Arquivo de Brasil - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/brasil/ O Jornal Brasilia in Foco cobre todo o mundo diplomático em Brasília Wed, 23 Oct 2024 17:18:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://brasiliainfoco.com/wp-content/uploads/2023/08/cropped-Logo-32x32.png Arquivo de Brasil - Brasília in Foco https://brasiliainfoco.com/brasil/ 32 32 Evento internacional em Brasília com entrada gratuita promove debate sobre direitos humanos de crianças e jovens em situação de guerra https://brasiliainfoco.com/evento-internacional-em-brasilia-com-entrada-gratuita-promove-debate-sobre-direitos-humanos-de-criancas-e-jovens-em-situacao-de-guerra/ Wed, 23 Oct 2024 13:45:33 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=48618 Seminário acontece no dia 06 de novembro a partir das 8h30 na Unidade Asa Sul da Casa Thomas Jefferson, com a presença de representantes da ação humanitária global Bring Kids Back UA, dedicada a resgatar crianças sequestradas durante a invasão da Ucrânia Brasília recebe no próximo dia 06 de novembro, a partir das 08h30, na […]

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Seminário acontece no dia 06 de novembro a partir das 8h30 na Unidade Asa Sul da Casa Thomas Jefferson, com a presença de representantes da ação humanitária global Bring Kids Back UA, dedicada a resgatar crianças sequestradas durante a invasão da Ucrânia

Brasília recebe no próximo dia 06 de novembro, a partir das 08h30, na Unidade Asa Sul da Casa Thomas Jefferson, o seminário internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”. Com entrada gratuita e aberto ao público em geral, o evento contará com a presença de representantes da força-tarefa Bring Kids Back UA (“Tragam as crianças de volta à Ucrânia”, em tradução livre) e convidados especialistas em direitos humanos, direito internacional e relações internacionais, além de organizações da sociedade civil. As inscrições devem ser feitas antecipadamente pelo link https://bit.ly/seminarioBSB . Haverá a emissão de certificado aos participantes.

Conforme atestado por organismos humanitários internacionais e observadores independentes, quase 20 mil crianças ucranianas já foram sequestradas e deportadas à força para a Rússia durante as sucessivas invasões do território ucraniano nos últimos anos.  Uma vez levadas ilegalmente para território russo, passam por nova violência ao terem sua identidade e cultura descaracterizadas. Muitas delas possuem familiares na Ucrânia, mas assim mesmo são colocadas para adoção.

Força-tarefa que reúne gestores do governo ucraniano, países parceiros e organizações humanitárias internacionais, a Bring Kids Back UA tem o propósito de resgatar essas crianças e adolescentes e devolvê-los às suas famílias. No evento, os representantes trarão as informações mais recentes sobre essa grave violação de direitos humanos e também as ações empreendidas para que quase 400 crianças conseguissem retornar às suas famílias. A exposição será seguida de debate com os convidados e abertura de perguntas à audiência.

Serviço: Seminário Internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”
Quando: 6 de novembro de 2024, a partir das 8h30.
Onde: Auditório da Casa Thomas Jefferson (unidade Asa Sul)

Inscrições gratuitas devem ser realizadas pelo link bit.ly/seminarioBSB ou por meio do QRcode abaixo

Observações: Haverá serviço de tradução simultânea inglês/português e o local conta com estacionamento fácil gratuito, além de recursos de acessibilidade. As vagas são limitadas à capacidade do auditório. Haverá a emissão de certificado aos participantes.

 

Sobre a Bring Kids Back UA

Bring Kids Back UA é uma força-tarefa criada para tentar trazer as crianças sequestradas pela Rússia e deportadas à força durante as sucessivas invasões à Ucrânia de volta para suas famílias. Ela une os esforços do governo ucraniano, países parceiros e organizações humanitárias internacionais. É viabilizada pelo Partnership Fund for a Resilient Ukraine (PFRU), um fundo global com múltiplos países doadores, incluindo Canadá, Estônia, Finlândia, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Até o momento, cerca de 388 crianças foram resgatadas com sucesso. Assine a petição global e siga os perfis da força tarefa nas redes sociais e compartilhe a #resgateascriancas

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Embaixador do Bahrein conhece o Templo de Salomão https://brasiliainfoco.com/embaixador-do-bahrein-conhece-o-templo-de-salomao/ Tue, 01 Oct 2024 05:05:35 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=48124 No âmbito da política de convivencia, fraternidazie e abertura às diversas religiões e culturas, o Embaixador do Reino do Bahrein no Brasil, Bader Abbas Alhelaibi, visitou a Grande Igreja Evangélica (Templo de Salomão) na cidade de São Paulo. Na ocasião, foi recebido por Bispo Celso Rebequi, bispo titular da igreja, onde apresentou ao Embaixador uma […]

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No âmbito da política de convivencia, fraternidazie e abertura às diversas religiões e culturas, o Embaixador do Reino do Bahrein no Brasil, Bader Abbas Alhelaibi, visitou a Grande Igreja Evangélica (Templo de Salomão) na cidade de São Paulo.

Na ocasião, foi recebido por Bispo Celso Rebequi, bispo titular da igreja, onde apresentou ao Embaixador uma visão geral da igreja, sua história e suas atividades. Alhelaibi também fez um tour introdutório, onde conheceu a Igreja e suas instalações.

Por sua vez, o bispo elogiou a reputação global do Reino do Bahrein como modelo de coexistência pacífica e harmonia entre seguidores de diferentes religiões, seitas e culturas, graças à atmosfera de liberdade e abertura.

