Arquivo de Embaixadas - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/embaixadas/ O Jornal Brasilia in Foco cobre todo o mundo diplomático em Brasília Fri, 18 Apr 2025 04:30:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://brasiliainfoco.com/wp-content/uploads/2023/08/cropped-Logo-32x32.png Arquivo de Embaixadas - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/embaixadas/ 32 32 Países do BRICS aprovam Declaração Conjunta com foco em segurança alimentar https://brasiliainfoco.com/paises-do-brics-aprovam-declaracao-conjunta-com-foco-em-seguranca-alimentar/ Fri, 18 Apr 2025 04:30:36 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51766 Promovendo uma Agricultura Inclusiva e Sustentável por meio da Cooperação, Inovação e Comércio Equitativo entre os BRICS. Esse foi o tema da Reunião Ministerial realizada nesta quinta-feira, 17/4, em Brasília. O encontro reuniu ministros e líderes de Agricultura dos 11 países membros, que aprovaram e assinaram uma Declaração Conjunta reforçando o compromisso com o desenvolvimento agrícola sustentável, […]

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Promovendo uma Agricultura Inclusiva e Sustentável por meio da Cooperação, Inovação e Comércio Equitativo entre os BRICS. Esse foi o tema da Reunião Ministerial realizada nesta quinta-feira, 17/4, em Brasília. O encontro reuniu ministros e líderes de Agricultura dos 11 países membros, que aprovaram e assinaram uma Declaração Conjunta reforçando o compromisso com o desenvolvimento agrícola sustentável, a segurança alimentar e o enfrentamento das desigualdades no campo. A assinatura da declaração simboliza o compromisso do agrupamento com a adoção de medidas concretas e cooperativas. É um ato político que reforça a união e a responsabilidade compartilhada para alcançar metas comuns em um âmbito global.

“Todos nós queremos alcançar o Brasil em termos de produção de alimentos. A agricultura é um aspecto fundamental, e discutir esse tema no BRICS é extremamente valioso. Vindo de um continente tão marginalizado e pobre, como a África do Sul, onde a agricultura não é tão desenvolvida, é de grande importância para nós participarmos desse processo.”

Os países do BRICS representam 54,5% da população mundial, concentram um terço das terras agrícolas e mais de um terço dos recursos de água doce do planeta, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Juntos, são responsáveis por 75% da produção agrícola global e abrigam cerca de metade das 550 milhões de propriedades familiares existentes no mundo — muitas delas conduzidas por pequenos produtores.

“Esses dados não revelam apenas a força produtiva e econômica dos países do BRICS, mas também o papel decisivo que exercem na agricultura e na segurança alimentar mundial. Reuniões como esta são um espaço privilegiado para diálogo, cooperação e construção de soluções conjuntas”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.

“Todos nós queremos alcançar o Brasil em termos de produção de alimentos. A agricultura é um aspecto fundamental, e discutir esse tema no BRICS é extremamente valioso. Vindo de um continente tão marginalizado e pobre, como a África do Sul, onde a agricultura não é tão desenvolvida, é de grande importância para nós participarmos desse processo.”

Para o embaixador da África do Sul, Vusi Mavimbela, o BRICS representa uma oportunidade estratégica de troca de experiências e fortalecimento da cooperação entre os países-membros, especialmente em áreas fundamentais como a agricultura.

“Todos nós queremos alcançar o Brasil em termos de produção de alimentos. A agricultura é um aspecto fundamental, e discutir esse tema no BRICS é extremamente valioso. Vindo de um continente tão marginalizado e pobre, como a África do Sul, onde a agricultura não é tão desenvolvida, é de grande importância para nós participarmos desse processo.”

Segurança Alimentar: Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

O primeiro compromisso está relacionado à segurança alimentar e nutricional, com ênfase em garantir o acesso equitativo à comida de qualidade para todas as populações, especialmente em tempos de crises globais. Foi reconhecida a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza para promover a cooperação internacional.

Os representantes dos países reconheceram o papel essencial da agricultura como pilar para erradicar a fome e reduzir desigualdades sociais e regionais e, considerando que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) são membros fundadores da Aliança Global, a Declaração incentiva o NDB e o FIDA a engajarem-se com os membros dispostos a implementar os instrumentos de política e programas relacionados ao tema.

Entre as ações acordadas, estão, ainda, o fortalecimento dos estoques reguladores de alimentos, o investimento em infraestrutura de armazenamento e o estímulo à adoção de instrumentos de política pública como o apoio a preços mínimos e o monitoramento dos custos de produção — voltados à estabilização do acesso a alimentos essenciais. A medida busca enfrentar a volatilidade dos preços, apontada como um dos principais desafios à segurança alimentar global.

A Declaração traz também o compromisso de que, em situações excepcionais que afetem algum país do BRICS — como falta de alimentos ou aumentos bruscos nos preços—, a cooperação entre os membros possa ajudar em respostas emergenciais, com base na solidariedade entre os países.

