Arquivo de Notícias da China - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/noticias-diretas-da-china/ O Jornal Brasilia in Foco cobre todo o mundo diplomático em Brasília Thu, 29 May 2025 16:42:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://brasiliainfoco.com/wp-content/uploads/2023/08/cropped-Logo-32x32.png Arquivo de Notícias da China - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/noticias-diretas-da-china/ 32 32 99Food começa a cadastrar entregadores no Brasil https://brasiliainfoco.com/99food-comeca-a-cadastrar-entregadores-no-brasil/ Thu, 29 May 2025 16:42:46 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52370 A plataforma brasileira de entrega 99Food já está cadastrando entregadores de moto interessados em virar parceiros e reiniciará a sua operação no país ainda neste semestre. Essa ação faz parte do investimento de R$ 1 bilhão (US$ 177 milhões) da controladora, a chinesa Didi Group. O valor será destinado principalmente para atualização de tecnologia, marketing […]

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A plataforma brasileira de entrega 99Food já está cadastrando entregadores de moto interessados em virar parceiros e reiniciará a sua operação no país ainda neste semestre.

Essa ação faz parte do investimento de R$ 1 bilhão (US$ 177 milhões) da controladora, a chinesa Didi Group. O valor será destinado principalmente para atualização de tecnologia, marketing e construção da rede de operação.

Diante do cenário de acirrada concorrência no Brasil, a 99Food lançará uma série de políticas favoráveis para subsidiar os restaurantes e os entregadores. Por exemplo, as lojas recém-cadastradas terão uma isenção de até 24 meses das taxas de administração; e a plataforma cobrará 4,5% de taxa de embalagem e entrega e 3,2% de comissão, muito menos que o praticado atualmente no setor.

Além disso, garantirá uma renda diária mínima para os entregadores que cumprirem as metas estipuladas, criando, assim, uma estrutura de remuneração mais lucrativa e um modo de trabalho mais padronizado.

De 2019 a 2023 o mercado de entrega no Brasil teve uma receita de R$ 139 bilhões e um crescimento acumulado de 50,8%, de acordo com a Euromonitor International.

Atualmente, a 99Food possui 55 milhões de usuários inscritos. Porém, está enfrentando uma concorrência cada vez mais acirrada no Brasil: a gigante chinesa Meituan está entrando nele com o app Keeta e um investimento de R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, como anunciou no Seminário Empresarial Brasil-China este mês; a plataforma local Rappi quer dobrar o número de restaurantes parceiros neste ano, para 60 mil; e a internacional iFood ainda domina o mercado.

Na verdade, a 99Food entrou no mercado pela primeira vez no mercado brasileiro em 2020, em meio à pandemia da COVID-19, mas suspendeu a operação em abril de 2023.

“O Brasil tem agora mais de 400 mil restaurantes do médio e pequeno porte que ainda não usam nenhuma plataforma de entrega”, disse a 99Food no lançamento, acrescentando que seu novo sistema de distribuição de lucros diminuirá notavelmente o custo dos restaurantes parceiros.

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Atravessando Juntos o Vento e a Chuva: A Construção de uma Comunidade de Futuro Compartilhado entre a China e a América Latina – Práticas e Perspectivas Futuras https://brasiliainfoco.com/atravessando-juntos-o-vento-e-a-chuva-a-construcao-de-uma-comunidade-de-futuro-compartilhado-entre-a-china-e-a-america-latina-praticas-e-perspectivas-futuras/ Tue, 27 May 2025 18:02:47 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52328 Prefácio A China é o vizinho da América Latina e do Caribe (ALC) do outro lado do Oceano Pacífico. Tanto a China quanto as nações da ALC são países em desenvolvimento e compartilham a mesma aspiração por independência, desenvolvimento e revitalização. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes China-ALC […]

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Prefácio

A China é o vizinho da América Latina e do Caribe (ALC) do outro lado do Oceano Pacífico. Tanto a China quanto as nações da ALC são países em desenvolvimento e compartilham a mesma aspiração por independência, desenvolvimento e revitalização. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes China-ALC realizada no Brasil, o presidente Xi Jinping fez um discurso de abertura intitulado “Construir uma Comunidade de Futuro Compartilhado para o Progresso Comum”. A partir de então, teve início uma nova etapa de parceria de cooperação abrangente entre a China e a ALC, com a construção de uma comunidade de futuro compartilhado como vínculo e objetivo.

A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é um novo conceito sobre relações internacionais e o futuro da sociedade humana, proposto pela primeira vez pelo presidente Xi Jinping. Este conceito tem grande e transcendental significado para promover ativamente a cooperação e os intercâmbios entre a comunidade internacional em um contexto global de mudanças sem precedentes e únicas, com o objetivo de construir um mundo caracterizado pela paz duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura e inclusão. A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é o conceito central do Pensamento de Xi Jinping sobre a Diplomacia, bem como a meta almejada pela diplomacia chinesa na nova era (WANG, 2024). A formulação e o desenvolvimento deste conceito estão alinhados com a tendência geral do mundo e a direção do desenvolvimento humano, refletem a busca de valores comuns para toda a humanidade e apresentam planos chineses para o desenvolvimento global e o futuro da humanidade.

A construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC é uma iniciativa prática que visa aumentar a amizade e a cooperação ambos lados, com base no conceito da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, além de ser um novo plano para fortalecer a cooperação Sul-Sul e impulsionar a otimização contínua do sistema de governança global. A cooperação entre a China e os países da ALC na construção de uma comunidade de futuro compartilhado pela humanidade aumentará efetivamente a voz de ambos ambas as partes nos assuntos globais e contribuirá para promover a multipolaridade global, a democratização das relações internacionais e a formação de uma nova ordem política e econômica internacional justa e razoável.

Em 2024 celebra-se o 10º aniversário da proposta do presidente Xi Jinping para a comunidade de futuro compartilhado China-ALC. Nos últimos 10 anos, a ideia de construir uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC tem recebido uma resposta e um reconhecimento cada vez mais positivos por parte dos países latino-americanos. As relações bilaterais na nova era, caracterizadas pela igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e bem-estar para os povos, alcançaram resultados frutíferos em diversos âmbitos da cooperação amistosa.

I. Promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado e os valores comuns de toda a humanidade

Atualmente, as mudanças na situação mundial estão evoluindo de forma vertiginoso. As transformações no mundo, nos tempos e na história estão se desenvolvendo de uma maneira sem precedentes. O mundo entrou em um novo período de turbulências e transformações, mas a direção geral do desenvolvimento e do progresso da humanidade não mudará, assim como a lógica de que a história mundial avança de forma sinuosa, nem a tendência de que a sociedade internacional compartilha um futuro comum. Desde o início da nova era, a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade passou de uma iniciativa proposta pela China a um consenso internacional, de uma visão promissora a uma prática acumulada, e de uma ideia conceitual a um sistema científico (WANG, 2024). Essa iniciativa tornou-se uma brilhante bandeira que lidera o progresso dos tempos ao defender os valores comuns de toda a humanidade. Adaptando-se à corrente dos tempos, a China e a ALC estão construindo uma comunidade de futuro compartilhado ainda mais estreita e impulsionam as relações bilaterais a uma nova etapa, em que a cooperação integral e a cooperação bilateral avançam em paralelo e se reforçam mutuamente, tornando-se, assim, um exemplo de cooperação Sul-Sul na nova era.

1. Conceito central do pensamento de Xi Jinping sobre a diplomacia

O relatório apresentado em 8 de novembro de 2012, no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), introduziu pela primeira vez o conceito de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Em 5 de dezembro do mesmo ano, ao se reunir com personalidades estrangeiras após assumir o cargo de secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Xi Jinping destacou que a comunidade internacional havia se tornado, ao longo do tempo, uma comunidade de futuro compartilhado e que, diante da complexa situação da economia mundial e dos problemas globais, nenhum país poderia salvar-se sozinho. Após essa reunião, a “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” passou a ser um novo conceito reiterado frequentemente por líderes chineses e documentos governamentais.

Em 18 de janeiro de 2017, o presidente Xi Jinping participou de uma conferência de alto nível no Palácio das Nações, em Genebra, e fez um discurso intitulado “Trabalhar para Construir Uma Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”, no qual desenvolveu de maneira profunda, abrangente e sistemática o conceito. Em 10 de fevereiro do mesmo ano, a Comissão de Desenvolvimento Social da ONU, em sua a 55ª sessão, aprovou por consenso a resolução “Dimensões Sociais da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África”, que instou a comunidade internacional a fortalecer o apoio ao desenvolvimento econômico e social do continente africano, com espírito de cooperação, benefícios compartilhados e construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Foi a primeira vez que uma resolução da ONU incluiu o conceito de “construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”.

Em outubro de 2022, o relatório apresentado ao 20º Congresso Nacional do PCCh incorporou a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade como parte essencial da modernização chinesa. O documento destacou que a China se dedicará a promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, mantendo-se fiel ao propósito de uma política externa que salvaguarde a paz mundial e fomente o desenvolvimento comum.

Na Conferência Central sobre o Trabalho dos Assuntos Exteriores, realizada em 27 e 28 de dezembro de 2023, em Beijing, foi destacado que a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é o conceito central do Pensamento de Xi Jinping sobre a Diplomacia. Representa uma compreensão cada vez mais profunda do PCCh sobre as leis que regem o desenvolvimento da sociedade humana e constitui um projeto que a China apresenta sobre o tipo de mundo que deseja construir e como fazê-lo. Esse conceito reflete a visão de mundo, a percepção de ordem e os valores dos comunistas chineses, alinhando-se com as aspirações comuns de todos os povos e indicando o caminho para o progresso das civilizações mundiais. Além disso, é o objetivo nobre que a China busca alcançar ao conduzir uma diplomacia de grande potência com características chinesas na nova era.

2. Iniciativas e ações da China orientadas pelo conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado

Ao mesmo tempo em que defende o importante conceito de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, o presidente Xi Jinping apresentou uma proposta pioneira para promover a formação de um novo tipo de relações internacionais, caracterizado pelo respeito mútuo, pela equidade e justiça, e pela cooperação com benefícios compartilhados. Além disso, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), a Iniciativa de Segurança Global (ISG) e a Iniciativa de Civilização Global (ICG), com o objetivo de abrir um caminho prático e criar condições fundamentais para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.  Essas iniciativas instam os países a trabalharem juntos para enfrentar desafios, alcançar prosperidade comum e impulsionar o mundo rumo a um futuro promissor de paz, segurança, prosperidade e progresso.

A Iniciativa Cinturão e Rota: aderindo ao princípio de consulta extensiva, contribuição conjunta para benefício compartilhado, praticando o multilateralismo genuíno. Em setembro e outubro de 2013, durante visitas aos países da Ásia Central e do Sudeste Asiático, o presidente Xi Jinping propôs duas importantes iniciativas: a construção conjunta do Cinturão Econômico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século XXI, conhecidas conjuntamente como a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR). Os pilares dessa iniciativa incluem a coordenação de políticas, a conectividade de infraestrutura, a facilitação do comércio, a integração financeira e o entendimento mútuo entre os povos. A construção conjunta da ICR estabeleceu uma nova ponte para que os países envolvidos fortaleçam os intercâmbios, promovam entendimento, respeito e confiança recíprocos, além de desenvolvimento, prosperidade e progresso compartilhados, ganhando, assim, considerável atenção da comunidade internacional. Até o final de junho de 2023, a China havia assinado mais de 200 documentos de cooperação para a construção conjunta do Cinturão e Rota com 152 países e 32 organizações internacionais, abrangendo 83% dos países com os quais a China mantém relações diplomáticas.