O bispo apreciou também o lançamento do Prêmio Rei Hamad para a Coexistência Pacífica, que decorre do antigo legado histórico e civilizacional de abertura e pluralismo do Bahrein, e seus objetivos visam promover os valores da coexistência pacífica e do diálogo entre civilizações e culturas, e rejeitando o extremismo, a violência e o ódio.

Fonte: Embaixada do Reino do Bahrein.

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Relatório indica conflitos envolvendo transição energética e mineração https://brasiliainfoco.com/relatorio-indica-conflitos-envolvendo-transicao-energetica-e-mineracao/ Sun, 15 Sep 2024 13:44:41 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47866 Casos mapeados de violação de direitos se deram entre 2020 e 2023 A busca por minerais necessários para projetos de transição energética vem causando conflito nas novas frentes exploratórias. É o que indica o Grupo de Pesquisa e Extensão Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (Poemas), ao qual são vinculados pesquisadores de diferentes instituições científicas, como as universidades […]

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Casos mapeados de violação de direitos se deram entre 2020 e 2023

A busca por minerais necessários para projetos de transição energética vem causando conflito nas novas frentes exploratórias. É o que indica o Grupo de Pesquisa e Extensão Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (Poemas), ao qual são vinculados pesquisadores de diferentes instituições científicas, como as universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), Fluminense (UFF) e de Viçosa (UFV).

Estudo sobre a questão, concluído recentemente, identificou violações de direitos de pequenos proprietários rurais, trabalhadores e comunidades tradicionais, sendo a Amazônia Legal a região que concentra o maior número de ocorrências.

Os casos mapeados se deram entre 2020 e 2023.

“O que o estudo vem que mostrar é que não podemos tratar a mineração dos minerais críticos sem considerar os danos. E é algo que já está ocorrendo”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o geógrafo e professor da UFF, Luiz Jardim Wanderley, um dos signatários do estudo.

Os resultados estão no relatório Transição Desigual: as violações da extração dos minerais para a transição energética no Brasil. O documento foi publicado em julho pelo Conselho do Observatório dos Conflitos da Mineração no Brasil e pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, os quais são compostos por diferentes organizações, entre elas o Poemas.

Os minerais críticos ou minerais de transição são aqueles cuja disponibilidade atual é limitada e a exploração é considerada necessária para assegurar a transição energética, já que são essenciais para a fabricação de peças e equipamentos associados à ideia de energia verde.

Por exemplo, há demanda por cobre nas usinas eólicas, por silício para os painéis fotovoltaicos, por níquel e lítio para as baterias, por bauxita e alumina para os cabos de transmissão.

De acordo com dados reunidos no estudo, a exploração mineral no país cresceu de R$ 243 bilhões para R$ 266 bilhões em valores deflacionados entre 2013 e 2022. Trata-se de um avanço de 9,3%. No entanto, levando em conta apenas os minerais críticos, o aumento foi de 39%. Dados dos investimentos das mineradoras em pesquisa mineral também ajudam a ilustrar o cenário. Houve um crescimento de 150%, entre 2013 e 2022. Quando se considera apenas os minerais críticos, porém, a alta foi de 240%. Na última quarta-feira (11), o anúncio da australiana Pilbara Minerals, especializada na mineração de lítio, ilustrou o cenário: a mineradora fará um investimento de R$ 2,2 bilhões em um projeto no município de Salinas (MG), no Vale do Jequitinhonha.

“Nem sempre os conflitos estão associados a mais investimentos. Mas, sem dúvida nenhuma, eles estão associados à profusão de novos empreendimentos”, afirma Luiz. O que preocupam os pesquisadores é que a realidade já evidencia um grande volume de conflitos. Foram identificadas 348 ocorrências em 249 localidades, no período de 2020 a 2023. Ao menos, 101 mil pessoas teriam sido afetadas. Segundo o estudo, os pequenos proprietários rurais são 23,9% das vítimas de violações de direitos. Trabalhadores representam 12,1% e indígenas 9,8%.

“São conflitos que atingem diferentes grupos. Mas eu destacaria os pequenos produtores, sobretudo agricultores familiares que vivem em áreas próximas aos empreendimentos de mineração. Os próprios trabalhadores da mineração enfrentam uma série de violações que envolvem condições precárias de trabalho e super exploração. E temos outros atores como indígenas e quilombolas que também vêm sofrendo com os impactos. No caso particular dos indígenas, chama atenção a questão dos garimpos dos minerais de transição. As comunidades têm sido impactadas por garimpos associados à cassiterita, à manganês e ao cobre”, diz Luiz.

A definição de minerais críticos não é uniforme e varia conforme a base acadêmica e as orientações políticas de cada governo. No estudo, os pesquisadores enquadraram 31 substâncias na categoria, dos quais 14 estiveram relacionadas com conflitos no Brasil: alumina/bauxita, cassiterita/estanho, cobre, cromo, grafite, lítio, manganês (incluindo liga de manganês), nióbio, níquel, prata, silício, urânio, vanádio e zinco.

Os minerais citados representam atualmente uma participação minoritária na produção do setor. O último balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reúne as maiores mineradoras do país, consolidou os dados do primeiro semestre de 2024. No período, 61,8% da produção foi de minério de ferro, seguido por 7,5% de minério de ouro. São duas substâncias envolvidas em grandes tragédias nacionais.

A exploração de minério de ferro está associada aos rompimentos das barragens da Samarco em Mariana (MG) e da Vale em Brumadinho (MG). Já o garimpo ilegal de ouro está no epicentro da crise humanitária na Terra Yanomami, em Rondônia. Os dados consolidados do Ibram, no entanto, dizem respeito apenas à produção legal.