Respeitando a estratégia agrícola de cada país, o BRICS incentiva que os estoques de alimentos sejam formados, sempre que possível, por meio da compra de produtos da agricultura familiar de pequena escala. Essa medida pode impulsionar a revitalização e o desenvolvimento das áreas rurais, gerar renda para comunidades de baixa renda e, ao mesmo tempo, valorizar e preservar a produção e o consumo de alimentos locais e nativos.

Agricultura Familiar

Quanto aos pequenos agricultores, a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Fernanda Machiaveli, destacou a importância de fortalecer políticas voltadas à agricultura familiar e reafirmou o papel do bloco na construção de um futuro mais sustentável e mais justo para os pequenos produtores.

Ela ressaltou que, embora o mundo esteja vivendo um momento de grande desenvolvimento tecnológico, é essencial que a inovação alcance a agricultura de pequena escala. “A tecnologia deve servir para facilitar o trabalho no campo, gerar renda e garantir a produção de alimentos saudáveis e diversos”, pontuou.

Entre os pontos estratégicos destacados pela secretária que estão presentes na Declaração Conjunta está a promoção de parcerias entre os países do Sul Global com foco na produção de máquinas e equipamentos adaptados à agricultura familiar. A meta, segundo ela, é gerar dignidade, atrair os jovens para o campo e acelerar a transição justa.

“A agricultura familiar não foi a responsável pelo aumento da temperatura no mundo, porque não é ela a responsável pela emissão dos gases de efeito estufa. Entretanto, é esse o setor que está sofrendo mais com as mudanças climáticas, porque a agricultura familiar depende do clima. Por isso, esses produtores precisam ser incluídos no processo de transição, primeiro para que eles possam fazer a adaptação e segundo porque são eles que vão fazer a mitigação sequestrando o carbono por meio de práticas cada vez mais sustentáveis”, apontou Fernanda Machiaveli, e defendeu que “a agricultura familiar consegue reunir a agroecologia, o manejo dos recursos naturais de forma sustentável e a conservação pelas populações tradicionais da nossa biodiversidade.”

A embaixadora do Egito, Mai Khalil, lembrou que o documento também trata sobre a promoção da participação das mulheres no setor agrícola, uma vez que as que vivem em áreas rurais são mais vulneráveis à insegurança alimentar e à desnutrição do que os homens. Empoderar as mulheres e reduzir a disparidade de gênero na agricultura e nos sistemas alimentares são fundamentais para erradicar a fome, a desnutrição e a pobreza, além de alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, que é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas até 2030.

“Os países do BRICS se preocupam com as mulheres e grupos vulneráveis. Essa preocupação foi levada em consideração ao elaborar a Declaração Conjunta, na qual abordamos a criação de programas de apoio às necessidades das mulheres no setor rural, com foco especial em crédito, conhecimento, tecnologia, capacitação e na área financeira”, ressaltou a embaixadora.

Sustentabilidade e Inovação

Outra defesa importante da Declaração Conjunta é que os países do BRICS têm potencial para exercer um papel estratégico no aumento sustentável e inclusivo da produtividade agrícola global, ao alinhar suas capacidades industriais às necessidades dos pequenos produtores, tanto dentro do bloco quanto em outras nações do Sul Global. Para avançar nesse caminho, o documento recomenda a adoção de estratégias de investimento que incentivem parcerias entre empresas e universidades dos países membros, promovendo a produção local de máquinas agrícolas e o intercâmbio voluntário de tecnologias inovadoras, adaptadas às realidades regionais.

A Declaração propõe a criação de um mecanismo de financiamento estruturado, com possível envolvimento de organizações internacionais para apoiar projetos voltados à conservação do solo e à restauração de áreas degradadas, como manguezais, margens de rios, planícies aluviais e áreas úmidas. Entre as ações prioritárias estão a correção da acidez do solo, o controle da salinização e o investimento em pesquisa, infraestrutura e assistência técnica para agricultores e proprietários rurais. Para garantir a adoção dessas práticas, o documento traz o lançamento da Parceria BRICS para a Restauração de Terras, em alinhamento com o marco da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas – UNCCD (sigla em Inglês).

Comércio Agrícola com Menos Barreiras

O terceiro e último eixo trata da facilitação do comércio agrícola internacional, com a meta de reduzir barreiras desnecessárias, promover a transparência e facilitar o intercâmbio de produtos agropecuários entre os países membros, além do uso de certificação digital que deverá reduzir a burocracia, mitigar riscos de fraude, diminuir a possibilidade de falsificação e melhorar a rastreabilidade.

Outro compromisso é a criação de um possível mecanismo de facilitação de financiamento para importação de alimentos no âmbito do BRICS como uma ferramenta de alívio financeiro emergencial voltada a países de baixa e média renda afetados pelo aumento nos custos de alimentos e insumos essenciais, como fertilizantes e energia.

“O resultado do trabalho realizado nesses dois meses de um ciclo intenso de diálogos reflete na Declaração assinada hoje. Se trata de um compromisso político com os nossos parceiros do BRICS e com o mundo, e, principalmente, a expressão do desejo de avançarmos juntos naquilo que consideramos prioritários: assegurar o acesso das nossas populações a alimentos nutritivos e seguros”, concluiu o secretário-executivo do Ministério da Pesca e Agricultura, Rivetla Edipo Araujo Cruz.

