas e modernizar o sistema e a capacidade de governação da China. Até 2035, a China terá concluído a construção de uma economia de mercado socialista de alto padrão em todos os aspectos, melhorado ainda mais o sistema de socialismo com características chinesas, modernizado em geral o nosso sistema e capacidade de governação e, basicamente, realizado a modernização socialista. Tudo isto estabelecerá uma base sólida para transformar a China num grande país socialista moderno em todos os aspectos até meados deste século. Para avançarmos de forma constante nas reformas, concentrar-nos-emos na construção de uma economia de mercado socialista de alto padrão, na promoção da democracia popular em todo o processo, no desenvolvimento de uma forte cultura socialista na China, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, na construção de uma China Bonita, no avanço da Iniciativa da China Pacífica e melhorar a capacidade do Partido para a liderança e governação a longo prazo. Para concretizar estes objetivos de reforma, a Resolução elabora planos de reforma em domínios específicos como a economia, a política, a cultura, a sociedade, a conservação ambiental, a segurança nacional e a defesa nacional e militar, envolvendo mais de 300 medidas concretas. Ficou claro que as tarefas de reforma estabelecidas na Decisão deverão estar concluídas quando a República Popular da China celebrar o seu 80º aniversário em 2029.

A modernização chinesa segue o caminho do desenvolvimento pacífico. A Decisão afirma solenemente que a China se mantém firme na prossecução de uma política externa independente de paz e está empenhada em promover uma comunidade humana com um futuro partilhado. Continuaremos comprometidos com os valores comuns de toda a humanidade, prosseguiremos a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global, e apelaremos a um mundo multipolar igualitário e ordenado e a uma globalização económica universalmente benéfica e inclusiva. Aprofundaremos as reformas institucionais relacionadas com o trabalho dos negócios estrangeiros e envolver-nos-emos na liderança da reforma e do desenvolvimento do sistema de governação global. Salvaguardaremos resolutamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China e promoveremos um ambiente externo favorável para aprofundar ainda mais a reforma de forma abrangente para promover a modernização chinesa. Além disso, surgirão mais oportunidades de desenvolvimento devido à reforma e à modernização da China. As importantes medidas de reforma consagradas na Decisão incluem a constante expansão da abertura institucional, o aprofundamento da reforma estrutural do comércio externo, a reforma adicional dos sistemas de gestão do investimento interno e externo, a otimização da disposição para a abertura regional e a melhoria dos mecanismos para uma cooperação de elevada qualidade. Acredito que a implementação destas medidas irá melhorar várias instituições e mecanismos, remover obstáculos, proporcionar uma fonte constante de dinamismo para a modernização chinesa e criar mais oportunidades para a China e o resto do mundo aprofundarem a cooperação mutuamente benéfica e prosperarem e prosperarem juntos. No primeiro semestre de 2024, a economia da China registou um melhor desempenho em termos de velocidade e qualidade, com o PIB a crescer 5% e o investimento nos setores de alta tecnologia a aumentar 10,6%. O Fundo Monetário Internacional reviu em alta a sua previsão para a taxa de crescimento económico da China em 2024. A comunidade empresarial global também expressou um otimismo mais forte sobre as perspectivas económicas da China, com as novas empresas estrangeiras na China a aumentarem 14,2%. A China saúda todos os países a integrarem-se ativamente no mercado chinês e a partilharem as oportunidades de desenvolvimento da China, de modo a alcançar o desenvolvimento comum e proporcionar benefícios a todas as pessoas do mundo.

Macau desempenha um papel fundamental no aprofundamento abrangente da reforma da China. A Decisão sublinha o apoio a Hong Kong e Macau na construção de centros internacionais para talentos de alto calibre, na melhoria dos mecanismos relevantes para ver as duas RAE desempenharem um papel mais importante na abertura da China ao exterior e no incentivo à cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau na Grande Baía, promovendo um alinhamento mais estreito de regras e mecanismos. O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros apoiará plenamente todos os setores da sociedade de Macau na implementação do espírito da Terceira Sessão Plenária do 20º Comitê Central do PCCh, aproveitando ainda mais as vantagens únicas de Macau proporcionadas pelo princípio “Um País, Dois Sistemas” e o seu papel como plataforma de cooperação internacional. Daremos também um impulso aos esforços de Macau para desenvolver novas forças produtivas de qualidade, promover a diversificação económica adequada, em conformidade com o seu plano 1+4, através da inovação tecnológica e da modernização industrial, e desenvolver a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Há 25 anos desde o seu regresso à pátria, Macau tem gozado da maior vantagem constitucional – “Um país, dois sistemas”, horizontes abundantes para o desenvolvimento, um ambiente de negócios altamente internacionalizado, uma base económica sólida, a vantagem do multiculturalismo e uma cultura tradicional. Acredito que com estas vantagens e ao abraçar as novas oportunidades criadas pelo aprofundamento da reforma e da abertura, o cartão de visita dourado de Macau como metrópole internacional pode e será ainda mais polido.

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