De acordo com Luiz, não seria por acaso que Pará (40,8%) e Minas Gerais (25,9%) concentrariam juntos 66,7% das ocorrências. São tradicionalmente os dois principais estados mineradores do país, sobretudo por sediarem as grandes minas de exploração de minério de ferro. No entanto, considerando apenas os minerais críticos, a produção mineira entre 2013 e 2022 aparece apenas em quarto lugar, sendo superada não apenas por Pará, como também por Goiás e Bahia.

Ainda assim foram mapeados mais conflitos em municípios de Minas Gerais do que em cidades goianas e baianas. Os pesquisadores tem uma explicação: os dados indicariam que os conflitos são contínuos em estados onde a mineração é uma atividade com relevância histórica.

“Em Minas, você tem um setor consolidado de mineração envolvendo minerais de transição, como por exemplo a exploração de bauxita na Zona da Mata mineira. E também tem as áreas de expansão recente como é o caso da exploração do lítio, que vem produzindo uma série de conflitos no Vale do Jequitinhonha. Então o estado tem essa característica: ao mesmo tempo que já possui uma presença consolidada do setor mineral, é também uma área de expansão”, avalia Luiz Jardim Wanderley.

Amazônia

Chama a atenção que quase metade das ocorrências identificadas foram registradas na Amazônia Legal. A região que inclui nove estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão – responde por 46,3% dos registros.

“Os dados servem como alerta de que a transição pode ser injusta para as localidades e para os povos afetados: ribeirinhos, quilombolas, indígenas, pequenos agricultores. Eles não precisam fazer uma transição energética porque, na verdade, essas populações já contribuem com a captura de carbono. São elas que resguardam a floresta e protegem a natureza. E, mesmo assim, vão ser elas que mais vão sofrer com os danos de um projeto para a transição energética que é sobretudo do Norte Global, ou seja, dos Estados Unidos e da Europa, além da China e da Índia”, avalia Luiz.

De acordo com ele, a exploração desses minerais compõe mais uma ameaça à dinâmica amazônica.

“Esse estudo não tratou da perspectiva de futuro, mas o que já observamos em outros estudos desenvolvidos é que temos três áreas com maior demanda por títulos minerais da transição energética. Uma é o semiárido nordestino, outra é região amazônica e a terceiro é o miolo do Cerrado, na altura de Goiás com o Tocantins. São áreas que tendem a ser espaços de agravamento ainda maior do desmatamento. Tanto pelo efeito direto da mineração, como pelos efeitos secundários que envolvem por exemplo a atração de pessoas e a abertura de estradas”, acrescentou.

Brasília (DF), 13.09.2024 - Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil
Arte/Agência Brasil

No recorte por municípios com maior volume de violações de direitos, lideram a lista Barcarena (PA) e Canaã dos Carajás (PA). Em terceiro lugar, aparece Craíbas (AL). Na cidade alagoana, Mineração Vale Verde, de capital inglês, explora uma mina a céu aberto de cobre. O empreendimento, está atrelado a 29 ocorrências. São registros que colocam Alagoas como o terceiro estado com maior número de conflitos: 8,3% do total mapeado.

De acordo com o estudo, moradores do entorno da mina reclamam de explosões, tremores de terra e de rachaduras em suas residências. Comunidades indígenas Kariri-Xokó, Karapotó e Tingui Botó também têm manifestado temor de contaminação e de impactos em suas terras. Procurada pela Agência Brasil, a Mineração Vale Verde não retornou ao contato.

Mineradoras

O estudo também apresenta uma análise do perfil das mineradoras relacionadas com os conflitos. A maioria deles é de médio porte. Ainda assim, o ranking das principais envolvidas nas ocorrências mapeadas é puxado por duas grandes empresas: a noruguesa Hydro, com 14,4%, e a brasileira Vale, com 11,5%.

Os números de ocorrências envolvendo as duas mineradoras são impulsionados por situações registradas no Pará. A Hydro responde pela exploração de alumina nos municípios Abaetetuba e Barcarena, que chegou a gerar uma ação coletiva movida pelos atingidos na Justiça holandesa. Eles alegam que as águas do rio Murucupi foram poluídas, que há danos à saúde e prejuízos econômicos à população local. violações de direitos de povos indígenas teriam relação com as minas Salobo e Sossego, nas quais há extração de cobre em Canaã dos Carajás, e com a mina Onça Puma, onde são exploradas reservas de níquel a partir de uma operação sediada em Ourilândia do Norte.

Carajás (PA), 14/09/2024 - Mina de Sossego.  Foto: Governo do Pará/Divulgação
Mina de Sossego. Governo do Pará/Divulgação

Procurada pela Agência Brasil, a Hydro negou a ocorrência de danos ambientais em seu empreendimento. A mineradora afirmou investir continuamente em tecnologias para tornar suas operações cada vez mais sustentáveis e em iniciativas socioambientais com foco em educação, geração de trabalho e renda, fortalecimento de organizações sociais e desenvolvimento econômico e social.

“A principal alegação apresentada no relatório é o suposto transbordamento das áreas de armazenamento de resíduos de bauxita após fortes chuvas em Barcarena em 2018. A Hydro reitera que nenhum transbordo foi confirmado por mais de 90 inspeções no local, inclusive pelas autoridades competentes. As atividades da Hydro são devidamente licenciadas, monitoradas e auditadas pelas autoridades competentes. A Hydro tem o compromisso de ser uma boa vizinha, agindo com responsabilidade e colocando a saúde, o meio ambiente e a segurança em primeiro lugar”, diz o texto.

A Vale, por sua vez, afirma que não realiza pesquisa mineral ou lavra em terras indígenas e que respeita a legislação vigente. De acordo com a mineradora, laudos elaborados por peritos judiciais descartaram sua responsabilidade na contaminação da água no rio Cateté. A mineradora afirma já ter celebrado um acordo que encerrou a quase totalidade de controvérsias com os indígenas Xikrin e Kayapó.