Plano de Ação 2025–2028

O evento também marcou o encerramento do Plano de Ação 2021–2024 para Cooperação Agrícola entre os países BRICS e deu início ao novo Plano de Ação 2025–2028, que deverá refletir uma abordagem mais ambiciosa, alinhada aos princípios que buscam equilibrar as necessidades alimentares e agrícolas com a natureza.

Esse novo plano vai operacionalizar os compromissos políticos da Declaração, estabelecendo metas, prazos e iniciativas concretas a serem submetidos para aprovação na Cúpula dos Brics, nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

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Embaixada diz que governo dos EUA só reconhece dois sexos “imutáveis” https://brasiliainfoco.com/embaixada-diz-que-governo-dos-eua-so-reconhece-dois-sexos-imutaveis/ Fri, 18 Apr 2025 04:14:57 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51761 Após emitir o visto de entrada da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) com o gênero masculino, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse que o governo americano só reconhece dois sexos: o masculino e o feminino. Nesta quarta-feira, a parlamentar denunciou que teve sua identidade de gênero negada durante o processo de emissão de visto diplomático para […]

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Após emitir o visto de entrada da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) com o gênero masculino, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse que o governo americano só reconhece dois sexos: o masculino e o feminino. Nesta quarta-feira, a parlamentar denunciou que teve sua identidade de gênero negada durante o processo de emissão de visto diplomático para participar de uma conferência acadêmica nos Estados Unidos. 

“A embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, disse a embaixada, em resposta à Agência Brasil.

A Ordem Executiva 14168, emitida por Donald Trump no dia 20 de janeiro, exige que os departamentos federais reconheçam o gênero como um binário masculino-feminino imutável e proíbe a autoidentificação de gênero em documentos federais, como passaportes. 

Documentos reunidos pela equipe da deputada revelam que a embaixada norte-americana em Brasília deliberadamente registrou Erika com o sexo masculino, desconsiderando sua certidão de nascimento retificada e seu passaporte brasileiro que atestam seu gênero feminino.

A deputada enviou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores solicitando uma reunião com o ministro Mauro Vieira e o Itamaraty avalia a possibilidade do encontro. Ela informou que também já articula uma ação jurídica internacional contra o governo de Trump.

“É absurdo que o ódio que Donald Trump nutre e estimula contra as pessoas trans tenha esbarrado em uma parlamentar brasileira indo fazer uma missão oficial em nome da Câmara dos Deputados”, disse a parlamentar, que é a primeira deputada federal negra e trans a chegar ao Congresso Nacional.

Fonte: Agência Brasil.

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Filmes selecionados para o Fica 2025 serão divulgados em 25 de abril https://brasiliainfoco.com/filmes-selecionados-para-o-fica-2025-serao-divulgados-em-25-de-abril/ Fri, 18 Apr 2025 03:53:54 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51758 A lista de filmes selecionados para as mostras competitivas do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2025) será publicada em 25 de abril. Antes, a divulgação estava prevista para esta quinta-feira (17/04). A mudança foi necessária devido ao alto número de produções inscritas na edição deste ano do festival. Foram mais 1,4 […]

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A lista de filmes selecionados para as mostras competitivas do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2025) será publicada em 25 de abril. Antes, a divulgação estava prevista para esta quinta-feira (17/04).

A mudança foi necessária devido ao alto número de produções inscritas na edição deste ano do festival.

Foram mais 1,4 mil inscrições submetidas por realizadores do Brasil e de outros países. Todas as obras têm passado uma avaliação criteriosa e cuidadosa das comissões de seleção.

A lista completa dos filmes será publicada no site oficial do festival: fica.go.gov.br.

Sobre o Fica
O Fica 2025 será realizado entre os dias 10 e 15 de junho, na cidade de Goiás, e contará com quatro mostras competitivas: Mostra Washington Novaes, Mostra do Cinema Goiano, Mostra Becos da Minha Terra e Mostra de Cinema Indígena e Povos Tradicionais. As obras selecionadas concorrerão a premiações que variam de R$ 5 mil a R$ 35 mil, além de troféus e menções honrosas.

Foto: Secult Goiás

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“Este é o momento de renovar e revitalizar o multilateralismo”, diz embaixador da Etiópia https://brasiliainfoco.com/este-e-o-momento-de-renovar-e-revitalizar-o-multilateralismo-diz-embaixador-da-etiopia/ Thu, 17 Apr 2025 03:19:05 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51750 Em entrevista exclusiva ao BRICS Brasil, o embaixador Leulseged Tadese Abebe desdobra temas como cooperação em agricultura e turismo entre os países do grupo. A Etiópia, que entrou no BRICS no último ano, é a maior economia da África Oriental e sedia, em Adis Abeba, a União Africana. Terra de onde o café é originário, […]

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Em entrevista exclusiva ao BRICS Brasil, o embaixador Leulseged Tadese Abebe desdobra temas como cooperação em agricultura e turismo entre os países do grupo. A Etiópia, que entrou no BRICS no último ano, é a maior economia da África Oriental e sedia, em Adis Abeba, a União Africana.