Iniciativa de Desenvolvimento Global: priorizando o bem-estar das pessoas e promovendo o desenvolvimento sustentável. Em 21 de setembro de 2021, durante discurso proferido para o debate geral da 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente Xi Jinping apresentou a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG). Seus princípios incluem a priorização do desenvolvimento, uma abordagem centrada nas pessoas, benefícios amplos e inclusivos, a inovação como motor do progresso, a coexistência harmoniosa entre os seres humanos e a natureza, e a orientação prática para ações. A IDG propõe soluções para desafios globais de desenvolvimento e serve como guia para a cooperação internacional. Até o final de 2023, mais de 100 países e organizações internacionais haviam manifestado apoio à IDG, mais de 70 países haviam se juntado ao Grupo de Amigos da IDG, e quase 30 países e organizações assinaram memorandos de cooperação com a China, integrando a IDG às suas estratégias de desenvolvimento.

Iniciativa de Segurança Global: enfrentando os desafios de segurança internacional para alcançar uma paz global duradoura. Em 21 de abril de 2022, durante a Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa de Segurança Global (ISG). Seus princípios incluem a segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável; respeito à soberania e à integridade territorial; cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas; consideração às preocupações de segurança de todos os países; resolução pacífica de desacordos e disputas entre países por meio de diálogo e consulta; resolução pacífica de disputas e garantia de segurança em áreas tradicionais e não tradicionais. A ISG rejeita confrontos, promove o diálogo e busca a cooperação para enfrentar ameaças à segurança global.

Iniciativa de Civilização Global: promover intercâmbios e aprendizado mútuo entre civilizações e construir um mundo aberto e inclusivo. Em 15 de março de 2023, durante a Reunião de Alto Nível do PCCh sobre o Diálogo com os Partidos Políticos Mundiais, Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do PCCh, propôs pela primeira vez a Iniciativa de Civilização Global. Seus principais conteúdos incluem: respeitar a diversidade de civilizações no mundo, promover os valores comuns a toda a humanidade, valorizar a herança e a inovação das civilizações, e fortalecer os intercâmbios e a cooperação internacionais entre os povos. A ICG tem como objetivo oferecer soluções para a governança global e para as relações entre países e diferentes culturas. Elevou o diálogo político a um novo patamar ao propor caminhos para que países com diferentes culturas, histórias, religiões, modos de vida e sistemas políticos e sociais alcancem uma convivência pacífica. Persiste em superar o distanciamento com o intercâmbio, a confrontação com o aprendizado mútuo e o complexo de superioridade cultural com a inclusão, a fim de injetar uma poderosa energia positiva para promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

A terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh, realizada em julho de 2024, reafirmou que, no trabalho no exterior, é fundamental buscar uma política externa independente e pacífica, promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, implementar os valores comuns da humanidade, e implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global. Além disso, destacou-se a importância de fomentar multipolarização global igualitária e ordenada, bem como uma globalização econômica de benefício geral e inclusiva.

O conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade está especificamente incorporado em quatro aspectos da política externa da China na nova era: em primeiro lugar, a China busca firmemente uma política externa independente e pacífica, sempre determina suas posições e políticas com base nos méritos, defende as regras básicas das relações internacionais e salvaguarda a equidade e a justiça internacionais; em segundo lugar, a China persiste no desenvolvimento de uma cooperação amigável com outros países com base nos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica, promove a construção de um novo tipo de relações internacionais, aprofunda e amplia as relações de parceria global de igualdade, abertura e cooperação e está comprometida em ampliar a convergência de interesses com todos os países; em terceiro lugar, a China persevera na política estatal básica de abertura para o mundo exterior, implementa resolutamente a estratégia de abertura para benefício mútuo e compartilhamento de ganhos, continua a oferecer novas oportunidades para o mundo com o novo desenvolvimento da China e impulsiona a construção de uma economia mundial aberta para beneficiar melhor as pessoas de todos os países; por fim, a China participa ativamente da reforma e da construção do sistema de governança global, implementa o conceito de governança global caracterizado pela co-deliberação, co-edificação e co-distribuição, busca o multilateralismo genuíno e impulsiona a democratização das relações internacionais, com o objetivo de promover uma governança global mais justa e racional.

Sob o conceito de avançar na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, a China persiste em promover a construção de um mundo de paz duradoura por meio de diálogos e consultas, de um mundo de segurança universal por meio de co-construção do benefício compartilhado, de um mundo de prosperidade comum por meio de cooperação e dos ganhos mútuos, de um mundo aberto e inclusivo por meio de intercâmbios e aprendizado mútuo, assim como de um mundo limpo e belo através de um desenvolvimento ecológico e de baixo carbono. Essa visão reflete o compromisso da China em criar um futuro sustentável, harmonioso e inclusivo para toda a humanidade.

O conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, que se posiciona no lado correto da história e do progresso humano, estabelece uma nova abordagem às relações internacionais, oferece uma nova sabedoria para a governação global, cria uma nova configuração para os intercâmbios globais e apresenta uma nova visão para um mundo melhor, sendo amplamente reconhecido e apoiado pela comunidade internacional (Gabinete de Informação do Conselho de Estado da República Popular da China, 2023).

II. Construir conjuntamente uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado e impulsionar relações bilaterais estáveis e duradouras na nova era

1. Construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC

A comunidade de futuro compartilhado China-ALC é uma iniciativa prática voltada para o fortalecimento da amizade e cooperação entre as duas partes, baseada no conceito de comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Em 17 de julho de 2014, durante sua participação na reunião de líderes da China e dos países ALC, realizada no Brasil, o presidente Xi Jinping fez um discurso intitulado “Construir uma Comunidade de Futuro Compartilhado para o Progresso Comum”, no qual propôs a construção de um novo modelo de relações entre a China e a ALC, fundamentado em cinco pilares: confiança mútua e sinceridade na política, cooperação e ganho compartilhado na economia e no comércio, aprendizado mútuo na cultura, coordenação estreita nos assuntos internacionais e impulso mútuo entre a cooperação abrangente e as relações bilaterais. Dessa forma, foi criada uma comunidade de futuro compartilhado voltada para o progresso comum entre a China e a ALC.

Nos últimos dez anos, o presidente Xi Jinping realizou seis visitas à ALC, elaborando pessoalmente o roteiro para o desenvolvimento das relações bilaterais. No México, o presidente Xi Jinping expressou sua mensagem mais profunda para a cooperação China-ALC, destacando a expectativa de que, com esforços conjuntos, ambas as partes estabelecessem o quanto antes um fórum de cooperação China-ALC, aproveitassem plenamente seus respectivos pontos fortes, construíssem uma plataforma maior para promover a parceria de cooperação abrangente China-ALC e trabalhassem juntos para aumentar a energia positiva para a estabilidade e a prosperidade da região da Ásia-Pacífico. No Brasil, o presidente Xi Jinping enfatizou a necessidade de compartilhar um futuro comum e fortalecer continuamente a confiança estratégica; compartilhar o desenvolvimento e aprofundar a integração das estratégias de desenvolvimento; compartilhar a responsabilidade e demonstrar o papel de China e Brasil na manutenção da paz e a justiça globais; bem como compartilhar as mesmas tristezas e alegrias, contribuindo conjuntamente para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. No Peru, o presidente Xi Jinping ressaltou que ambas as partes deveriam sustentar a bandeira da paz, do desenvolvimento e da cooperação, trabalhar juntas para construir o grande navio da comunidade de futuro compartilhado China-ALC e cooperar de boa fé no caminho para a realização do sonho chinês e do sonho latino-americano, elevando a parceria de cooperação integral entre as duas partes para um nível ainda mais elevado.

A diplomacia do chefe de Estado tem sido fundamental para orientar o rumo das relações entre a China e a ALC na nova era. O presidente Xi Jinping realizou encontros, enviou cartas e telegramas e fez ligações telefônicas com chefes de Estado ou de Governo de países como México, Brasil, Peru, Chile, Honduras, Guiana, Venezuela, Argentina, Colômbia, Uruguai, Suriname, Cuba, Barbados, Antígua e Barbuda, República Dominicana, entre outros da região. Termos como “cooperação” e “desenvolvimento” têm sido palavras recorrentes nessas trocas diplomáticas entre chefes de Estado. O nível das relações entre a China e países como Panamá, República Dominicana, El Salvador, Uruguai, Colômbia e Nicarágua foi elevado. A construção de um novo modelo de relações entre a China e a ALC, baseada nos cinco pilares propostos pelo presidente Xi Jinping, tem sido calorosamente acolhida pelos líderes da região.

2. As relações China-ALC na nova era

Nos últimos dez anos, sob a liderança conjunta do presidente Xi Jinping e dos líderes dos países da ALC, as relações bilaterais avançaram continuamente na nova era, com base nos princípios de igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e bem-estar dos povos. A construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade entre a China e a ALC tem progredido de forma estável e duradoura (Wu e Liu, 2021). Até o final de novembro de 2024, 22 países da ALC haviam assinado documentos de cooperação com a China para a construção conjunta da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR). O novo marco de cooperação “1+3+6”, proposto pela China, aprimorou a cooperação pragmática entre a China e a ALC, fortalecendo os laços em múltiplas áreas e criando novas oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais. O caminho da modernização da China proporcionou uma referência valiosa para os países da ALC e ofereceu novas oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais. A prática da construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC entrou em um novo estágio e embarcou em uma nova jornada.

Atualmente, essa grande prática apresenta as cinco características a seguir:

Primeiro, a confiança política mútua tem se fortalecido constantemente. Nos últimos dez anos, a China e a ALC mantiveram intercâmbios frequentes e comunicação estratégica de alto nível, o que injetou dinamismo contínuo na parceria de cooperação abrangente, baseada na igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum. Sob a liderança da diplomacia de chefes de Estado, a confiança política entre a China e a ALC continuou a se aprofundar e a cooperação pragmática continuou a se expandir. Países como Panamá, República Dominicana, El Salvador, Nicarágua e Honduras estabeleceram ou restabeleceram relações diplomáticas com a China. Além disso, muitos países da região se juntaram à construção de alta qualidade da ICR e apoiaram iniciativas como a IDG, a ISG e a ICG, promovendo a construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre China e ALC.

Em segundo lugar, a cooperação econômica, comercial e de investimentos continuou a se aprofundar. Em julho de 2014, o presidente Xi Jinping estabeleceu metas grandes para a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC: atingir um volume de comércio de 500 bilhões de dólares e um estoque de investimentos de 250 bilhões de dólares em dez anos. Essas metas foram amplamente cumpridas. Em 2014, o volume do comércio de mercadorias entre a China e a ALC foi de aproximadamente US$ 263,5 bilhões, crescendo para US$ 489 bilhões em 2023; enquanto o estoque de investimentos das empresas chinesas na ALC foi de aproximadamente US$ 106,1 bilhões em 2014 e atingiu US$ 596,2 bilhões em 2022. A China é o segundo maior parceiro comercial da ALC e o maior de países como Brasil, Chile, Peru e Uruguai. A China é a terceira maior fonte de investimento na ALC, enquanto a ALC é o segundo destino mais importante para o investimento estrangeiro chinês e um parceiro importante na cooperação internacional em capacidade produtiva. Até março de 2024, Chile, Peru, Costa Rica, Equador e Nicarágua se tornaram sucessivamente parceiros de livre comércio da China. A cooperação econômica, comercial e de investimentos entre a China e a ALC tem sido cheia de vitalidade, criando um modelo exemplar para a cooperação Sul-Sul e fortalecendo a confiança no desenvolvimento econômico geral.