“O relacionamento com esses povos foi fortalecido e iniciativas voluntárias para o empoderamento e autonomia dessas comunidades têm sido trabalhadas, em alinhamento com a estratégia de relacionamento da Vale, focada na geração de benefícios mútuos. Alguns exemplos são as ações de promoção do etnodesenvolvimento do Povo Xikrin, com destaque para o Projeto de Valorização da Cultura e Memória do Povo Xikrin do Cateté. Junto ao Povo Kayapó, a Vale apoiou a elaboração do Protocolo de Consulta desse povo, que foi desenvolvido pela Associação Indígena Floresta Protegida e aprovado na Assembleia Geral de Caciques e Lideranças da Terra Indígena Kayapó, que ocorreu na aldeia Gorotire em janeiro de 2024”, acrescenta a mineradora.

(PA). 14/09/2006 - Terra Indígena Kayapó. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Terra Indígena Kayapó (Pará). Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Outro conflito destacado no relatório coloca, de um lado, a Mineração Rio do Norte (MRN), e de outro, quilombolas e ribeirinhos de Oriximiná (PA). No município, minas para exploração de bauxita são apontadas por moradores locais como responsáveis por tornar o Lago do Batata impróprio para pesca e banho. A comunidade quilombola Boa Vista, que vive a menos de 500 metros do empreendimento, afirma ainda que a instalação da MRN afetou a extração de castanhas.

De acordo com nota divulgada pela MRN, o monitoramento conduzido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1989 mostra que as condições ecológicas no Lago do Batata estão equivalentes às de locais onde não ocorreram intervenções. “Há registros de, ao menos, 199 espécies de peixes e a prática da pesca é comum entre os comunitários, o que é endossado pelo fato de pelo menos 142 dessas espécies são utilizadas para subsistência e comércio de pescado. Da mesma forma, dados da qualidade da água não apresentam nenhum elemento que possa trazer risco à saúde humana”.

Ainda de acordo com a mineradora, ações socioambientais compensatórias e voluntárias fomentam a geração de renda e o acesso à educação e saúde da população da comunidade Boa Vista. “As iniciativas reforçam o compromisso da empresa em fazer uma mineração sustentável e responsável, com respeito às pessoas e ao meio ambiente”, registra o texto.

Futuro

De acordo com Luiz Jardim Wanderley, o mapeamento das violações é importante porque revela dados necessários para se discutir o futuro da mineração e seu papel na transição energética. “Acho que é perigoso adotar um discurso que coloca todo o setor mineral como um setor essencial para a sociedade. Com base nesse discurso, se busca legitimar diferentes tipos de exploração. O setor ainda busca limpar a péssima reputação diante dos grandes desastres que ocorreram em Mariana e em Brumadinho. E faz isso tentando se mostrar como essencial é um caminho”, diz ele.

Ele defende que a transição energética não pode ser compreendida como uma simples substituição de bases tecnológicas e fontes de energia. É preciso considerar a necessidade de medidas para se coibir a ampliação dos conflitos ambientais. “Esses minerais de transição, na maior parte, não são para a sociedade brasileira e sim para a exportação. Há um discurso que coloca o cenário atual como uma oportunidade. Ou seja, o Brasil deve aproveitar essa nova economia e usar a mineração como um vetor para financiar o desenvolvimento. Mas a mineração não faz isso desde o período colonial. A gente tem uma hiperconcentração de minério. Foi assim com o ouro e hoje em dia é com o ferro. Não houve geração de desenvolvimento social e econômico para a população brasileira”.

Para os pesquisadores, o Estado precisa ter responsabilidade sobretudo ao discutir incentivos públicos. Para estimular o setor na implementação de novos projetos de minerais de transição, o governo já criou, por exemplo o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Minerais Estratégicos no Brasil. Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele contará com aporte de até R$ 1 bilhão. O tema também impulsiona a agenda diplomática. Na última segunda-feira (10), a embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Brasil organizaram um evento que debateu cooperação bilateral e o intercâmbio técnico visando a exploração de minerais críticos. Estiveram presentes autoridades do governo do país norte-americano que tratam do assunto.

Por sua vez, as mineradoras, representadas pelo Ibram, também buscam apresentar suas posições no debate sobre o tema. Recentemente, a entidade conseguiu colocar em tramitação algumas demandas através do Projeto de Lei 2780/2024 apresentado pelo deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG). Entre diversas medidas, ele prevê a desoneração da produção dos minerais crítico, através da dedução de valores no recolhimento do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A proposta, de outro lado, não trata da reparação dos impactos exploratórios.

O tema ganhou centralidade nos quatro dias da Exposibram 2024, que se encerrou nesta quinta-feira (12) em Belo Horizonte. O evento, considerado a maior exposição de mineração da América Latina, é organizado pelo Ibram. “A mineração é parte da história e sem ela não haveria a civilização que hoje conhecemos. Somos os artífices do futuro. Os minerais críticos e estratégicos são decisivos para a transição energética e não haverá saída para a humanidade, em razão do agravamento da emergência climática, sem considerarmos o crescimento da oferta desses minerais”, afirmou Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, na mesa de abertura.

Para Luiz Jardim Wanderley, a mineração já goza de muita isenção fiscal. “Se reduzem o royalty da mineração, por exemplo, os municípios não terão nem a pequena captura de recursos que já se dá em níveis muito baixos. Não superam os 3,5%. E aí fica para os municípios só o dano ambiental e a transformação violenta dos seus territórios”.