Terra de onde o café é originário, único país da África com seu próprio alfabeto e, junto a Libéria, as únicas nações africanas a não serem colonizadas por europeus. Estes são alguns elementos que contam a história da Etiópia, país sede da União Africana que, desde 2023, é um país membro do BRICS.

“Se quisermos ter um desenvolvimento inclusivo e sustentável, isso não será possível sem a participação integral das mulheres em todos os níveis e em todos os aspectos.”

Com mais de 120 milhões de habitantes, o país é o segundo mais populoso do continente africano e a maior economia da África Oriental. O Produto Interno Bruto (PIB) da Etiópia multiplicou em dez vezes entre 2003 e 2017, saindo de 8 para 80 bilhões de dólares, consolidando-se como uma das economias que mais crescem no mundo.

Avanço para cooperação em setores estratégicos, como agricultura e turismo, fortalecimento de políticas pela igualdade de gênero, potencialidades da União Africana e, recordando discurso histórico do imperador Haile Selassie, uma defesa intransigente de um multilateralismo que responda às demandas do Sul Global. Estes são alguns dos temas abordados pelo embaixador da Etiópia no Brasil, Leulseged Tadese Abebe, em conversa exclusiva com o BRICS Brasil. Confira:

A agricultura, como destaque a produção familiar, é um dos motores fundamentais de renda e emprego na Etiópia, respondendo pela maior fatia do PIB do país e por mais de 80% dos postos de trabalho. Nesse contexto, qual é a relevância de discutir com especificidade esse modelo de produção agrícola na agenda do BRICS?

Leulseged Tadese Abebe: Nós temos destinado mais de 10% do orçamento nacional para a agricultura, adotamos uma abordagem de desenvolvimento rural integrado. Isto porque, quando falamos de agricultura familiar, estamos falando de desenvolvimento rural que inclui nutrição, saúde, escolas, estradas e acesso ao mercado. Hoje, com orgulho, posso dizer que nos tornamos o maior exportador de trigo da África. Isso mostra o compromisso da Etiópia em modernizar a agricultura.

Assim, no âmbito do BRICS, podemos contribuir para as discussões e aprender com as melhores práticas de outros países. A plataforma do BRICS no setor agrícola pode ser um excelente espaço para pesquisa e desenvolvimento conjunto. Além disso, para transformar a agricultura, precisamos envolver o setor privado, podemos trazer empresas do Brasil e de outros países membros para impulsionar o setor agrícola. Podemos ter discussões produtivas e focadas em resultados, com o objetivo final de transformar a agricultura e garantir a segurança alimentar.

A Etiópia é um país com riqueza histórica, cultural e natural abundante, com grande potencial para a expansão do mercado turístico. Com o turismo sendo um dos temas em discussão no BRICS, como o país enxerga a possibilidade de cooperação nessa área?

Leulseged Tadese Abebe: A Etiópia é uma terra de origens, uma terra de diversidade e unidade. Já temos 17 patrimônios da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) – somos os primeiros na África em sítios naturais, históricos e religiosos. A paisagem, o povo acolhedor, a beleza e o clima são verdadeiramente os melhores – o clima é sempre agradável, e o povo tem um espírito hospitaleiro.

Desta forma, saudamos as discussões no BRICS sobre o setor de turismo, podemos aprender sobre as oportunidades turísticas uns dos outros, compartilhar melhores práticas e promover o turismo nos países do grupo. E acho que o debate em curso é muito produtivo, nos ajuda a impulsionar o turismo como fonte de crescimento econômico e de geração de empregos, sempre respeitando as leis nacionais, as práticas locais e, claro, o meio ambiente.

Por isso, estamos muito satisfeitos com as discussões em andamento no BRICS, porque um dos motivos pelos quais ingressamos no grupo foi para fortalecer os laços econômicos, e o turismo é uma das melhores formas de fortalecer esses laços.

Dados de 2023 indicam que mulheres ocupam 41% das cadeiras no parlamento da Etiópia, um índice superior ao de muitos países do Norte Global. De que forma o país incentiva a participação feminina na política e qual mensagem sobre gênero pretende construir no BRICS?

Leulseged Tadese Abebe: Para nós, essa é uma questão central. Se quisermos ter um desenvolvimento inclusivo e sustentável, isso não será possível sem a participação integral das mulheres em todos os níveis e em todos os aspectos. Esses fatores são absolutamente indispensáveis. Primeiro, porque é uma questão de direito, as mulheres têm o direito de participar em todos os sistemas de decisão de qualquer país, de qualquer sociedade.  É um direito.

Em segundo lugar, do ponto de vista econômico, é extremamente útil para qualquer país ou sociedade aproveitar o potencial das mulheres, porque elas têm um papel decisivo na prosperidade de qualquer sociedade. É essa convicção que motiva o Primeiro-Ministro Abiy Ahmed a garantir a participação das mulheres em todos os níveis do governo.