Em terceiro lugar, a cooperação na construção de infraestrutura tem avançado de forma constante. A China apoia e participa ativamente da construção da conectividade na região da ALC. Sob a estrutura da construção conjunta do Cinturão e Rota, as empresas chinesas realizaram muitos projetos de infraestrutura na ALC, inclusive em setores como transporte, energia, telecomunicações, saúde e educação, melhorando efetivamente o nível de conectividade local e a capacidade de desenvolvimento econômico na região. O investimento e a construção de infraestrutura se tornaram um dos campos com maior potencial de crescimento na cooperação entre a China e a ALC. Atualmente, a ALC é o terceiro maior mercado para os contratos de infraestrutura chineses. As empresas chinesas contribuíram para reduzir as deficiências de infraestrutura da região, melhoraram a qualidade de vida de milhões de habitantes e promoveram empregos locais. Por exemplo, a CRRC Corporation Limited da China e o governo do estado brasileiro de São Paulo assinaram o projeto do Eixo Norte da Ferrovia Interurbana de São Paulo, que visa criar o sistema ferroviário interurbano mais rápido e moderno do Brasil. Esse projeto não apenas atenderá à demanda da população brasileira por transporte conveniente, mas também gerará diretamente dezenas de milhares de empregos, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social local.

Em quarto lugar, os intercâmbios entre pessoas continuaram a se expandir. Os intercâmbios interpessoais e culturais entre a China e a ALC estão se tornando mais frequentes. O estabelecimento de Institutos Confúcio e a organização de atividades culturais promoveram o entendimento mútuo entre os dois povos e fortaleceram sua amizade. A cooperação em áreas como cultura, educação e turismo, bem como a cooperação entre os governos locais e a mídia de ambos os lados, aumentaram a proximidade entre os dois povos. A China e a ALC continuaram a expandir a cooperação em treinamento de talentos e treinamento vocacional, com um aumento constante no número de estudantes de intercâmbio entre os dois lados. Os fóruns e plataformas para intercâmbios pessoais e culturais estão se tornando cada vez mais especializados e diversificados. Os intercâmbios entre pessoas são vibrantes e desempenham um papel especial como ponte e elo para promover a compreensão mútua e a amizade. Em outubro de 2022, a China havia estabelecido relações de geminação com 196 cidades, províncias ou estados da região da ALC (WU, 2021). As empresas chinesas na ALC estão cumprindo ativamente sua responsabilidade social e se integrando às comunidades locais. Por exemplo, a Corporação das Três Gargantas (CTG), uma empresa chinesa de energia, colaborou com a Universidade Ricardo Palma, do Peru, na criação da Bolsa de Estudos CTG para incentivar estudantes peruanos de destaque a se tornarem pilares do desenvolvimento do país e embaixadores da amizade entre a China e o Peru.

Em quinto lugar, ambas as partes têm coordenado estreitamente em relação à governança multilateral. A China e a ALC mantêm uma colaboração próxima em plataformas multilaterais, como as Nações Unidas, trabalhando juntas para defender o multilateralismo, a justiça e a equidade internacionais, além de pressionarem pela reforma e aperfeiçoamento do sistema de governança global. Ambas as partes alcançaram amplos consensos sobre temas de governança global, questões internacionais e regionais importantes, a estruturação de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado e a construção de uma ordem internacional mais justa e racional. Além disso, China e ALC têm se apoiado mutuamente em questões que envolvem seus interesses centrais e preocupações-chave. Juntos, China e Brasil emitiram conjuntamente um consenso de seis pontos sobre a solução política para a crise da Ucrânia, que recebeu o apoio e a resposta de mais de 100 países, enviando uma forte voz da China e da ALC em favor da paz, da equidade, da justiça, da cooperação e dos benefícios compartilhados. Em novembro de 2024, o presidente Xi Jinping foi convidado para a 31ª Reunião de Líderes Econômicos do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada em Lima, e realizou uma visita de Estado ao Peru. Posteriormente, participou da 19ª Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, e realizou também uma visita de Estado ao Brasil. A viagem do presidente Xi Jinping à ALC, com foco na região, conexão com a Ásia-Pacífico e uma visão global, foi um percurso de amizade que cruzou montanhas e mares, uma jornada de unidade para promover o desenvolvimento e um esforço de cooperação para expandir as relações de parceria. Essa visita impulsionou o desenvolvimento saudável e estável das relações entre grandes potências, liderou a solidariedade e o fortalecimento do Sul Global, e enriqueceu as novas práticas para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Durante a cúpula do G20, o presidente Xi Jinping apresentou as oito ações da China para o desenvolvimento global, como a adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a proposta de uma Iniciativa de Cooperação Internacional de Ciência Aberta, apresentada em conjunto com países do Sul Global, como o Brasil, e a ampliação da abertura unilateral para os países menos desenvolvidos, entre outras medidas. Essas iniciativas demonstram a estreita comunicação e apoio mútuo entre a China e os países da ALC em fóruns multilaterais, bem como sua firme determinação de promover o desenvolvimento global conjunto, a multipolaridade mundial e a manutenção da equidade e da justiça internacionais.

III. Perspectivas sobre a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC a partir de uma perspectiva do Sul Global

A China e a ALC são membros naturais do Sul Global, e a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC é essencialmente uma cooperação Sul-Sul. Portanto, a exploração e a prática da construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC não têm apenas significado bilateral, mas também multilateral. Nos próximos 10 anos, dessa comunidade estabelecerá uma tendência de desenvolvimento substancial.

1. As parcerias levam a cooperação abrangente China-ALC a uma nova era

Desde o início deste século, as relações China-ALC vêm se aprofundando e apresentando um padrão de cooperação multinível, amplo e abrangente, no qual as parcerias têm desempenhado um papel de destaque. Até o momento, a China estabeleceu parcerias de múltiplos níveis e tipos com 15 países latino-americanos: 5 parcerias estratégicas, 1 parceria estratégica de cooperação, 8 parcerias estratégicas abrangentes e 1 parceria estratégica para todos os tempos. A construção da rede de parcerias China-ALC não apenas aprofundou a confiança política mútua, mas também expandiu as áreas de cooperação e injetou vitalidade nas relações China-ALC. Desde o início do século XXI, oito países da América Latina e do Caribe estabeleceram ou retomaram relações diplomáticas com a China, aumentando para 26 o número de países na região com os quais a China mantém relações diplomáticas formais.

Olhando para o futuro, acreditamos que a rede de parcerias China-ALC não só continuará a se expandir, mas também se tornará cada vez mais profunda, levando a cooperação abrangente China-ALC a uma nova era de igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e benefício para os povos. Este julgamento baseia-se em quatro características da construção de uma parceria com a China.

Em primeiro lugar, a igualdade é a base da parceria. Esse modelo difere da diplomacia tradicional das grandes potências e permite que os países latino-americanos sintam a sinceridade e a responsabilidade da China na cooperação.

Em segundo lugar, o benefício mútuo e o ganho compartilhado são o objetivo desta parceria. Sob o marco do benefício mútuo, as áreas de cooperação entre a China e a ALC foram ampliadas e aprofundadas, trazendo benefícios tangíveis para os países latino-americanos e promovendo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da China.

Em terceiro lugar, a inovação e a abertura são características fundamentais da parceria na nova era. Ambas as partes estão promovendo o desenvolvimento das relações China-ALC para níveis de qualidades mais elevadas por meio da inovação nos modos e conteúdos da cooperação e da abertura de áreas de cooperação como parceiros.

Em quarto lugar, beneficiar o sustento dos povos é a essência da parceria. O objetivo final da parceria China-ALC é contribuir para o bem-estar das populações de ambos os lados. Por isso, a China tem se concentrando na cooperação em áreas como alívio da pobreza, educação, assistência médica e outros programas voltados para subsistência, com o objetivo de ajudar os países latino-americanos a elevar seus níveis de desenvolvimento social.

2. Economia digital e desenvolvimento verde para promover a qualidade e o aprimoramento da cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC

A cooperação econômica e comercial é o elo central na construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a ALC. O volume de comércio entre a China e a ALC cresceu de menos de US$ 100 bilhões no início deste século para quase US$ 500 bilhões, e o investimento direto da China na ALC aumentou de US$ 10 bilhões para quase US$ 700 bilhões entre 2005 e 2023. Enquanto isso, a China assinou ou otimizou acordos de livre comércio (FTAs, na sigla em inglês) com Costa Rica, Equador, Nicarágua, Chile, Peru e outros países, o que apoiou firmemente o desenvolvimento sustentado e estável da cooperação econômica e comercial bilateral. Até o final de 2023, o número de empresas financiadas pela China na ALC chegou a mais de 3.000, e a tendência de empresas se mudarem para a região continua forte. O estreitamento dos laços econômicos e comerciais proporcionou uma base material sólida para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC.

No entanto, a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC enfrenta o desafio de melhorar sua qualidade. Nos próximos 10 anos, o Sul Global acelerará sua transformação digital e ecológica, o que oferece uma oportunidade para a cooperação China-ALC promover a integração profunda da economia digital e do desenvolvimento ecológico.

Em primeiro lugar, a economia digital está provocando mudanças profundas no modo de cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC. Por um lado, as vantagens tecnológicas e a escala de mercado da China no campo da economia digital proporcionam um amplo espaço para a cooperação China-ALC e, por outro lado, as empresas chinesas apoiam a construção de infraestrutura digital nos países latino-americanos por meio de investimentos em tecnologia e exportação, de modo a ajudá-los a acelerar a transformação digital.

Em segundo lugar, a cooperação em energia limpa e a construção de cadeias de suprimentos verdes promoveram a transformação verde da China e da ALC. Nos últimos anos, a China e a ALC não apenas promoveram vigorosamente a cooperação nas áreas de energia fotovoltaica, energia eólica e veículos de novas energias, mas também fortaleceram a construção de cadeias de suprimentos verdes em áreas comerciais tradicionais, como produtos agrícolas, recursos minerais e indústrias de manufatura, com o objetivo de ajudar a China e a ALC em seu desenvolvimento verde.

Além disso, impulsionada pelas tendências duplas de digitalização e transição ecológica, a cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC está avançando para um nível mais profundo de integração. A integração da digitalização e do desenvolvimento verde está promovendo a expansão gradual da cooperação econômica e comercial entre a China e a ALC, da tradicional exportação de matérias-primas e energia para setores de alto valor agregado, e da “expansão quantitativa” para o “aprimoramento qualitativo”.