Fonte: Agência Brasil

 

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Delegação da Turquia chega no Brasil e se encontra com ministro da agricultura https://brasiliainfoco.com/delegacao-da-turquia-chega-no-brasil-e-se-encontra-com-ministro-da-agricultura/ Sun, 15 Sep 2024 03:00:08 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47853 Ministro também se reuniu com representantes da Indonésia. Agendas fazem parte das reuniões do G20 O ministro Carlos Fávaro se reuniu com a delegação da Turquia, representada pelo Ministro da Agricultura e Florestas, İbrahim Yumaklı, para uma reunião bilateral com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre os dois países. O encontro faz parte […]

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Ministro também se reuniu com representantes da Indonésia. Agendas fazem parte das reuniões do G20

O ministro Carlos Fávaro se reuniu com a delegação da Turquia, representada pelo Ministro da Agricultura e Florestas, İbrahim Yumaklı, para uma reunião bilateral com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre os dois países. O encontro faz parte das reuniões ministeriais promovidas durante o Grupo de Trabalho do G20 do Agro.

As relações diplomáticas entre Brasil e Turquia tiveram início com a assinatura do Tratado Bilateral de Amizade e Comércio, em 1858. A aproximação entre os dois países deu outro passo importante em 2010, com o estabelecimento do Plano de Ação para a Parceria Estratégica, que define uma estrutura para o aprofundamento do diálogo e da cooperação em áreas como agricultura, ciência e tecnologia, comércio exterior e energia, entre outros setores.

“A Turquia é uma prioridade para estreitarmos as relações comerciais”, afirmou Carlos Fávaro durante a reunião.

No setor agropecuário, somente este ano, foram quatro aberturas de mercado para produtos do agro brasileiro na Turquia: exportação de gelatina e colágeno não comestíveis, ovoprodutos e vísceras organolépticas (destinadas à alimentação animal), além da exportação de heparina bovina.

Outro destaque na relação entre os países foi o anúncio, por meio de portaria interministerial, de 11 novas representações diplomáticas brasileiras no exterior que contarão com adidos agrícolas, incluindo a Turquia. A nova adidância fortalece a presença do Brasil junto aos parceiros econômicos e mercados potenciais, ampliando as oportunidades para o setor agrícola nacional.

Na reunião, o ministro brasileiro também destacou a transparência do Governo Federal após a confirmação do primeiro diagnóstico positivo para a doença de Newcastle (DNC) no município de Anta Gorda (RS), no dia 17 de julho.

“Desde o início, tratamos o caso com total transparência, com o objetivo de tranquilizar tanto a nossa população quanto os países importadores sobre a segurança do nosso sistema de defesa agropecuária”, explicou o ministro.

O fim do estado de emergência zoossanitária no estado do Rio Grande do Sul, em função da detecção do vírus patogênico da doença de Newcastle em aves comerciais, foi declarado em agosto de 2024.

AGENDA
O ministro Carlos Fávaro também se reuniu com o ministro da Agricultura da Indonésia, Andi Amran Sulaiman. Fávaro agradeceu pela aprovação dos estabelecimentos brasileiros para exportação de gado vivo para confinamento e abate.

O agronegócio brasileiro atingiu a marca de 100 aberturas de mercado em 2024 com a autorização para exportação de erva-mate do Brasil para a Indonésia.

As exportações agrícolas brasileiras para a Indonésia ultrapassaram US$ 3,69 bilhões em 2023, com 74% desse total provenientes dos complexos de soja e sucroalcooleiro. Nos primeiros sete meses deste ano, o Brasil já exportou mais de US$ 2,44 bilhões em produtos agrícolas para o país.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

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Arábia Saudita busca startups no Brasil https://brasiliainfoco.com/arabia-saudita-busca-startups-no-brasil/ Fri, 13 Sep 2024 03:15:54 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47805 Cidade da Ciência e Tecnologia Rei Abdulaziz (Kacst) busca empresas jovens nos setores de tecnologia, sustentabilidade e espacial para desenvolver pesquisas em laboratórios na Arábia Saudita. Uma delegação da Arábia Saudita liderada pelo príncipe Fahd bin Mansour bin Nasser bin Abdulaziz visitou o Brasil nesta semana para o Startup 20, um congresso com empresários, fundadores […]

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Cidade da Ciência e Tecnologia Rei Abdulaziz (Kacst) busca empresas jovens nos setores de tecnologia, sustentabilidade e espacial para desenvolver pesquisas em laboratórios na Arábia Saudita.

Uma delegação da Arábia Saudita liderada pelo príncipe Fahd bin Mansour bin Nasser bin Abdulaziz visitou o Brasil nesta semana para o Startup 20, um congresso com empresários, fundadores e investidores de empresas startups. Em meio a esta visita, dois integrantes da delegação e representantes do Parque de Inovação da Cidade da Ciência e Tecnologia Rei Abdulaziz (Kacst), Aiman Wali, e Aiman Shieko, visitaram a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, onde apresentaram o interesse da Kacst em receber na Arábia Saudita startups brasileiras e, também, de atrair fundos para seus projetos.

Wali afirmou que a Kacst tem mais de 30 centros de pesquisas e laboratórios em diversos setores. A Kacst busca promover, principalmente, o desenvolvimento de startups em quatro setores fundamentais: saúde, energia, sustentabilidade e futuro da economia, na qual se reúnem inteligência artificial, pesquisas espaciais, gamificação e e-sports, entre outras.

A instituição tem colaborações e memorandos de entendimento com universidades como o Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, e Universidade de Cambridge, na Inglaterra, além de empresas, como a norte-americana Boeing, do setor aeroespacial. Em março, a Kacst recebeu representantes da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) em um workshop realizado na Arábia Saudita.

Ambiente de encontro para startups

Diretor de Novos Negócios da Câmara Árabe, Estevão Margotti sugeriu que a Câmara Árabe e a Kacst possam desenvolver futuramente um fórum para colocar empresas startups brasileiras e sauditas em contato com possíveis investidores, pois uma das demandas da Kacst é também atrair fundos para projetos realizados em seus laboratórios e do parque de inovação.