Mas entendemos também que a participação das mulheres não deve ser significativa apenas no parlamento, mas em todas as esferas. Quanto mais as mulheres são empoderadas, mais condições elas têm de garantir a educação dos filhos. Se queremos assegurar segurança alimentar, a inclusão das mulheres, especialmente na agricultura familiar, terá um impacto muito maior. Se investirmos nas famílias lideradas por mulheres, seremos mais eficientes em questões como nutrição, por exemplo.  A participação das mulheres é a decisão certa do ponto de vista político e econômico.

“Estamos totalmente comprometidos em nos integrar a todos os mecanismos e arranjos desse grupo. Um dos pilares mais importantes da família BRICS é o Novo Banco de Desenvolvimento.”

Há mais de seis décadas, a Etiópia trabalha de forma exitosa em cooperação com o Banco Africano de Desenvolvimento. Com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), já há projetos em desenvolvimento ou em intenção?

Leulseged Tadese Abebe: Nós trabalhamos com diferentes bancos de desenvolvimento, alinhados às nossas prioridades nacionais, de forma a gerar impactos reais na região, de acordo com nossa realidade e contexto nacional.

No que diz respeito ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), já solicitamos nossa adesão. Essa é uma de nossas prioridades este ano, pois já integramos a plataforma do BRICS. Estamos totalmente comprometidos em nos integrar a todos os mecanismos e arranjos desse grupo. Um dos pilares mais importantes da família BRICS é o Novo Banco de Desenvolvimento, e a Etiópia está pronta para se tornar membro.

Já recebemos apoio político de todos os membros do BRICS e esperamos que nossa adesão seja concluída em breve. Uma vez que ingressarmos, nosso foco estará em diversos setores, incluindo agricultura, energia, manufatura e outras áreas que são prioridades do banco.

Além da Etiópia, África do Sul e Egito também representam o continente africano no BRICS. Qual a principal contribuição dos países da União Africana para o fortalecimento Sul Global?

Leulseged Tadese Abebe: Adis Abeba, capital da Etiópia, é a sede da União Africana, Contribuímos para a formação da União, e, anteriormente, para a criação da Organização da Unidade Africana. Por isso, sempre defendemos as posições comuns da África. Ao ingressar no BRICS, a Etiópia, juntamente à África do Sul e ao Egito, pode promover as posições africanas sobre paz e segurança, desenvolvimento inclusivo e sustentável, clima e outras questões.

“Este é o momento de renovar e revitalizar o multilateralismo – um multilateralismo que responda às legítimas demandas e aspirações do Sul Global. Precisamos reformar o sistema global de tomada de decisões para construir um futuro melhor.”

A União Africana tem posições comuns em diversos temas, incluindo a inteligência artificial – uma das prioridades da presidência brasileira do BRICS. Assim, também podemos falar em uma só voz para defender essa agenda. Dentro da plataforma do BRICS, podemos promover a África como destino para comércio, investimentos e turismo. Como sabem, somos o segundo continente mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de pessoas – a maioria, jovens. Essa é uma grande oportunidade para o crescimento econômico global.

Há 89 anos, o então imperador da Etiópia, Haile Selassie, realizou um discurso histórico na Assembleia da Liga das Nações, instituição que antecede a Organização das Nações Unidas (ONU). Como o senhor avalia o discurso nos dias atuais, em vistas ao multilateralismo? 

Leulseged Tadese Abebe: O multilateralismo está enfraquecido, e precisamos de mais multilateralismo – não menos – porque o mundo é altamente interdependente. Os problemas que enfrentamos nas áreas de paz, segurança, desenvolvimento e mudança do clima são universais e transnacionais. Se os problemas são universais e transnacionais, as soluções também devem ser universais e transnacionais.

A diferença entre o que é “externo” e “interno” está diminuindo, pois vivemos em um mundo profundamente interconectado. E é aqui que ressoa a importante mensagem do Imperador Haile Selassie. Em 1936, após a invasão da Etiópia pela Itália fascista, ele foi a Genebra e discursou perante a Liga das Nações, defendendo a importância da segurança coletiva e a indivisibilidade da paz. Se um país é atacado ilegalmente, isso deve ser considerado um ataque a todos os povos amantes da paz. No entanto, infelizmente, a comunidade internacional falhou em responder ao apelo do Imperador Haile Selassie naquela época.

A Etiópia sempre defendeu o multilateralismo e a mensagem de Haile Selassie em Genebra permanece relevante para o mundo atual, que continua a enfrentar inúmeros desafios transnacionais. Este é o momento de renovar e revitalizar o multilateralismo – um multilateralismo que responda às legítimas demandas e aspirações do Sul Global. Precisamos reformar o sistema global de tomada de decisões para construir um futuro melhor não apenas para a geração atual, mas também para as futuras gerações.