3. Desenvolver a cooperação intelectual para criar um novo modelo de intercâmbio e aprendizado mútuo entre as civilizações da China e da ALC

Em 2014, o presidente Xi Jinping propôs o “aprendizado e apreciação mútuos nas ciências humanas” como um dos cinco pilares para a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado. Nos últimos 10 anos, uma tendência importante foi a expansão da cooperação China-ALC para além das esferas políticas e econômicas tradicionais, incluindo intercâmbios humanísticos, compartilhamento de conhecimento e apreciação mútua de civilizações em um nível mais profundo. Por um lado, essa mudança foi impulsionada pelo rápido desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre a China e a ALC e, por outro, pelo incentivo dos governos de ambos os lados em termos políticos. Nesse contexto, a escala, o escopo e a frequência dos intercâmbios humanísticos entre a China e a ALC alcançaram um desenvolvimento sem precedentes. De acordo com estatísticas parciais, até 2024, haverá 48 Institutos Confúcio e mais de 80 institutos de pesquisa chineses ou relacionados à China em 26 países latino-americanos, enquanto mais de 160 instituições de ensino superior na China oferecem cursos de espanhol ou português, e o número de institutos de pesquisa latino-americanos na China também aumentou para 67.

Com a expectativa comum de um desenvolvimento de maior qualidade, é urgente que a China e a ALC progridam no intercâmbio e na cooperação de conhecimento, de modo a criar um novo padrão de intercâmbio e aprendizado mútuo entre as civilizações chinesa e latino-americana. No futuro, espera-se que a cooperação no campo do conhecimento alcance novos avanços em diversas áreas.

Em primeiro lugar, a promoção da cooperação em inovação e transferência de tecnologia. Os dois lados podem redobrar seus esforços com relação à cooperação em inovação e transferência de tecnologia, especialmente em setores avançados, como economia digital, energia limpa, tecnologia médica etc., com o objetivo de promover conjuntamente a inovação industrial e aumentar a competitividade no mercado global.

Em segundo lugar, a cooperação no campo do desenvolvimento sustentável deve ser ampliada. O desenvolvimento da cooperação em conhecimento deve se concentrar mais na área de desenvolvimento sustentável. Ambos os lados podem fortalecer a cooperação em áreas como mudanças climáticas, proteção verde e tecnologia verde, e compartilhar suas experiências de sucesso e melhores práticas na formulação de políticas e implementação de tecnologia.

Em terceiro lugar, a cooperação entre plataformas bilaterais e multilaterais deve ser fortalecida. Ambos os lados devem prestar muita atenção ao compartilhamento de práticas recomendadas ou experiências de desenvolvimento entre plataformas ou dentro delas. Isso não só ajudará a China e a ALC a aprender com o conhecimento sobre desenvolvimento ou com as experiências de cooperação de outras regiões, mas também promoverá a cooperação Sul-Sul e contribuirá com a sabedoria de desenvolvimento da China e da ALC para o desenvolvimento e a governança globais.

4. Moldar um novo paradigma de cooperação no Sul Global, tanto bilateral quanto coletivamente

Para promover a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, o presidente Xi Jinping propôs em 2014 um modelo de “duas rodas” de engajamento em assuntos regionais e internacionais, ou seja, “cooperação coletiva e relações bilaterais de reforço mútuo” em assuntos latino-americanos e “cooperação estreita em assuntos internacionais”. Isso significa que, por um lado, a China e os países latino-americanos podem continuar a usar e otimizar os mecanismos bilaterais existentes, como comitês bilaterais de cooperação de alto nível ou comitês conjuntos de alto nível; e, por outro lado, em questões de governança global, a China pode não apenas buscar políticas comuns com países latino-americanos de forma individual, mas também coordenar e unificar suas posições com base em mecanismos de cooperação coletiva, como o Fórum China-CELAC. Esse modelo de interação virtuosa entre mecanismos bilaterais e globais não só melhorará muito as relações entre a China e a ALC, mas também será um bom exemplo para que o Sul Global coopere na promoção de mudanças no sistema de governança global e na formação de um sistema multilateral mais representativo. No futuro, espera-se que a China e a ALC fortaleçam ainda mais a cooperação na governança global nos seguintes níveis.

Primeiro, o multilateralismo deve ser defendido em conjunto. Ambos os lados devem fortalecer ainda mais a coordenação em plataformas multilaterais, como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e o G20, continuar a promover uma ordem internacional baseada em regras e defender os interesses gerais do Sul Global, salvaguardando conjuntamente o multilateralismo.

Em segundo lugar, a reforma do sistema de governança global deve ser promovida. Ambos os lados concordam que o atual sistema de governança global deve se tornar mais inclusivo e equitativo. No futuro, ambos os lados continuarão a promover a reforma dos mecanismos de governança global, incluindo finanças internacionais, comércio e mudanças climáticas, e a aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento na governança global.

Em terceiro lugar, a coordenação e a cooperação sobre as mudanças climáticas devem ser fortalecidas. A China e a ALC têm interesses comuns no enfrentamento das mudanças climáticas. Em especial, com a COP30 a ser realizada no Brasil em 2025, os dois lados continuarão a coordenar suas posições sobre as mudanças climáticas e a defender conjuntamente o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.

IV. Alcançando a prosperidade e o desenvolvimento comuns e construindo um futuro melhor para a China e a ALC

Nos últimos 10 anos, apesar das notáveis conquistas na construção de uma comunidade China-ALC com futuro compartilhado, a mudança da situação internacional e alguns problemas estruturais na cooperação bilateral continuam a representar desafios consideráveis para a sustentabilidade das relações China-ALC. A fim de promover ainda mais a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, podemos nos concentrar e impulsionar nos três aspectos a seguir no futuro:

1. Construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa Cinturão e Rota: injetando um novo impulso no desenvolvimento verde da China e da ALC

A Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) é um grande esforço na construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado, e é seu principal caminho. Até o momento, a China assinou memorandos de entendimento com 22 países da ALC sobre a construção conjunta da ICR, assinou planos de cooperação com Jamaica, Suriname, Cuba, Argentina, Chile e Uruguai para promover conjuntamente a construção da ICR e estabeleceu um mecanismo de coordenação para a cooperação na construção da ICR com Cuba, além de promover continuamente o reforço das sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e estratégias de desenvolvimento do Brasil. Nos últimos 10 anos, a China e a ALC alcançaram resultados notáveis na construção conjunta da ICR: a política e a coordenação do Cinturão e Rota têm sido muito eficazes, e essa iniciativa tem sido uma importante fonte de inspiração para a China e a ALC. A comunicação política e a complementaridade estratégica se aprofundaram, a conectividade da infraestrutura foi fortalecida, a cooperação comercial e de investimentos cresceu aos trancos e barrancos, o financiamento de capital continuou a se desenvolver de forma inovadora, e os intercâmbios humanísticos e o aprendizado mútuo atingiram um novo patamar.

No entanto, diante das mudanças no cenário econômico global e dos desafios da recuperação global após a pandemia da COVID-19, a construção conjunta de alta qualidade do Cinturão e Rota tornou-se o caminho central para aprofundar a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado. Para isso, os esforços devem ser redobrados nas seguintes áreas:

Promover a construção do “Cinturão e Rota Verde”. Em vista da necessidade urgente de desenvolvimento global sustentável, a construção da ICR deve dar maior ênfase ao desenvolvimento verde e à proteção ambiental. Portanto, os dois lados devem fortalecer o intercâmbio e a cooperação nas áreas de finanças verdes, padrões e tecnologias verdes e capacitação verde.

Promover a cooperação no “Cinturão e Rota Digital”. A decolagem da economia digital oferece uma nova oportunidade para a China e a ALC construírem conjuntamente a ICR. A China e a ALC devem promover vigorosamente a construção do “Cinturão e Rota Digital”, fortalecer a cooperação na construção de infraestrutura digital, na facilitação do comércio digital e no treinamento de habilidades digitais, além de impulsionar a transformação digital dos países latino-americanos.

Promover a construção de mecanismos de cooperação multilateral. No futuro, será necessário fortalecer a cooperação com organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), bem como promover inovações nos mecanismos de cooperação regional, fomentar a articulação com organizações regionais, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), e se esforçar para integrar o ICR nas agendas de desenvolvimento regional e global.

Promover uma cooperação aprofundada na cadeia industrial e na cadeia de suprimentos. No futuro, a construção do Cinturão e Rota deve se concentrar na integração profunda de ambos os lados na cadeia industrial e na cadeia de suprimentos, e promover a transformação dos países latino-americanos de indústrias de baixo valor agregado para indústrias de alto valor agregado, a fim de ajudá-los a sair da armadilha da “desindustrialização”.

Promover a transparência e a inclusão em projetos de cooperação. A construção de alta qualidade do Cinturão e Rota requer a garantia de transparência e inclusão dos projetos, reduzindo os riscos de cooperação e os conflitos sociais causados pela assimetria de informações, de modo que os projetos de cooperação possam realmente servir ao desenvolvimento econômico e social local e melhorar os meios de subsistência das pessoas.

2. Melhorar o Fórum China-CELAC para aproveitar ao máximo os novos benefícios da cooperação abrangente China-ALC

Em julho de 2014, o fórum entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, o Fórum China-CELAC, foi estabelecido, marcando o início de um novo modelo em que a cooperação China-ALC como um todo e as relações bilaterais se promovem mutuamente, formando um mecanismo abrangente, extensivo e multinível de cooperação. Como plataforma para a cooperação intergovernamental entre a China e a ALC, o mecanismo inclui principalmente reuniões ministeriais, o Diálogo de Ministros das Relações Exteriores China-CELAC, a Reunião de Coordenadores Nacionais (Reunião de Altos Dignitários), além de fóruns e encontros em diversas áreas profissionais. Esses subfóruns profissionais, realizados no âmbito do Fórum China-CELAC, tornaram-se as plataformas de diálogo e cooperação mais dinâmicas dentro do mecanismo geral de cooperação entre a China e a ALC, abrangendo cerca de 30 áreas, como infraestrutura, tecnologia digital, agricultura, negócios, juventude, grupos de reflexão, meio ambiente, redução da pobreza, transporte e aeroespacial. Nos últimos 10 anos, o Fórum China-CELAC consolidou-se como a plataforma mais importante para promover a cooperação abrangente entre a China e a ALC, fortalecendo a articulação das estratégias de desenvolvimento entre ambas as partes e construindo uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado.

Atualmente, a China e a ALC estão enfrentando um momento crucial na construção do mecanismo de cooperação abrangente, com a expectativa de que a Cúpula do Fórum China-CELAC seja realizada em 2025. Nesse momento oportuno, é imperativo que a China e a ALC resumam as conquistas e experiências dos últimos 10 anos, planejem o foco da próxima etapa de cooperação e otimizem e atualizem o Fórum China-CELAC, com o objetivo de elevar a construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado a um novo patamar.

Estabelecer um mecanismo permanente para o diálogo de alto nível entre a China e a ALC. Embora o Fórum China-CELAC ofereça atualmente um canal de comunicação multinível, a frequência e a eficácia dos diálogos são relativamente insatisfatórias. No futuro, deve-se considerar o estabelecimento de um mecanismo de diálogo de alto nível mais regular, com convites a especialistas no assunto, a fim de aumentar a confiança mútua estratégica e a coordenação de políticas.

Otimizar o mecanismo de negociação de acordos de livre comércio bilaterais e multilaterais. Deve-se pedir a mais países latino-americanos ou organizações regionais que assinem acordos de livre-comércio bilaterais ou multilaterais com a China, a fim de reduzir as barreiras comerciais, promover o livre fluxo de mercadorias, serviços, capital e tecnologia e impulsionar as relações econômicas e comerciais entre a China e a ALC a um novo patamar.