A head de Consultoria Internacional e do laboratório de inovação CCAB Lab Karen Mizuta apresentou o CCAB Lab, um agente de aproximação e contato entre empresas e sistemas de inovação do Brasil e de países árabes. O secretário-geral e vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara Árabe, Mohamad Mourad, também participou do encontro.

Em sua passagem pelo Brasil, a delegação saudita participou do seminário Startup20, realizado na segunda-feira (9) e na terça-feira (10) na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O fórum foi parte dos eventos relacionados ao G20, cúpula com a maiores economias mundiais que neste ano é presidida pelo Brasil e será realizada em novembro no Rio de Janeiro. Além da Câmara Árabe, os representantes da Kacst estiveram no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, onde discutiram potenciais colaborações.

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Governo de SP, Embraer e cônsul da Coreia discutem iniciativas para promover a fabricante no exterior https://brasiliainfoco.com/governo-de-sp-embraer-e-consul-da-coreia-discutem-iniciativas-para-promover-a-fabricante-no-exterior/ Thu, 12 Sep 2024 03:55:48 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47785 A InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade do Governo de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico) informa que se reuniu com a Embraer, nesta terça-feira, 10 de setembro, na sede da empresa em São José dos Campos, no interior paulista, para discutir iniciativas para promover a fabricante de aeronaves no […]

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A InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade do Governo de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico) informa que se reuniu com a Embraer, nesta terça-feira, 10 de setembro, na sede da empresa em São José dos Campos, no interior paulista, para discutir iniciativas para promover a fabricante de aeronaves no exterior.

Além dos representantes da agência e da empresa, o encontro contou com a presença do cônsul-geral da República da Coreia em São Paulo, Jin-Weon Chae, já que o país tem interesse no desenvolvimento de ações em parceria.

O encontro foi voltado a debater inovações como a aeronave elétrica de pouso e decolagem na vertical (eVTOL), popularmente chamada de “carro voador”, desenvolvida pela Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer. A empresa já conta com apoio da InvestSP no projeto de implantação da fábrica em Taubaté, cidade próxima a São José dos Campos.

A expectativa, a partir da reunião, é de que a área internacional da InvestSP, que conta com escritórios na América do Norte, na Ásia, na Europa e no Oriente Médio, possa apoiar a Embraer em iniciativas voltadas ao mercado internacional.

O anúncio da primeira fábrica de eVTOL no Brasil foi feito em julho de 2023. Um ano depois, em julho desse ano, a Embraer e a Eve já lançaram o primeiro protótipo em escala real da aeronave. Produzido também no interior paulista, mas na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, o protótipo foi lançada no Farnborough Airshow, na Inglaterra. Na época, as empresas confirmaram ter recebido quase três mil cartas de intenções de clientes interessados no eVTOL.

Com cerca de 18 mil colaboradores, a Embraer é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo. Ela já entregou mais de nove mil aeronaves, para clientes de pelo menos 100 países, que transportam cerca de 145 milhões de passageiros por ano.

Informações da InvestSP

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Brasil consegue apoio do G20 para reforma de fundos climáticos https://brasiliainfoco.com/brasil-consegue-apoio-do-g20-para-reforma-de-fundos-climaticos/ Wed, 11 Sep 2024 03:24:30 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47777 Tema foi discutido nesta terça-feira no Rio de Janeiro O Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 (SFWG, na sigla em inglês) terminou hoje (10) a última reunião sob presidência brasileira, em evento sediado no Rio de Janeiro. Segundo os coordenadores do grupo, a principal entrega é um relatório com recomendações para reformar os […]

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Tema foi discutido nesta terça-feira no Rio de Janeiro

O Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 (SFWG, na sigla em inglês) terminou hoje (10) a última reunião sob presidência brasileira, em evento sediado no Rio de Janeiro. Segundo os coordenadores do grupo, a principal entrega é um relatório com recomendações para reformar os fundos ambientais e climáticos. O documento foi encomendado pelo GT a especialistas no tema.

Desburocratizar o acesso do chamado Sul Global aos fundos sempre foi uma das prioridades do país.  Atualmente, quatro dispositivos multilaterais financiam a maioria dos projetos que tentam frear a crise climática: o Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund); Fundo de Investimento Climático (Climate Investment Funds); Fundo de Adaptação (Adaptation Fund) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility).

Os critérios para conseguir recursos desses fundos são considerados burocráticos e difíceis pela maioria dos países do Sul Global. O que o Brasil espera que mude a partir das reuniões no âmbito do G20.

“Nós priorizamos usar o capital político do G20 para impulsionar uma transformação dos principais fundos climáticos e ambientais do mundo. Não é algo trivial o que a gente conseguiu aqui. Temos uma agenda de implementação pela frente, mas a gente conseguiu que todos os membros do G20 apoiassem uma agenda de reforma da arquitetura financeira climática”, disse Ivan Oliveira, coordenador do grupo e subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda. “Isso se conecta fortemente com uma agenda de solidariedade da política externa do presidente Lula. Essa é uma entrega substantiva e que tem um potencial de destravar o sistema, para que de fato os bilhões de dólares que a gente tem alocado nesses fundos cheguem aos países que precisam, de forma mais rápida e efetiva”.

O Grupo de Trabalho Finanças Sustentáveis foi criado para mobilizar finanças sustentáveis como meio de garantir o crescimento e a estabilidade globais. A ideia é promover transições para sociedades e economias mais verdes, resilientes e inclusivas. O grupo tem a missão de identificar barreiras institucionais e de mercado a estas finanças.

