Coluna : Perdida em Londres

 

 

 

Londres é um dos destinos mais procurados para turismo por cidadãos do mundo todo e é sem dúvida um dos lugares por onde mais me encantei.

Nunca subi na London Eye e tampouco fui ao museu Madame Tussauds. Prefiro explorar os lugares de outra forma: me perdendo. E em Londres eu me perdi, me apaixonei e gostaria de me perder ali por anos a fio.

Caminhei incansavelmente naquele lugar. A arquitetura, a mistura de nações e culturas, o cheiro, o clima. Perde quem não visita a Inglaterra no outono e na primavera. Diferente daqui, lá é possível perceber as estações e no outono fica tudo tão nostálgico! As ruas pintadas em tons de amarelo e marrom. Ah, Londres…

Passear por Camden Town, tomar uma “pint” de Guiness (ou várias) em um dos tantos pubs espalhados por ali, ouvir histórias sobre a Amy (Winehouse), ver a casa dela (por fora).

Abbey Road que nada! O legal é tentar a sorte na Cavendish Avenue e quem sabe encontrar Paul McCartney saindo de casa, ou passear por Holland Park, ver a Tower House (que tem uma história bem interessante), casa do Jimmy Page.

Londres e seus arredores são feitos de música e arte. Nas ruas, nas estações de metrô, nos pubs e nos lugares menos esperados também. Lembro de um restaurante italiano chamado Charlie’s (infelizmente não existe mais), em Golders Green, ao norte da capital. Lá qualquer pessoa podia se apresentar ao microfone e todas as vezes que vi foram excelentes músicos. Nem pense que era tipo karaokê porque não era. Alguns produtores e caça talentos certamente andavam por ali.

Uma vez fui parar em uma festa GLS em Brixton, num teatro. Não tenho palavras para descrever os espetáculos com fogo, danças, malabarismos, que aconteceram no palco. Uma das poucas vezes que voltei para casa já de manhã.

Eu caminhei todos os dias por lugares antes desconhecidos por mim naquela cidade, por meses. E essa é a maior dica que dou a quem quer conhecer Londres, caminhar bastante. Saia do óbvio, visite o extremo sul ou norte da cidade para ver como os ingleses de verdade vivem.

Britânicos têm fama de fechados e pouco comunicativos. Minha impressão foi outra em relação a eles. Muito cordiais, mais tímidos que os brasileiros, porém é fácil arrancar um sorriso deles. São extremamente polidos e educados. Costumam viver longe do centro da capital, que fica tomado por estrangeiros.

Na Inglaterra tudo funciona bem no geral, principalmente o transporte público. Há problemas, claro, mas é uma nação bem organizada, outra realidade.

Tenho tantas lembranças dali que um dia seria pouco para contá-las.

Sim, essa é uma pequena declaração de amor a Londres.

 

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