Fortalecer o diálogo e a cooperação com organizações sub-regionais. Além da cooperação abrangente, o diálogo e a cooperação com organizações sub-regionais, como o Mercosul, a Aliança do Pacífico (AP), a Comunidade Andina (CAN), o Sistema de Integração Centro-Americana (SICA) e a Comunidade do Caribe (CARICOM), devem ser incentivados e promovidos. Dessa forma, o Fórum China-CELAC poderá promover melhor a cooperação prática e atender às necessidades de diferentes países e sub-regiões.

Promover o estabelecimento de um mecanismo de intercâmbio cultural de alto nível entre a China e a ALC. No âmbito do Fórum China-CELAC, existem cerca de 10 subfóruns destinados a intercâmbios humanísticos. No entanto, China e ALC ainda não estabeleceram nenhum mecanismo bilateral ou multilateral para intercâmbios culturais de alto nível. Essa área está atrasada em relação à cooperação da China com outras regiões e outras áreas da cooperação China-ALC.

3. Implementar as “Três Iniciativas Globais” e liderar a nova jornada da comunidade China-ALC de futuro compartilhado

As Três Iniciativas Globais da China – a saber, a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global – são importantes bens públicos internacionais fornecidos pela China ao mundo. Elas oferecem soluções chinesas para os desafios globais, promovem a transformação do sistema de governança global e oferecem um sólido apoio para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. A construção de uma comunidade China-ALC de futuro compartilhado deve alinhar-se à implementação das Três Iniciativas Globais, com China e ALC unidas para promover o desenvolvimento econômico global, a governança da segurança internacional e os intercâmbios civilizacionais e o aprendizado mútuo, impulsionando assim um novo marco na construção da comunidade China-ALC de futuro compartilhado.

Alinhamento das estratégias de desenvolvimento como a principal direção para a implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global. A promoção do alinhamento das estratégias de desenvolvimento pode coordenar de forma eficaz as necessidades de desenvolvimento, enfrentando os desafios da transformação estrutural das economias compartilhadas.

-Fortalecer a comunicação e a coordenação das políticas intergovernamentais: Ambas as partes podem aprofundar a compreensão mútua sobre as respectivas necessidades de desenvolvimento e forjar um consenso político em áreas-chave por meio de diálogos políticos em múltiplos níveis e formatos.

-Promover a construção de infraestrutura e a conectividade. A modernização da América Latina e do Caribe deve, antes de tudo, passar pela modernização das infraestruturas. Ambas as partes podem aproveitar suas vantagens comparativas para fortalecer a conexão das estratégias de desenvolvimento em setores como transporte, energia e redes de informação, promovendo uma cooperação mutuamente benéfica.

-Aprofundar a cooperação em economia verde e desenvolvimento sustentável: Diante do desafio de equilibrar o crescimento econômico e a proteção ambiental, ambas as partes podem alcançar uma transformação verde por meio da harmonização de suas estratégias de desenvolvimento sustentável e da reformulação de seus modelos de crescimento econômico.

A cooperação em segurança não tradicional é uma área fundamental para a implementação da Iniciativa de Segurança Global. Atualmente, os desafios de segurança comuns enfrentados pela China e pela ALC estão concentrados principalmente em âmbitos não tradicionais, como mudanças climáticas, segurança cibernética e saúde pública, áreas nas quais ambas as partes podem reforçar a cooperação.

-Mudanças climáticas e cooperação em segurança ambiental: Ambas as partes podem avaliar a possibilidade de estabelecer um mecanismo de cooperação conjunta para a prevenção e a mitigação de desastres, promover conjuntamente projetos de proteção e restauração de florestas tropicais e melhorar a capacidade de resposta às mudanças climáticas e desastres naturais por meio do compartilhamento de experiências e treinamento técnico.

-Cooperação em segurança cibernética: Ambas as partes podem compartilhar tecnologias de proteção cibernética, aprimorar capacidades nessa área, cooperar no combate a crimes cibernéticos transfronteiriços e buscar a criação de um mecanismo de cooperação em segurança cibernética para garantir a segurança do desenvolvimento econômico e digital.

-Cooperação em saúde pública e segurança sanitária: A pandemia de COVID-19 acelerou a cooperação China-ALC no campo da saúde pública. A cooperação em pesquisa e desenvolvimento de vacinas, na prevenção e controle de doenças infecciosas e no compartilhamento de recursos médicos pode ser ainda mais fortalecida. Além disso, pode-se explorar a criação de um mecanismo regular de cooperação em saúde pública para compartilhar periodicamente informações e tecnologias mais recentes nesse campo.

O intercâmbio de conhecimentos e a cooperação são o principal objetivo da Iniciativa de Civilização Global. Na nova era, os intercâmbios e a cooperação no campo do conhecimento e da tecnologia não apenas darão um novo impulso aos intercâmbios civilizacionais e ao aprendizado mútuo entre a China e a ALC, mas também ajudarão ambas as partes a enfrentar juntos os desafios globais e regionais.

-Fortalecer a cooperação em ciência, tecnologia e inovação e promover o compartilhamento de conhecimento e o progresso tecnológico: As duas partes podem promover o fluxo bidirecional de conhecimento e tecnologia, além de fomentar a cooperação na transferência de tecnologia e inovação. Isso pode ser alcançado por meio do fortalecimento da cooperação entre instituições de pesquisa científica e empresas, do desenvolvimento conjunto de novas tecnologias e da exploração de aplicações inovadoras.

-Aprofundar a cooperação nas indústrias culturais e criativas e promover a difusão digital do conhecimento: Ambas as partes podem fortalecer a cooperação em setores culturais e criativos, como cinema e televisão, literatura, música e artes, com o objetivo de estabelecer um mecanismo eficaz e de longo prazo para intercâmbios culturais orientados para a indústria. Paralelamente, podem promover a criação de uma plataforma digital para o intercâmbio cultural entre a China e a ALC, aproveitando plenamente os novos meios de comunicação para difundir o conhecimento de forma interativa.

-Realizar pesquisas conjuntas e diálogos políticos e promover o intercâmbio de experiências em governança nacional: As duas partes podem aprimorar a cooperação entre think tanks e governos para conduzir pesquisas conjuntas em diversas áreas, como governança social, redução da pobreza e mudanças climáticas. Além disso, podem fortalecer o diálogo político e o compartilhamento de experiências sobre temas de interesse mútuo, com o objetivo de melhorar conjuntamente os níveis de governança nacional.

Conclusão

Atualmente, a China empenhada em promover a modernização chinesa. O relatório apresentado ao o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China estabelece a promoção da “construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” como um dos requisitos essenciais da modernização chinesa. O secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Xi Jinping, afirmou: “A China não busca a modernização de forma isolada. Está disposta a trabalhar com outros países para alcançar a modernização global por meio do desenvolvimento pacífico, cooperação mutuamente benéfica e prosperidade comum, promovendo a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.” Com um desenvolvimento de maior qualidade e um nível mais elevado de abertura, a modernização da China injetará mais estabilidade e certeza em um mundo turbulento e continuará contribuindo com a sabedoria, as soluções e a força da China para o avanço do processo de modernização global e a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

Os países da América Latina e do Caribe também estão empenhados em aprimorar seu desenvolvimento. À medida que o Sul Global continua a crescer, os países da ALC, como parte importante dessa região, estão fazendo sua voz ser ouvida no cenário internacional. Como poderiam encontrar um caminho de modernização adequado às suas realidades? Esse é o objetivo que os países da ALC buscam alcançar em conjunto atualmente. A prática da modernização chinesa demonstra que não existe um modelo fixo de modernização e que o melhor é aquele que se adapta às necessidades de cada país. Isso fornece novos exemplos e opções para que os países em desenvolvimento, incluindo os da ALC, alcancem sua modernização.

A China e os países da ALC são países em desenvolvimento e membros do Sul Global. Compartilhamos mais interesses comuns, posições mais próximas e uma missão compartilhada maior. Ambas as partes têm amplos consensos e interesses compartilhados na resolução de questões internacionais urgentes, no enfrentamento de desafios globais e na promoção da reforma do sistema de governança global. Nesse contexto, a China e a ALC avançarão no caminho da construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado. Os próximos 10 anos de construção da comunidade China-ALC de futuro compartilhado serão promissores!

Referências:

WANG, Hui. Pesquisa sobre a comunidade do futuro compartilhado para a humanidade e a modernização do sistema de governança global. People’s Tribune, maio de 2024. Disponível em: http://www.rmlt.com.cn/2024/0510/702197.shtml.

Ibid.

GABINETE DE INFORMAÇÃO DO CONSELHO DE ESTADO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA. A Global Community of Shared Future: China’s Proposals and Actions. 26 de setembro de 2023. Disponível em: https://www.gov.cn/zhengce/202309/content_6906335.htm.

WU, Jie; LIU, Xuxia. Building a community of Shared Future for Common Progress. Diário do Povo, 23 de julho de 2021, terceira edição. Disponível em: http://paper.people.com.cn/rmrb/html/2021-07/23/nw.D110000renmrb_20210723_1-03.htm.

WU, Kai. Um “Salto entre as Nuvens” para a China e a ALC. China Hoje (versão em espanhol), n.º 10, 2022, p. 40.

Instruções de redação e agradecimentos

O relatório “Atravessando juntos entre o vento e a chuva, a construção de uma comunidade de futuro compartilhado China-ALC: a prática e as perspectivas futuras” foi iniciado pelo Centro das Américas (Beijing Review) do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, na sigla em inglês) e é um projeto de pesquisa conjunta entre think tanks da China e dos países da América Latina e Caribe (ALC). Esse projeto foi lançado oficialmente no início de 2024. Os think tanks e as instituições de pesquisa da China e da ALC que participaram deste trabalho incluem: o Centro das Américas do CICG, o Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, o Centro de Estudos Asiáticos da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, no Peru, o Núcleo de Estudos dos Países BRICS (NuBRICS) da Universidade Federal Fluminense, no Brasil, o Centro Mexicano de Estudos Econômicos e Sociais, a Escola de Governo da Universidade de Desarrollo, no Chile, a Cátedra Internacional de Estudos sobre a China e a América Latina da Universidade de Congreso, na Argentina, e o Centro de Estudos da América Latina e do Caribe da Universidade Sudoeste de Ciência e Tecnologia, na China.

O relatório está dividido em duas partes: a primeira aborda a cooperação global entre a China e a ALC, e a segunda foca nas cooperações bilaterais entre a China e os países da região, como Peru, Brasil, México, Chile e Argentina. O relatório está disponível em chinês, espanhol e português.

Os redatores deste relatório são o grupo de pesquisa do Centro das Américas do CICG e Guo Cunhai, diretor do Departamento de Sociedade e Cultura e do Centro de Estudos Argentinos do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Agradecemos o apoio da Academia de Estudos sobre a China e o Mundo Contemporâneos (ACCWS, na sigla em inglês), do Centro de Estudos Peruanos da Universidade Normal de Hebei e outras instituições no processo de elaboração e publicação do relatório.

Centro das Américas (Beijing Review) do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG)

Vinculado ao Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, na sigla em inglês), o Centro das Américas (Beijing Review), ou CA, é um conglomerado de mídia e comunicação internacional da China para países e regiões nas áreas americanas.