Segundo os coordenadores, ao fim dos trabalhos, o GT conseguiu avançar nas quatro áreas prioritárias propostas pela presidência brasileira: facilitação de acesso aos fundos verdes; princípios para uma transição justa; reportes de sustentabilidade; e instrumentos financeiros para as chamadas soluções baseadas em natureza.

Cyntia Azevedo, chefe adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, participou do GT e destacou a importância de que as instituições assumam um compromisso real com a agenda e evitem o chamado greenwashing, termo em inglês que significa criar uma falsa aparência de sustentabilidade para o público.

“Várias das recomendações do GT vão na direção justamente de melhorar a qualidade dos dados que são produzidos, a confiabilidade e a comparabilidade. É importante para quem está investindo saber como são as atividades de cada empresa, ter confiança de que aquilo que está sendo vendido como sustentável de fato é. Não basta dizer que é sustentável, você tem que provar que é sustentável”, disse Cyntia Azevedo.

A próxima reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 vai acontecer em Washington DC, Estados Unidos, como parte dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em outubro.

Fonte: Agência Brasil

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200 anos: Senado inaugura exposição imersiva nesta terça-feira https://brasiliainfoco.com/200-anos-senado-inaugura-exposicao-imersiva-nesta-terca-feira/ Tue, 10 Sep 2024 03:04:26 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47761 O Senado inaugura a exposição “Senado 200 anos: Conectando Passado e Futuro” no Salão Negro do Congresso Nacional na próxima terça-feira (10), às 15h30. Com elementos imersivos e interativos, a exibição destaca pontos importantes dos trabalhos da Casa legislativa desde sua criação durante a monarquia brasileira, em 1824. A mostra terá tela sensível ao toque, […]

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O Senado inaugura a exposição “Senado 200 anos: Conectando Passado e Futuro” no Salão Negro do Congresso Nacional na próxima terça-feira (10), às 15h30. Com elementos imersivos e interativos, a exibição destaca pontos importantes dos trabalhos da Casa legislativa desde sua criação durante a monarquia brasileira, em 1824.

A mostra terá tela sensível ao toque, projeção mapeada, painel giratório e outras tecnologias que auxiliarão o visitante a acessar relatos e documentos sobre debates e personalidades que marcaram cada período: Império; República; Ditadura; e Redemocratização. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a exposição — que não se restringe aos trabalhos políticos — busca levar o público a refletir sobre a participação democrática.

— A exposição é um convite à reflexão sobre os desafios atuais, e pretende demonstrar que a história do Senado é também a história de cada brasileiro —

A mostra vai até o dia 10 de dezembro, com entrada gratuita, das 9h às 16h30 — a permanência é permitida até as 17h.

Objetos históricos

Além da maquete do Congresso Nacional atual, o público poderá contemplar a reprodução dos dois locais anteriores onde o Senado já funcionou, no Rio de Janeiro: Palácio do Conde dos Arcos — primeira sede —; e Palácio Monroe — segunda sede. Também será exposta uma seleção de itens históricos preservados desses dois palácios:

  • cadeiras;
  • urnas de prata usadas em votações;
  • lustres;
  • vitral desenhado por Henrique Campos Cavaleiro;
  • bustos de personalidades históricas;
  • aparadores.

A plataforma e-Cidadania do Senado — que permite aos cidadãos sugerirem projetos de lei e opinarem em reuniões — também será apresentada para representar a modernização da Casa legislativa. No local, os visitantes poderão aprender suas funcionalidades.

O público terá à disposição visitas guiadas com duração de cerca de meia hora. Há opção de acessibilidade — audioguias e monitores habilitados em Libras — e dos idiomas português, espanhol e inglês.

Série de exibições

A exposição é a terceira de quatro exposições planejadas para o ano em comemoração ao bicentenário. O Senado já concluiu a mostra “Palácio Monroe: um Legado de Democracia” e publicou, nesta sexta-feira (6), a exposição virtual “Palácios da Memória”, produzida pela Agência Senado, que permite uma visitação on-line pelas três sedes pelas quais o Senado já passou.

Fonte: Agência Senado

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FBN lança edital do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior https://brasiliainfoco.com/fbn-lanca-edital-do-programa-de-apoio-a-traducao-e-publicacao-de-autores-brasileiros-no-exterior/ Mon, 09 Sep 2024 03:34:00 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47736 A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), anuncia o lançamento do edital do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, edição 2024. O programa visa apoiar editoras que desejam traduzir obras de autores brasileiros, previamente publicadas em português, para outros idiomas, e comercializá-las no exterior em […]

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A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), anuncia o lançamento do edital do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, edição 2024. O programa visa apoiar editoras que desejam traduzir obras de autores brasileiros, previamente publicadas em português, para outros idiomas, e comercializá-las no exterior em formato impresso, digital ou ambos.

As inscrições podem ser feitas até 6 de outubro de 2024, exclusivamente pelo e-mail translation@bn.gov.br. O resultado das editoras selecionadas será publicado no Diário Oficial da União, no dia 18 de novembro de 2024.

O programa disponibilizará R$ 1 milhão para projetos internacionais de tradução e publicação de obras de autores brasileiros anteriormente publicadas em português no Brasil.

Após a publicação do edital, as editoras estrangeiras encaminham um projeto de tradução acompanhados da documentação exigida no regulamento. Uma vez habilitadas, as editoras assinam um Termo de Compromisso com a Biblioteca Nacional e o apoio financeiro é efetivado em duas parcelas, a primeira, logo após a assinatura do contrato, e a segunda, após a publicação da obra traduzida, em até 24 meses.

Segundo Marco Lucchesi, presidente da FBN, o programa já está consolidado há mais de três décadas, abrangendo diversos países e facilitando a tradução de autores brasileiros para inúmeras línguas.

