Embaixada do México comemorou a Independência do país no dia 15 de setembro em uma cerimônia em Brasília

Foi realizada em Brasília uma cerimônia no dia 15 de setembro na Embaixada do México, para comemorar a Independência do país, o atual Ministro da Justiça Torquato Jardim estava presente, assim como vários diplomatas Brasileiros e Embaixadores estrangeiros que estão em missão no Brasil.

Em seu discurso o Embaixador do México no Brasil, Salvador Arriola enfatizou a importante relação  e estreita cooperação internacional com o Brasil  e a importância de não subestimar nenhuma raça, de respeitar a todos e disse acreditar que jamais existiu uma raça única que fosse totalmente independente  .

A Data Nacional Mexicana foi celebrada nos jardins da Residência Oficial, que junto com a Embaixada do México, foi construída por dos mais reconhecidos arquitetos mexicanos da época: Teodoro González de León, Abraham Zabludovsky e Francisco Serrano. O prédio da Embaixada do México é um dos mais emblemáticos de Brasília, por ser um exemplo de arquitetura contemporânea mexicana, inspirada nos centros cerimoniais das grandes civilizações pré-colombianas de Mesoamérica, mas sintonizando harmonicamente com a magnificência de Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade.

México x Brasil (Fonte :MRE)

As relações bilaterais do Brasil com o México são diversificadas e têm importância nos campos político, da integração, comercial, de investimentos e de cooperação, entre outros.

No campo político, Brasil e México são parceiros em diversos foros globais, tais como o sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), entre vários outros. Exemplo de coordenação entre Brasil e México em política internacional são as atuações dos dois países no G-20 comercial e no G-20 financeiro. Outro exemplo é a parceria pela proscrição de armas nucleares, simbolizada pelo papel de ambos na Organização para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL).

Em âmbito regional, Brasil e México são parceiros em numerosas iniciativas, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Associação Latino-americana de Integração (ALADI), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

O comércio entre Brasil e México confirma a importância das relações bilaterais. Nos dez anos encerrados em 2014, a corrente de comércio entre os dois países cresceu 93,7%, chegando a US$ 9 bilhões em 2014. Produtos industrializados representam 93,6% do total de exportações brasileiras para o México.

Em 2014, o México foi o 11º parceiro comercial do Brasil, que, por sua vez, figurou como o 8º parceiro comercial mexicano. O México foi a 11ª maior fonte de importações brasileiras e o 14º destino das exportações nacionais. Para o México, o Brasil foi o 8º parceiro comercial e o 6º maior superávit na balança comercial do país.

Na visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff ao México, em 26 de maio de 2015, Brasil e México decidiram priorizar a ampliação e o aprofundamento do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53), que atualmente abrange preferências tarifárias de cerca de 800 itens. Com isso, os dois países buscarão ampliar de forma significativa a relação comercial, seja no campo dos produtos agrícolas e industriais com reduções tarifárias, seja nas áreas de serviços, compras governamentais, medidas sanitárias e fitossanitárias, dentre outras. As negociações ficarão a cargo de um grupo binacional que deverá iniciar seus trabalhos a partir de julho de 2015.

O estoque de investimentos mexicanos no Brasil, pouco acima dos US$ 22 bilhões, de acordo com dados de 2013, faz do mercado brasileiro o principal destino dos investimentos mexicanos na América Latina e o 2º no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O México ocupa o 7º lugar entre os estoques de IED no Brasil.

Empresas brasileiras são responsáveis por alguns dos maiores investimentos privados no México, notadamente no setor petroquímico, químico e siderúrgico. O estoque de investimentos diretos brasileiros no México, de US$ 1,4 bilhão, vem aumentando nos últimos anos. Destaca-se consórcio formado entre a BRASKEM e o grupo mexicano IDESA para a construção de complexo petroquímico (“Projeto Etileno XXI”), maior investimento privado em curso no México, estimado em US$ 4,5 bilhões. A GERDAU possui projeto de construção de planta siderúrgica, com investimentos estimados em US$ 600 milhões, no Estado de Hidalgo.

Por ocasião da visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff ao México, em 26 de maio de 2015, foi assinado Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) entre os dois países. O ACFI assinado com o México busca incentivar o investimento recíproco através de mecanismo de diálogo intergovernamental. Por meio do ACFI, haverá maior divulgação de oportunidades de negócios, intercâmbio de informações sobre marcos regulatórios e mecanismo adequado de prevenção e solução de controvérsias. Trata-se do terceiro instrumento desse tipo assinado pelo Brasil, após Angola e Moçambique, e o primeiro na América Latina.

A cooperação técnica é outro importante aspecto das relações entre Brasil e México. O programa de cooperação técnica bilateral é de especial interesse pela intensa troca de experiências entre os dois países, evidenciada pela variedade das atividades envolvidas. O programa para o período de 2011 a 2013 totalizou 25 projetos, sendo 9 de cooperação prestada pelo Brasil, 8 de cooperação horizontal (que implica intercâmbio de capacitação), 6 de cooperação recebida daquele país e 2 de cooperação trilateral, envolvendo terceiros países.

A comunidade brasileira no México é estimada em 14 mil pessoas, a maioria residente na capital e região metropolitana.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.