Atualmente, o CA possui duas marcas principais, Beijing Review, elaboradas em inglês, e China Hoje, em espanhol, português e outras línguas. O centro cria conteúdos multilinguísticos de mídia convergente, opera sites e contas nas redes sociais em chinês, inglês, espanhol, e em português, e desenvolve pesquisas e estudos profundos da região. Também estabelece plataformas de intercâmbios para mídias e think tanks internacionais, e organiza eventos de intercâmbios.

O centro tem estabelecido uma filial de América Norte, nos EUA, uma de América Latina, em México, e um escritório representativo no Peru.

Clique para ler o e-book.

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Alckmin destaca potencial do Brasil para atrair investimentos em reunião com China e Indonésia https://brasiliainfoco.com/alckmin-destaca-potencial-do-brasil-para-atrair-investimentos-em-reuniao-com-china-e-indonesia/ Thu, 22 May 2025 03:00:15 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52265 Alckmin também ressaltou o compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas, Alckmin aproveitou os encontros para convidar os ministros da China e da Indonésia a participarem da COP 30 Em encontros realizados em paralelo às discussões sobre Indústria e Comércio no âmbito do BRICS , o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), […]

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Alckmin também ressaltou o compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas, Alckmin aproveitou os encontros para convidar os ministros da China e da Indonésia a participarem da COP 30

Em encontros realizados em paralelo às discussões sobre Indústria e Comércio no âmbito do BRICS , o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ressaltou nesta terça-feira (20/5) o potencial do Brasil para atração de investimentos, bem como a postura do país em defesa do multilateralismo, do livre comércio e do respeito à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Nas reuniões com o ministro da Indústria da Indonésia, Agus Kartasasmita, e com os vice-ministros chineses do Comércio, Lei Yongjie, e da Indústria, Jijun Xiong, Alckmin destacou o potencial de atração de investimentos no Brasil estimulados pela Nova Indústria Brasil (NIB), como o complexo industrial da saúde, a agroindústria, a energia renovável, a infraestrutura e a transformação digital.

“Queremos trabalhar em conjunto para fortalecer ainda mais a complementariedade econômica e explorar novas oportunidades de parcerias entre os países do BRICS”, afirmou o vice-presidente, na véspera das reuniões dos ministros de Comércio e Serviços do bloco.

Alckmin também destacou parcerias nas áreas de economia digital e inteligência artificial assinadas durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

COP 30

Ao ressaltar o compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas, Alckmin aproveitou os encontros para convidar os ministros da China e da Indonésia a participarem da COP 30 — Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas —, que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano.

O ministro da Indústria da Indonésia, Agus Kartasasmita, agradeceu o apoio do Brasil ao ingresso do país asiático no BRICS e ressaltou que os dois países têm características semelhantes, como grande população, riqueza ambiental e povo trabalhador, o que potencializa o aumento da parceria bilateral. Ele também demonstrou interesse na indústria aeroespacial brasileira.

A vice-ministra do Comércio da China, Lei Yongjie, destacou o BRICS como exemplo de comércio multilateral e apontou setores com potencial para ampliação da cooperação, como mineração verde e transformação digital.

Já o vice-ministro da Indústria da China, Jijun Xiong, mencionou oportunidades em áreas como infraestrutura e veículos com combustíveis verdes, e destacou as possibilidades de troca de experiências por meio do centro de desenvolvimento do BRICS.

Fonte: Agência gov

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TV Brasil Central exibe série especial sobre viagem à China https://brasiliainfoco.com/tv-brasil-central-exibe-serie-especial-sobre-viagem-a-china/ Tue, 20 May 2025 03:00:31 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52242 Equipe de reportagem esteve por três semanas em solo chinês A TV Brasil Central começou a exibir nesta segunda-feira (19/5) uma série de reportagens especiais sobre uma potência asiática: a China. O repórter Pedro Henrique Rabello e o cinegrafista Thiago Costa, acompanhados do presidente da Agência Brasil Central, Reginaldo Júnior, e do assessor do Gabinete […]

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Equipe de reportagem esteve por três semanas em solo chinês

A TV Brasil Central começou a exibir nesta segunda-feira (19/5) uma série de reportagens especiais sobre uma potência asiática: a China. O repórter Pedro Henrique Rabello e o cinegrafista Thiago Costa, acompanhados do presidente da Agência Brasil Central, Reginaldo Júnior, e do assessor do Gabinete de Relações Internacionais do Governo de Goiás, Marcelo Mariano, visitaram Hebei, uma das mais importantes províncias do país oriental. A delegação goiana viu de perto os motivos que fizeram da China a segunda maior economia do mundo.

Ao todo vão ser nove reportagens especiais que mostram os locais visitados pela equipe da TBC ao longo de três semanas de viagem ao território chinês, iniciada no dia 22 de agosto do ano passado. A primeira reportagem mostrou a chegada a Pequim, onde a equipe da emissora de TV goiana foi recepcionada por jornalistas da emissora de TV chinesa parceira da Great Wall International Communication Center (GWICC).

Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa, o chefe do Gabinete de Relações Internacionais do Governo de Goiás, Giordano Souza, falou sobre as parcerias firmadas entre China e Goiás. De acordo com ele, esta série de reportagens sobre a China produzida pela TV Brasil Central, e que também estará disponível no Youtube, marca a fase de cooperação da emissora goiana com a Great Wall International Corporation, que é a rede pública de comunicação da província de Hebei.
Giordano explicou que a parceria entre as empresas de comunicação de Goiás e de Hebei é resultado de um pedido do governador Ronaldo Caiado, o qual solicitou que que houvesse mais intercâmbio com a China e com a província irmã de Goiás, que é circunvizinha de Pequim.

Potência comercial

“A China é hoje a maior potência comercial do mundo e nós temos muito a aprender com ela”, destacou o presidente da Agência Brasil Central, Reginaldo Júnior. Conforme ele, a viagem ao país asiático foi uma “experiência inesquecível”, pois mostrou um país de uma economia moderna e pulsante, que convive com uma tradição cultural milenar. “Nós temos que fortalecer os laços de Goiás e Hebei, iniciados na época do governador Maguito Vilela, e que agora seguem como prioridade na gestão do governador Ronaldo Caiado”, afirmou.

Segundo o repórter Pedro Henrique Rabelo, a viagem à China foi um momento histórico, “até pela distância”. Ele citou a infraestrutura, que surpreendeu desde o primeiro momento, com cidades populosas, mas muito organizadas, limpas e com qualidade no asfalto, nas calçadas e no trânsito, além de muitas árvores e uma culinária diferente. “No contexto geral, (foi) uma experiência pessoal inesquecível. Pelo lado profissional, foi algo muito importante, tanto para gente, quanto para a emissora, pois mostrou que a TV Brasil Central pode, sim, fazer coberturas históricas como essa”, ressaltou.

O repórter lembrou que a equipe entrou diversas vezes ao vivo da China, em programas exibidos em Goiás, mesmo com uma diferença de 11 horas no fuso horário. “Foi algo muito importante para a TBC e a gente aprendeu demais, porque trata-se de uma cultura completamente diferente”, concluiu.

Pequim e seus encantos

A primeira reportagem exibida mostrou que, na chegada à China, os integrantes da comitiva da TV Brasil Central fizeram uma série de visitas a locais turísticos de Pequim, como o Zoológico da capital chinesa, onde o urso panda é a principal atração. Eles passaram por parques frequentados pela população local, como aquele que oferece uma vista privilegiada da Cidade Imperial, patrimônio cultural da Unesco. Também conheceram o Templo do Céu, uma construção circular com 30 metros de circunferência e 38 metros de altura, erguida em agradecimento às colheitas agrícolas.

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Acordos com China vão melhorar produtividade e competitividade da indústria, avalia secretário do MDIC https://brasiliainfoco.com/acordos-com-china-vao-melhorar-produtividade-e-competitividade-da-industria-avalia-secretario-do-mdic/ Sun, 18 May 2025 03:00:22 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52205 Márcio Elias Rosa destaca desenvolvimento de tecnologia e capacitação como pontos importantes de atos assinados em Pequim Membro da comitiva brasileira na China, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, avaliou como “grande avanço” os dois acordos memorandos de entendimento firmados entre Brasil e China para o fomento da […]

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Márcio Elias Rosa destaca desenvolvimento de tecnologia e capacitação como pontos importantes de atos assinados em Pequim

Membro da comitiva brasileira na China, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, avaliou como “grande avanço” os dois acordos memorandos de entendimento firmados entre Brasil e China para o fomento da inteligência artificial (IA) e para economia digital.

Segundo Elias Rosa, as iniciativas são importantes para a transição e transformação digital brasileira, alinhadas ao conceito de Indústria 4.0, e visam traduzir os benefícios da IA em ganhos concretos para os processos produtivos nacionais.

“Uma das missões da Nova Indústria Brasil (NIB) é justamente a transformação digital, a chamada Indústria 4.0. É preciso levar para o chão de fábrica e para os processos produtivos os ganhos que a inteligência artificial pode trazer. Isso aumenta a produtividade e vai melhorar a nossa competitividade no cenário internacional. Até porque um dos objetivos da Nova Indústria Brasil é tornar a indústria mais digital, mais competitiva, mais produtiva, mais sustentável e mais exportadora”, ressaltou ele, durante entrevista a uma emissora de TV.

O secretário ressaltou os esforços do presidente Lula e do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, para o avanço das relações com a China.

[JCV1] Ainda de acordo com o secretário executivo do MDIC, a colaboração com a China, que possui alta produtividade industrial, permitirá intercâmbio de informações. A parceria na área de inteligência artificial se baseia em eixos estratégicos, como a capacitação de pessoas, a incorporação de novas tecnologias e o aprimoramento da infraestrutura de dados.

Além disso, Elias Rosa destacou o esforço para desenvolver soluções de IA adaptadas às necessidades e potencialidades brasileiras, incluindo o desenvolvimento em língua portuguesa.

Capacitação e Transferência de Tecnologia

Ele afirmou também que a transferência de tecnologia e a formação de mão de obra são componentes essenciais dos acordos assinados com a China, lembrando que esses compromissos também se estendem à parceria na área de economia digital, que abrange e-commerce, plataformas digitais e o setor de serviços.

“Dentro dos objetivos desses compromissos está o treinamento de pessoas, , intercâmbio de profissionais e a incorporação e transferência de tecnologias,” disse.

Visita

Encerrando as agendas na China, nesta quarta-feira Elias Rosa visitou a Sede da DiDi, controladora da 99 no Brasil, com o objetivo de conhecer o programa de veículos elétricos e autônomos da companhia.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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China e América Latina e Caribe:avançar de mãos dadas com benefícios mútuos e ganhos compartilhados no caminho da nova industrialização https://brasiliainfoco.com/china-e-america-latina-e-caribe%ef%bc%9aavancar-de-maos-dadas-com-beneficios-mutuos-e-ganhos-compartilhados-no-caminho-da-nova-industrializacao/ Sun, 18 May 2025 02:30:57 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52211 Em 2014, o Presidente da China Xi Jinping propôs pela primeira vez a formação de uma comunidade com futuro compartilhado China-América Latina e Caribe (ALC). Com os esforços conjuntos da China e dos países latino-americanos e caribenhos, a formação dessa comunidade tem alcançado constantemente novos resultados, e as relações China-ALC entraram em uma nova fase […]

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Em 2014, o Presidente da China Xi Jinping propôs pela primeira vez a formação de uma comunidade com futuro compartilhado China-América Latina e Caribe (ALC). Com os esforços conjuntos da China e dos países latino-americanos e caribenhos, a formação dessa comunidade tem alcançado constantemente novos resultados, e as relações China-ALC entraram em uma nova fase de igualdade, benefícios mútuos, inovação, abertura e benefício para os povos. Da infraestrutura à energia verde, da inovação tecnológica ao apoio financeiro, nos últimos anos, a China tem utilizado seus pontos fortes em tecnologia, capital e experiência para ajudar ativamente o processo de industrialização da ALC. Com ações concretas, a China demonstra seu apoio firme aos países da região para superar os gargalos do desenvolvimento, cultivar indústrias-chave competitivas e aumentar sua capacidade de desenvolvimento independente.