“É um programa vibrante, altamente estruturado, de acesso claro e transparente, que revela o quanto a literatura brasileira é pujante, diversa e procurada pelas editoras estrangeiras”, avalia.

O presidente destaca o sucesso da iniciativa como um instrumento público de promoção da literatura brasileira no exterior. “A Biblioteca Nacional, em diálogo permanente com a Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), vem ampliando o valor de aportes, para atender o número crescente de pedidos para que autores brasileiros façam parte do grande concerto das nações e da cultura da paz”, disse.

Sobre o Programa

O Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli/MinC) e o Instituto Guimarães Rosa, do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Instituído em 1991 como parte da Política de Internacionalização do Livro. Coordenado pela FBN, tem o objetivo de divulgar o patrimônio literário nacional, mediante a concessão de apoio financeiro. O Programa recebe verbas do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Lei Anual Orçamentária (LOA) e do Fundo Nacional de Cultura (FNC).

Ao longo de 33 anos, mais de 1.200 obras brasileiras foram publicadas em 45 idiomas, incluindo inglês, italiano, francês, russo, espanhol, catalão, chinês, polonês, húngaro, ucraniano, eslovaco, estoniano, turco, búlgaro, grego, macedônio, sueco, dinamarquês e croata, entre outros.

Um dos destaques recentes do programa é o Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, que foi traduzido para nove idiomas nos últimos cinco anos. Entre os autores mais traduzidos estão Clarice Lispector (65 traduções), Machado de Assis (48) e Rubem Fonseca (25). As obras mais traduzidas incluem Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e A Hora da Estrela, cada uma com dez traduções. Os idiomas com maior número de traduções de obras brasileiras são espanhol, francês, inglês e alemão.

Para acessar o edital e o regulamento, basta clicar aqui.

Fonte: Ministério da Cultura

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Dia da Independência: Pronunciamento do presidente Lula https://brasiliainfoco.com/dia-da-independencia-pronunciamento-do-presidente-lula/ Sat, 07 Sep 2024 11:55:53 +0000 https://brasiliainfoco.com/?p=47702 Confira a íntegra do pronunciamento à nação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta sexta-feira, 6 de setembro, um pronunciamento à nação referente ao 7 de setembro, data da Independência do Brasil. Confira a íntegra: Minhas amigas e meus amigos, Amanhã é dia de comemorarmos a independência do […]

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Confira a íntegra do pronunciamento à nação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta sexta-feira, 6 de setembro, um pronunciamento à nação referente ao 7 de setembro, data da Independência do Brasil.

Confira a íntegra:

Minhas amigas e meus amigos,

Amanhã é dia de comemorarmos a independência do Brasil. E é também um bom momento para celebrarmos a democracia. Nenhum país é de fato independente sem o exercício pleno da democracia.

A democracia é mais do que votar no dia da eleição. É lutar pela conquista de direitos. O direito de fazer três refeições por dia, morar com dignidade, ter um bom emprego, salário justo, segurança para cuidar da família e conquistar um futuro melhor para nossos filhos.

Democracia não é um pacto de silêncio. É o debate entre as opiniões divergentes que compõem a sociedade. Democracia é o diálogo, é a convivência civilizada entre opostos. É o respeito à vontade do povo expressa livremente nas urnas.

Não é o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo. Em momentos decisivos da história, a defesa da democracia é capaz de unir adversários de longa data. Foi assim na construção da aliança para garantir a governabilidade do país, após as eleições de 2022.

Foi assim no 8 de janeiro de 2023, quando democratas de quase todos os partidos se uniram para derrotar a tentativa de golpe. Daquele dia em diante, deixamos bem claro ao mundo que o Brasil é um país onde a paz e a liberdade imperam, mas não é um território sem lei e sem ordem.

Minhas amigas e meus amigos,

A vitória da democracia permitiu que trouxéssemos de volta as políticas de inclusão social que retiraram milhões de pessoas da pobreza. Permitiu que tivéssemos, de novo, uma política externa ativa e altiva, à altura da grandeza do Brasil. Que a saúde e a educação voltassem a ser prioridade.

Que a ciência derrotasse o negacionismo. E que o combate a todas as formas de desigualdade voltassem à ordem do dia. Permitiu a convivência harmoniosa entre Executivo, Legislativo e Judiciário. E, também, que firmássemos parceria entre o governo federal, governadores e prefeitos, independentemente do partido político de cada um.

Foi assim na seleção das obras prioritárias do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, para cada estado e cada município. Foi assim no socorro imediato às vítimas das calamidades, a exemplo das enchentes do Rio Grande do Sul, e agora também das queimadas no Pantanal e na Amazônia.

E será assim também na criação de uma Política Nacional de Segurança Pública, em diálogo com os 27 governadores. Juntos, vamos derrotar o crime organizado.

Minhas amigas e meus amigos,

Nenhum país é de fato independente quando tolera ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda. Nenhum país do mundo é de fato independente quando seu povo perde a esperança.

Por isso, comemoramos a volta da capacidade de sonhar da nossa juventude, graças à geração de oportunidades para todos e todas.

Por isso, comemoramos a retirada de 24,5 milhões de pessoas do pesadelo da fome. Por isso, comemoramos a criação recorde de cerca de 3 milhões de empregos com carteira assinada. É a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos. E o crescimento da economia.

Por isso, comemoramos o aumento do poder de compra e a melhoria da qualidade de vida da nossa população.

Temos muitos desafios pela frente, mas estamos no rumo certo. É o começo de uma caminhada para um Brasil melhor para toda a família brasileira.

Viva a independência do Brasil. Viva a democracia.

Fonte: Planalto

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