Fonte: Brics

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Embaixador da Bélgica se reúniu com diplomatas no evento” Great Brazil” https://brasiliainfoco.com/embaixador-da-belgica-se-reuniu-com-diplomatas-no-evento-great-brazil/ Thu, 17 Apr 2025 03:09:37 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51747 Durante esses dois dias, 10 e 11 de abril, representantes da embaixada, dos consulados gerais, dos consulados honorários e de regiões belgas se reuniram, na residência oficial da Bélgica, no Great Brazil, para o encontro anual da rede belga aqui no país. O objetivo foi discutir diversos tópicos de interesse da Bélgica no Brasil, além […]

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Durante esses dois dias, 10 e 11 de abril, representantes da embaixada, dos consulados gerais, dos consulados honorários e de regiões belgas se reuniram, na residência oficial da Bélgica, no Great Brazil, para o encontro anual da rede belga aqui no país. O objetivo foi discutir diversos tópicos de interesse da Bélgica no Brasil, além de estratégias, gestão e assuntos consulares.

Foram abordados temas como combate ao crime organizado e cooperação com a UNODC. Também discutimos as prioridades dos novos governos na Bélgica, como interesses e segurança econômicos. A cooperação com a União Europeia (UE) sobre essas questões foi o foco de uma sessão específica com a Delegação da UE em Brasília, com foco no acordo UE-Mercosul, a iniciativa Global Gateway, o Fórum de Investimentos UE-Brasil e diplomacia cultural e pública.

Foi realizado ainda, um seminário sobre economia verde e COP30, com a presença do Embaixador para o Clima e Meio Ambiente, Willem van de Voorde, e participação de empresas belgas como Rhodia Brasil, Green Energy Park, Ecosteryl e DEME Group.

“A Bélgica tem o privilégio de ter relações tão profundas e importantes com o Brasil, e é    graças aos Senhores que podemos alcançar sucesso todos os dias. E pela organização desse Great Brazil, agradeço de todo o coração à equipe da embaixada, meus incríveis as que formam um time formidável e sem os quais eu não sou nada”, afirmou o embaixador da Bélgica,  Peter Claes.

Durante a recepção de abertura do Great Brazil, o embaixador Peter Claes condecorou o talentoso gaitista brasiliense Pablo Fagundes com o título de Cavaleiro da Ordem da Coroa. “A homenagem celebra não apenas o talento excepcional de Pablo, mas também suas conexões artísticas com músicos belgas — como o lendário Toots Thielemans, grande inspiração em sua trajetória — e o intercâmbio cultural com a embaixada da Bélgica”, discursou o diplomata belga.

Fonte: Embaixada da Bélgica

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Palestra com o presidente do Chile, Gabriel Boric https://brasiliainfoco.com/palestra-com-o-presidente-do-chile-gabriel-boric/ Wed, 16 Apr 2025 03:46:12 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51743 Em 24 de abril, a Universidade de Brasília recebe o presidente do Chile, Gabriel Boric, para palestra sobre Democracia e Direitos Humanos.   A apresentação acontece a partir das 10h, no Auditório da ADUnB, campus Darcy Ribeiro. O evento é gratuito, sujeito à lotação do espaço.   >> Link para inscrições   Palestra do Presidente do Chile […]

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Em 24 de abril, a Universidade de Brasília recebe o presidente do Chile, Gabriel Boric, para palestra sobre Democracia e Direitos Humanos.

 

A apresentação acontece a partir das 10h, no Auditório da ADUnB, campus Darcy Ribeiro. O evento é gratuito, sujeito à lotação do espaço.

 

>> Link para inscrições

 

Palestra do Presidente do Chile Gabriel Bolic
Tema: Democracia e Direitos Humanos
Quinta-feira, 24/04, às 10h
Local: Auditório da ADUnB, campus Darcy Ribeiro

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Senado vai receber Fórum Parlamentar do Brics no mês de junho https://brasiliainfoco.com/senado-vai-receber-forum-parlamentar-do-brics-no-mes-de-junho/ Wed, 16 Apr 2025 03:43:27 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51740 O Senado vai receber, entre os dias 3 e 5 de junho, o XI Fórum Parlamentar do Brics. O evento deve contar com a participação de 31 casas legislativas e cerca de 150 parlamentares de outros países. As reuniões vão ocorrer no Plenário do Senado. O Fórum Parlamentar do Brics é realizado desde o ano […]

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O Senado vai receber, entre os dias 3 e 5 de junho, o XI Fórum Parlamentar do Brics. O evento deve contar com a participação de 31 casas legislativas e cerca de 150 parlamentares de outros países. As reuniões vão ocorrer no Plenário do Senado.

O Fórum Parlamentar do Brics é realizado desde o ano de 2015. O Brasil já foi anfitrião uma vez, em 2019. Mas, naquela ocasião, o encontro ocorreu em Belgrado, na Sérvia. Em 2024, a sede foi São Petersburgo, na Rússia.

A presidência do Brics está a cargo do Brasil ao longo do ano de 2025, com o lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável. Os temas prioritários neste período são a cooperação em saúde global, o comércio mundial e as mudanças climáticas. Temas relacionados à governança da inteligência artificial (IA), à reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança e ao desenvolvimento institucional do Brics também figuram entre as prioridades da liderança brasileira.

Membros e parceiros

O Brics é um grupo internacional formado por 10 países: África do Sul, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Índia, Indonésia, Irã e Rússia. O grupo atua como fórum de articulação político-diplomática e de cooperação entre países do chamado “sul global”.