Aprofundar as sinergias estratégicas e ancorar os objetivos de desenvolvimento

Atualmente, a China está acelerando o desenvolvimento de forças produtivas de nova qualidade, enquanto os países da ALC estão buscando ativamente sua transformação industrial. As sinergias estão se estabelecendo entre a Iniciativa Cinturão e Rota e cada vez mais planos de desenvolvimento de médio e longo prazo dos países latino-americanos e caribenhos, de modo que a China e a região trabalham em conjunto para impulsionar o processo de modernização. Em 2024, com a presença dos dois Presidentes, a China e o Brasil assinaram um plano de cooperação que estabelece sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, entre outras estratégias de desenvolvimento nacionais do Brasil. Isso é mais um marco importante no aprofundamento da cooperação entre a China e os países da ALC. No passado abril, representantes de 18 países da América Latina e Caribe reuniram-se em Beijing por ocasião do Seminário de Alto Nível sobre Cooperação Industrial entre a China e a América Latina e o Caribe, durante o qual assinaram uma iniciativa conjunta, inaugurando o estabelecimento de uma parceria para cadeias produtivas e de suprimentos entre a China e a ALC, que defende a interconexão e a cooperação nas cadeias produtivas e de suprimentos, refletindo a sinergia aprofundada entre as duas partes.

Intensificar a cooperação em infraestrutura e consolidar os alicerces do desenvolvimento

A “conectividade física” de infraestrutura entre a China e os países da ALC tem se aprofundado continuamente, impulsionando de forma ininterrupta o processo de industrialização da região. O Porto de Chancay no Peru reduz substancialmente a duração logística entre a América do Sul e a Ásia, diminuindo efetivamente os custos de transporte de importação e exportação da região; O trecho Talca-Chillán da Rota 5 do Chile facilita a exportação de cerejas para a China; a primeira autoestrada moderna da Jamaica reduziu em mais da metade do tempo de viagem entre as costas norte e sul do país; a Linha 1 do Metrô de Bogotá, na Colômbia, elevou ainda mais a estabilidade e a segurança do transporte público da cidade… São projetos concretos e nomes emblemáticos, que estão impulsionando a modernização da infraestrutura e a transformação e a atualização das indústrias da ALC, fornecendo uma base material sólida para o desenvolvimento da região.

Focalizar em energia verde e qualificar a matriz do desenvolvimento

Com a missão comum da resposta às mudanças climáticas globais, a cooperação em energia verde está se tornando um laço brilhante entre a China e a ALC. O projeto de Belo Monte no Brasil compõe a linha de transmissão em corrente contínua de ultra alta tensão (±800) mais longa do mundo entre as do mesmo nível de tensão, transmite no total mais de 200 bilhões de kWh de eletricidade da região Norte para centros de carga de grande concentração populacional e industrial no Sudeste. Não só atendeu à demanda de energia de mais de 22 milhões de pessoas, mas também forneceu uma garantia energética sólida para o desenvolvimento da indústria brasileira; o grupo de projeto eólico Helios na Argentina oferece energia limpa para 360 mil residentes; o Parque Solar Mariel e a Usina Bioelétrica da Central Ciro Redondo em Cuba estão contribuindo para a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país. As empresas chinesas estão aumentando continuamente seus investimentos nos setores de energia hidrelétrica, solar e eólica na ALC, impulsionando vigorosamente a transição energética da região. Segundo um executivo da Vale, gigante da mineração brasileira, os projetos de energia limpa e infraestrutura construídos com investimento da China melhoram as condições de vida das pessoas nos países latino-americanos e caribenhos. Essa representa a voz da população local. Ao mesmo tempo, empresas chinesas como BYD, Great Wall Motors, Geely e Chery vêm investindo e montando fábricas na região uma após outra, ajudando a subida da região na cadeia produtiva da indústria de energia nova.

Assentar na inovação tecnológica e injetar dinamismo no desenvolvimento

A nova capacidade produtiva de boa qualidade e os novos avanços de alta tecnologia da China estão injetando novo impulso na cooperação entre a China e ALC. Nos últimos anos, áreas de ponta como economia digital, aeronáutica, inteligência artificial e comércio eletrônico transfronteiriço tornam-se novos destaques da cooperação entre a China e a região. As empresas chinesas se aderem ao princípio de “ensinar a pescar, em vez de dar o peixe”, enraízam a inovação tecnológica no solo da ALC. No Brasil, a fábrica da Gree aumentou a eficiência produtiva em 25% ao introduzir máquinas dobradeira e robôs com reconhecimento visual desenvolvidas de forma autônoma. A empresa chinesa DJI Agriculture colabora com institutos de pesquisa agrícola brasileiros, e desenvolve drones de proteção agrícola para fazendas familiares e oferece formação técnica aos agricultores, impulsionando a atualização de agricultura inteligente do Brasil.

Consolidar o apoio financeiro e fortalecer as garantias do desenvolvimento

À medida que a cooperação avança, a China oferece garantia financeira robusta e apoio em investimento e financiamento com longa duração no processo de industrialização da ALC. Em 2024, o Banco de Desenvolvimento da China atendeu ativamente às necessidades prioritárias de investimento do governo brasileiro em áreas como infraestrutura e economia verde, assinando um acordo de empréstimo de US$ 800 milhões com o BNDES, contribuindo efetivamente para a melhoria do ambiente de investimento do país. Em 2020, a Usina Hidrelétrica Minas San Francisco, no Equador, financiada pelo Banco de Exportação e Importação da China, foi concluído e entregue. O projeto satisfaz à demanda de energia da vida quotidiana de cerca de 1,2 milhão de residentes e à demanda de energia para produção de 2000 empresas, respondendo ativamente aos desejos do local por realizar uma transição verde para a energia limpa. Ademais, o Banco de Desenvolvimento da China, junto com várias instituições financeiras de desenvolvimento da ALC, todas com representação e projeção regional, lançou o Mecanismo de Cooperação Financeira China-América Latina. As instituições membros estão engajadas na exploração de oportunidades com base no princípio de consulta extensiva, contribuição conjunta para benefício compartilhado, fornecendo forte apoio financeiro para aprofundar a cooperação econômica, comercial e de investimentos entre a China e a ALC. A China promove a conectividade em finanças sustentável entre a China e a região e fortalece com seu capital paciente a capacidade de desenvolvimento autossustentável da indústria dos países da região.

Guiadas pelos princípios de tratamento em pé de igualdade, benefícios mútuos e ganhos compartilhados, a China e a ALC estão escrevendo em conjunto um novo capítulo na cooperação Sul-Sul, dando um novo paradigma da industrialização dos países do Sul Global e pintando um panorama grandioso de desenvolvimento e revitalização do Sul Global.

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China e América Latina e Caribe: Uma Cooperação que Transcende Mares e Beneficia Povos https://brasiliainfoco.com/china-e-america-latina-e-caribe-uma-cooperacao-que-transcende-mares-e-beneficia-povos/ Sun, 18 May 2025 01:59:35 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52203 Por Xi Pu Produtos típicos de Honduras conseguiram acesso ao mercado chinês logo após o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, em março de 2023. Empresários hondurenhos trouxeram o café Sherry à Exposição Internacional para a Importação da China, em Shanghai, conseguiram não só grandes contratos de aquisição dos grãos aromáticos, como também […]

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Por Xi Pu

Produtos típicos de Honduras conseguiram acesso ao mercado chinês logo após o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, em março de 2023. Empresários hondurenhos trouxeram o café Sherry à Exposição Internacional para a Importação da China, em Shanghai, conseguiram não só grandes contratos de aquisição dos grãos aromáticos, como também equipamentos para aumentar a produtividade. Em 2024, o volume da exportação do café de Honduras para a China ultrapassou US$14 milhões e cresceu 14 vezes. Recentemente, empresas chinesas e hondurenhas assinaram novos contratos de aquisição do café, no valor de mais de US$20 milhões. A China consume anualmente quase 300 mil toneladas de café, e os mais de 100 mil plantadores hondurenhos beneficiarão ainda mais desse grande mercado nos próximos anos.

Há histórias como essa em mais países da América Latina e do Caribe (ALC). O mel da Nicarágua se tornou em nova escolha para café da manhã das famílias chinesas; as rosas do Equador chegam a Shanghai em aviões especiais para testemunhar o amor dos casais; e o abacate dominicano vem sendo cada vez mais populares nas receitas dos influenciadores chineses de fitness. Produtos agrícolas como estes trazem nova vitalidade tanto para a economia da ALC como para o mercado chinês.

No Parque Industrial Phoenix de Trinidad e Tobago, linhas de produção inteligentes com cobertura de rede 5G permitem que os jovens encontrem empregos de qualidade perto de casa. Nos últimos anos, a cooperação industrial entre a China e os países latino-americanos e caribenhos tem ajudado a região a diversificar sua economia e criar milhões de empregos.

Além de grandes contratos e bons empregos, projetos de assistência chinesa também transformaram a vida do povo na região. No Altiplano Cauchari na Província de Jujuy, Argentina, a usina fotovoltaica construída pelas empresas chinesas traz pela primeira vez noites iluminadas às áreas remotas. Em El Salvador, equipamentos médicos doados pela parte chinesa ajudaram inúmeras famílias em necessidade. Na Dominica, escolas construídas com apoio da parte chinesa abrem caminhos para um futuro brilhante às crianças.

A antiga civilização maia considerava Quetzalcóatl, ou serpente emplumada, como símbolo de sabedoria. Acadêmicos de universidades latino-americanas e caribenhas, ao ver o dragão chinês no arquivo, exclamam “Olha como é parecido com o nosso Quetzalcóatl!” Civilizações antigas atravessam o tempo e o espaço e entram na vida da outra em formas diversificadas.

De poemas de Pablo Neruda a romances de Gabriel García Márquez, de ruínas maias de Copán à Exposição arqueológica “Civilização Antiga do Peru”, foram realizados nos últimos anos vários projetos como o Ano de Intercâmbio Cultural China-ALC, a Iniciativa Internacional de Literatura China-ALC e o Fórum 2024 sobre o Diálogo entre as Civilizações da China e ALC, bem como atividades como pesquisas arqueológicas conjuntas e exposições de relíquias culturais. Esse fascínio cultural se traduz em uma atração turística: no verão de 2024, viagens para a ALC oriundo da China aumentaram 80%, e as reservas de voos quase dobraram nos primeiros 10 meses do ano.

O avanço ombro a ombro entre o Quetzalcóatl e o dragão chinês não apenas abre um capítulo brilhante da cooperação Sul-Sul, como também traz felicidade e benefícios tangíveis para os povos. A cooperação amistosa entre a China e a ALC significa emprego na terra natal, significa luz à noite em planalto, e significa ganhos compartilhados que surgem do encontro de civilizações antigas na nova era.

Do comércio à indústria, da infraestrutura à cultura, as histórias de cooperação entre a China e a ALC são como riachos serenos que hidratam a nossa vida. Este encontro, que transcende montanhas e mares, escreve um capítulo da cooperação Sul-Sul que acalenta mais pessoas.

(O autor é observador de assuntos internacionais com base em Beijing.)

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China isenta vistos de brasileiros em viagens de até 30 dias a partir de junho https://brasiliainfoco.com/china-isenta-vistos-de-brasileiros-em-viagens-de-ate-30-dias-a-partir-de-junho/ Fri, 16 May 2025 11:51:07 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52165 A medida é válida até 31 de maio de 2026 e também beneficia cidadãos argentinos, chilenos, peruanos e uruguaios. Por Humberto Azevedo A República Popular da China decidiu nesta quinta-feira, 15 de maio, conceder isenção de visto de até 30 dias para brasileiros que visitarem aquele país a partir de 2 de junho com objetivo […]

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A medida é válida até 31 de maio de 2026 e também beneficia cidadãos argentinos, chilenos, peruanos e uruguaios.

Por Humberto Azevedo

A República Popular da China decidiu nesta quinta-feira, 15 de maio, conceder isenção de visto de até 30 dias para brasileiros que visitarem aquele país a partir de 2 de junho com objetivo de negócios, turismo, visita familiar, intercâmbio e trânsito.

A medida é válida até 30 de maio de 2026 e também beneficia cidadãos argentinos, chilenos, peruanos e uruguaios. A informação foi divulgada pela embaixada da China no Brasil.

“Aviso sobre a política de isenção de visto para cidadãos do Brasil e de outros quatro países. A partir das 00:00 do dia 1º de junho de 2025 até às 24:00 do dia 31 de maio de 2026 (horário de Beijing), os portadores de passaportes comuns do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai que viajarão à China por motivos de negócios, turismo, visita familiar, intercâmbio e trânsito, com permanência não superior a 30 dias, estarão isentos da obrigatoriedade de visto para entrada na China”, diz o comunicado da embaixada chinesa.

“Os cidadãos desses países que não atendam aos requisitos mencionados acima, continuam sujeitos à exigência de obtenção de visto para ingressar na China. Em caso de dúvidas, por favor consulte: (61) 2195-827, atendimento em português, e (61) 2195-8280, atendimento em chinês”, conclui o comunicado. Informações detalhadas também podem ser obtidas pelo correio eletrônico: brasilia@csm.mfa.gov.cn.

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Jovens brasileiros estão engajados no desenvolvimento conjunto entre China e Brasil https://brasiliainfoco.com/jovens-brasileiros-estao-engajados-no-desenvolvimento-conjunto-entre-china-e-brasil/ Thu, 15 May 2025 11:30:41 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52151 Quando a China e o Brasil anunciaram a elevação dos laços bilaterais de parceria estratégica abrangente para uma “comunidade de futuro compartilhado China-Brasil por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável” em 2024, a China e o Brasil já dispunham de uma base de cooperação amistosa de longa data, e as áreas de […]

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Quando a China e o Brasil anunciaram a elevação dos laços bilaterais de parceria estratégica abrangente para uma “comunidade de futuro compartilhado China-Brasil por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável” em 2024, a China e o Brasil já dispunham de uma base de cooperação amistosa de longa data, e as áreas de colaboração continuam se expandindo, injetando novo dinamismo no relacionamento sino-brasileiro. Um número crescente de jovens brasileiros está se engajando nas áreas de intercâmbio de experiências na cooperação ampla entre os dois países.

Vitor Moura, um jovem empresário brasileiro e estudante da Universidade Tsinghua, liderou uma equipe que apresentou o plano Golden Bridge, inspirado na “Oficina Luban” da China. Seu plano ganhou o primeiro prêmio no Programa Juvenil China-América Latina para Enfrentar os Desafios Globais — Acampamento para Alívio da Pobreza, organizado pelo Centro Latino-Americano da Universidade Tsinghua e pelo Centro de Orientação para o Desenvolvimento de Competências Globais para Estudantes.

A Oficina Luban é uma plataforma de intercâmbio internacional para educação vocacional que leva o nome de Lu Ban, um notável artesão da China antiga, e que ajuda principalmente a desenvolver talentos técnicos e qualificados nos países integrantes do Cinturão e Rota.

A vitória completa da China na batalha contra a pobreza proporcionou experiências valiosas para a realização da meta de “erradicação da pobreza” da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que visa tornar a grande visão de erradicar a pobreza em realidade.

“Em resposta às necessidades da força de trabalho em diferentes regiões do Brasil, podemos aproveitar a experiência da China em treinamento de habilidades vocacionais multinacionais para estabelecer um centro de treinamento vocacional brasileiro, a fim de melhorar o nível de habilidades da força de trabalho brasileira”, apontou Vitor.

Em 2019, ele já notou o grande potencial do mercado da China, e fundou sua empresa Lantau, que tem como objetivo promover o comércio e a exportação de produtos entre a China e o Brasil, e estabelecer mecanismos de comunicação para que os produtos brasileiros entrem na China e os produtos chineses sejam exportados. Ao longo dos anos, sua empresa ajudou mais de 20 instituições brasileiras a entrar no mercado chinês. Ao mesmo tempo, para apoiar o processo de internacionalização das empresas chinesas, Vitor desenvolveu programas de treinamento voltados a essas empresas para aprimorar a comunicação efetiva entre culturas inclusivas.

A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 15 anos consecutivos. Segundo a Administração Geral das Alfândegas (AGA) da China, o comércio entre a China e o Brasil em 2024 teve uma alta anual de 3,5%, ficando em US$ 188,17 bilhões.

Tanto a China quanto o Brasil têm grandes indústrias agrícolas e de alimentação, mas a China tem muito mais canais para a venda de alimentos, comenta Camila Ghattas, fundadora e CEO de uma empresa de tecnologia estabelecida em Haikou, capital da província insular de Hainan, no sul da China. Ela acrescentou que com o apoio do setor do e-commerce, desde que os consumidores chineses liguem seus telefones celulares, podem comprar ingredientes frescos por meio de vários aplicativos e desfrutar de serviços de entrega em domicílio,

A cooperação em economia digital não apenas ampliou os canais comerciais entre os dois países, mas também tem impulsionado o constante aprimoramento de infraestruturas logísticas eficientes em ambas as nações. Alguns empreendedores brasileiros na China não apenas buscam vender seus produtos. O que eles procuram é inspiração para inovar.

A empresa da Ghattas se dedica a estudar as estratégias digitais chinesas bem-sucedidas, entre as quais o e-commerce por transmissão ao vivo se destaca claramente, e a prestação de serviços de consultoria para empresas latino-americanas.

Na China, o e-commerce está intimamente integrado às indústrias tradicionais, trazendo uma nova vitalidade ao setor. Ghattas acredita que a integração do e-commerce e das mídias sociais é outra característica importante do desenvolvimento do setor na China. Várias plataformas como Taobao, Douyin (TikTok na versão chinesa), Meituan etc., não apenas realizam funções de mídias sociais, mas também são a arena para a competição do e-commerce.

O Brasil, maior economia da América Latina, possui uma população residente de mais de 200 milhões de pessoas. Segundo os dados de McKinsey, os consumidores brasileiros estão entre os mais receptivos do mundo a vídeos curtos e de transmissão ao vivo, com um mercado de e-commerce por transmissão ao vivo só perdendo para a China em termos de atividade e ocupando o segundo lugar globalmente. A média diária de tempo online dos brasileiros ultrapassa 9 horas, sendo 1 hora dedicada ao TikTok.

As vendas do comércio eletrônico no Brasil devem aumentar para R$ 224,7 bilhões (US$ 40,45 bilhões) em 2025, um aumento anual de 10% e o oitavo ano consecutivo de crescimento de quase R$ 20 bilhões (US$ 3,6 bilhões), de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

“A China é vanguarda de inovação digital. É de uma forma que o Brasil e a América Latina nem imaginam”, disse Ghattas.

Fonte: Portuguese News

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China abriu 5 novos mercado para produtos agropecuários do Brasil, diz ministro https://brasiliainfoco.com/china-abriu-5-novos-mercado-para-produtos-agropecuarios-do-brasil-diz-ministro/ Wed, 14 May 2025 14:17:40 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=52129 O Brasil poderá exportar mais cinco produtos agropecuários para a China, confirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em publicação nas redes sociais. O país autorizou a importação de grãos secos de destilaria (DDGs, subproduto do etanol de milho), farelo de amendoim, miúdos de aves, carne de pato e de peru do Brasil. As aberturas […]

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O Brasil poderá exportar mais cinco produtos agropecuários para a China, confirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em publicação nas redes sociais. O país autorizou a importação de grãos secos de destilaria (DDGs, subproduto do etanol de milho), farelo de amendoim, miúdos de aves, carne de pato e de peru do Brasil.

As aberturas de mercado, antecipadas pelo Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), foram confirmadas após assinatura de protocolos bilaterais entre os países em decorrência da visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país asiático.

Os países também acordaram um memorando de entendimento de medidas sanitárias e fitossanitárias.

“São três acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Isso representa a abertura de cinco novos mercados para a agropecuária brasileira, além da cooperação bilateral nas medidas sanitárias e fitossanitárias que aumentam a segurança dos alimentos comercializados entre os países”, escreveu Fávaro em suas redes sociais. “Chegamos a 362 mercados abertos para o agronegócio brasileiro”, acrescentou o ministro.

Como mostrou o Broadcast Agro na última semana, o setor produtivo esperava que a missão destravasse aberturas de mercado e ampliasse o acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês. Havia expectativa de autorização da China para importação de DDGs, com o assunto sendo considerado em estágio de “negociação técnica avançada” com a conclusão agora confirmada. Também havia expectativa para o anúncio das aberturas para entrada de miúdos de aves (em especial coração e fígado), carne de pato e peru.

Outros temas prioritários relacionados ao agronegócio do Brasil na visita eram a sincronia na aprovação de transgênicos (biotecnologia) por meio de um memorando de entendimento e revisão do protocolo de exportação de carnes, assinado em 2015, que prevê, em casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca”), suspensão imediata e total das vendas externas. O governo brasileiro pleiteia a chamada regionalização dos embargos, ou seja, em casos do mal da vaca louca a suspensão das exportações de carnes da região seria restrita ao raio do local em que o caso foi constatado até a confirmação se um caso atípico ou não, enquanto a China estuda a flexibilização conforme a idade do animal.

De acordo com fontes que acompanham as tratativas, houve “melhora no entendimento” quanto à sincronia para biotecnologia, enquanto a revisão do protocolo de exportação de carnes demanda ainda maior negociação técnica.

A pauta bilateral entre Brasil e China inclui mais de 50 itens em negociação no âmbito do setor agropecuário. A China é hoje o principal destino das exportações de produtos agropecuários do Brasil, perfazendo cerca de um terço dos embarques anuais do agronegócio brasileiro.

As vendas de produtos agropecuários ao mercado chinês somaram US$ 49,7 bilhões em 2024, sobretudo do complexo soja, carnes, produtos florestais e algodão.

Fonte: Dinheirorural

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