Além dessas nações, o Brics conta com nove países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Nesta modalidade, podem ser convidados a participar de espaços de discussão, após consulta aos países membros e decisão por consenso. Por fim, a Arábia Saudita foi admitida como membro pleno, mas ainda não aceitou formalmente o convite.

Origem

A origem do nome do grupo é atribuída ao economista britânico Jim O’Neill, que criou o acrônimo “BRIC” em 2001 para se referir a quatro países que mostravam potencial de investimento para o futuro: Brasil, Rússia, Índia e China. O grupo foi estabelecido formalmente em 2009. Com o ingresso da África do Sul, no ano seguinte, foi acrescentada a letra S ao nome.

No mês de julho, entre os dias 6 e 7, haverá a 17ª Reunião de Cúpula do Brics. O evento vai ocorrer no Rio de Janeiro (RJ). O Brasil já sediou outras três reuniões, nos anos de 2010, 2014 e 2019.

Cronograma preliminar de eventos parlamentares do Brics
Data Evento
3/6 (terça-feira) Reunião de mulheres parlamentares

Reunião de presidentes das comissões de Relações Exteriores

4/6 (quarta-feira) XI Fórum Parlamentar (cerimônia de abertura, sessões de trabalho e recepção oficial)
5/6 (quinta-feira) Continuação do Fórum Parlamentar (sessões finais e encerramento)

Fonte: Agência Senado

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Diplomatas dos países nórdicos se reúnem com ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania https://brasiliainfoco.com/diplomatas-dos-paises-nordicos-se-reunem-com-ministra-dos-direitos-humanos-e-da-cidadania/ Wed, 16 Apr 2025 03:34:25 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51731 O ministro conselheiro da embaixada da Dinamarca no Brasil, Leif Kokholm, e os embaixadores da Suécia, Karin Wallensteen, da Noruega, Odd Magne Ruud, e da Finlândia, Johanna Karanko, se reuniram na segunda-feira (14) com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo dos Santos. Entre os assuntos discutidos a equidade de gênero, os […]

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O ministro conselheiro da embaixada da Dinamarca no Brasil, Leif Kokholm, e os embaixadores da Suécia, Karin Wallensteen, da Noruega, Odd Magne Ruud, e da Finlândia, Johanna Karanko, se reuniram na segunda-feira (14) com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo dos Santos.

Entre os assuntos discutidos a equidade de gênero, os direitos dos povos indígenas, a situação da comunidade LGBTQIA+, ações de reparação pela escravidão, a defesa dos defensores de #direitoshumanos e políticas públicas para crianças e idosos, bem como temas ligados a memória, verdade e justiça.

A ministra também detalhou os planos brasileiros para discutir direitos humanos durante a COP30, em novembro em Belém. Os diplomatas nórdicos manifestaram o desejo de aumentar a cooperação entre os países nos temas de direitos humanos e se colocaram à disposição do governo brasileiro.

Fonte: Embaixada da Dinamarca.

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BRICS manifesta defesa conjunta do sistema comercial multilateral e oposição a unilateralismo e protecionismo comercial https://brasiliainfoco.com/brics-manifesta-defesa-conjunta-do-sistema-comercial-multilateral-e-oposicao-a-unilateralismo-e-protecionismo-comercial/ Tue, 15 Apr 2025 03:00:15 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51728 Os países do BRICS tiveram uma troca aprofundada de pontos de vista sobre a política de “tarifas recíprocas” dos Estados Unidos, expressando séria preocupação com as tensões comerciais e apelando à oposição conjunta ao unilateralismo e ao protecionismo comercial, durante uma videoconferência realizada na última quinta e sexta-feira, segundo informou no sábado o Ministério do […]

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Os países do BRICS tiveram uma troca aprofundada de pontos de vista sobre a política de “tarifas recíprocas” dos Estados Unidos, expressando séria preocupação com as tensões comerciais e apelando à oposição conjunta ao unilateralismo e ao protecionismo comercial, durante uma videoconferência realizada na última quinta e sexta-feira, segundo informou no sábado o Ministério do Comércio da China.

Na segunda reunião do Grupo de Contato sobre Questões Econômicas e Comerciais do BRICS em 2025, a China destacou que o governo dos EUA lançou recentemente a política de “tarifas recíprocas”, o que prejudicou gravemente o sistema comercial internacional, perturbou as cadeias industriais e de suprimentos globais e causou um impacto contínuo na economia mundial. É um comportamento típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica.

A parte chinesa indicou que o BRICS é uma plataforma importante para os países de mercados emergentes e em desenvolvimento reforçarem a unidade e a cooperação e salvaguardarem os interesses comuns, desempenhando um papel importante na promoção da reforma do sistema de governança global e na promoção da liberalização e facilitação do comércio e investimentos globais. Neste período especial, os membros do BRICS devem aderir à direção correta da globalização, salvaguardar conjuntamente o sistema comercial multilateral baseado em regras e manter a estabilidade econômica global.

Na videoconferência, os membros do BRICS expressaram preocupações com o sério impacto das “tarifas recíprocas” dos EUA no sistema comercial multilateral. Vários membros salientaram que as “tarifas recíprocas” violam gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio e são atos de unilateralismo e protecionismo que afetarão seriamente o crescimento econômico global e prejudicarão os interesses dos países em desenvolvimento.

Segundo os participantes da reunião, os países do BRICS devem reforçar a unidade e emitir uma voz comum ao mundo neste sentido. Todas as partes continuarão a ter uma troca aprofundada de pontos de vista através dos canais econômicos e comerciais sobre a questão da resposta às “tarifas recíprocas” dos EUA, reforçarão a coordenação de posições, salvaguardarão o sistema comercial multilateral baseado em regras e responderão conjuntamente às atuais tensões comerciais globais.

Na reunião, todas as partes também discutiram questões como a formulação da “Estratégia de Parceria Econômica do BRICS 2030”, a cooperação em economia de dados e a manutenção do sistema comercial multilateral, preparando-se em termos econômicos e comerciais para a reunião dos ministros de Economia e Comércio do BRICS em maio e a cúpula do BRICS em julho.

Também segundo informou no sábado o Ministério do Comércio da China, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, realizou na sexta-feira uma videoconferência com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin. Ambos discutiram o fortalecimento da cooperação econômica e comercial entre China e Brasil, a resposta à imposição das chamadas “tarifas recíprocas” dos EUA e o papel dos fóruns multilaterais como o BRICS e o G20.

Fonte: Portuguese News

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CEO da Air France-KLM diz que empresa está em “modo de crise” devido ao tarifaço de Trump https://brasiliainfoco.com/ceo-da-air-france-klm-diz-que-empresa-esta-em-modo-de-crise-devido-ao-tarifaco-de-trump/ Mon, 14 Apr 2025 13:02:43 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=51721 O CEO do grupo Air France-KLM, Benjamin Smith, anunciou que a Air France já se encontra em “modo de crise” enquanto enfrenta o que ele chamou de “território desconhecido”, resultante da política de tarifas instáveis da administração Trump. Em entrevista à Bloomberg, o executivo canadense, que se tornou o primeiro CEO não francês do grupo […]

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O CEO do grupo Air France-KLM, Benjamin Smith, anunciou que a Air France já se encontra em “modo de crise” enquanto enfrenta o que ele chamou de “território desconhecido”, resultante da política de tarifas instáveis da administração Trump.

Em entrevista à Bloomberg, o executivo canadense, que se tornou o primeiro CEO não francês do grupo franco-holandês em 2018, afirmou que a companhia aérea está percebendo um certo “deslizamento” na demanda em sua classe econômica transatlântica.

Smith detalhou que, embora esteja havendo uma estabilidade relativa nas cabines premium, a classe econômica está apresentando sinais de fraqueza.

No setor transatlântico, estamos vendo uma estabilidade relativa nas cabines premium, mas uma leve suavização na classe econômica. Contudo, até agora, nada que justifique uma mudança em nossa capacidade”, explicou durante a entrevista que foi ao ar na quarta-feira.

Ao ser questionado sobre como as tarifas impostas pelo presidente Trump poderiam impactar seus negócios, Smith reconheceu que a indústria de viagens é uma das primeiras a ser atingida em tempos de recessão.

“Acredito que, após a COVID, o setor de viagens foi reposicionado como uma das prioridades para muitos consumidores. Mas, com a queda nos preços do combustível, estamos avaliando como esse período de incerteza poderá afetar nossos resultados financeiros. De forma relativa, já estamos em modo de crise”, comentou o executivo.

Apesar do alerta, ele afirmou que não há motivos para a Air France cortar capacidade em sua rede de rotas para a América do Norte. Caso seja necessário, a companhia poderá redirecionar a capacidade para a América Latina ou Ásia, assim como adiantar ou atrasar pedidos de aeronaves e implementar medidas de corte de custos.

Smith ressaltou, no entanto, que a Air France não possui planos de crescimento agressivos como alguns de seus concorrentes.

Ao seu favor, a companhia se beneficia da queda nos preços do petróleo, um dos maiores custos operacionais após os gastos com pessoal. No final do mês passado, a Virgin Atlantic foi a primeira companhia internacional a manifestar preocupações com a demanda em queda para viagens transatlânticas da América do Norte para a Europa, embora seu CFO, Oliver Byrns, não tenha fornecido números concretos sobre a extensão da desaceleração.

Antes, a Delta Air Lines, um dos principais investidores no setor, anunciou que estava “gerenciando ativamente custos e despesas de capital” após perceber um arrefecimento provocado pela “incerteza econômica generalizada”.

Apesar disso, a Delta notou que a demanda por serviços premium e internacionais permanecia saudável, mesmo com uma diminuição na demanda doméstica.

Para a Air France, Smith mencionou que a companhia está conseguindo preencher os assentos da classe econômica transatlântica, reduzindo preços, enquanto a demanda por cabines premium continua forte, especialmente entre os viajantes dos EUA, que ocupam até 50% da capacidade de suas cabines premium.

Fonte: Aeroin

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