Agência da ONU afirma que a AIDS não acabou e é preciso precaução

Os avanços na resposta ao HIV não têm precedentes. Na África do Sul, em 2000, somente 90 pessoas tinham acesso à terapia antirretroviral. Hoje, o país tem 4,2 milhões de pessoas em tratamento.

“Ultrapassamos as metas globais e hoje, no mundo, aproximadamente 20,9 milhões de pessoas têm acesso a esses medicamentos capazes de salvar vidas”, disse o diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Michel Sidibé, em mensagem para o Dia dos Direitos Humanos, lembrado em 10 de dezembro.

Contudo, ele lembrou que não podemos ser complacentes — a AIDS não acabou em nenhuma parte do globo e os desafios à frente continuam significativos.

Foto: ONU

Foto: ONU

Os avanços na resposta ao HIV não têm precedentes. Na África do Sul, em 2000, somente 90 pessoas tinham acesso à terapia antirretroviral. Hoje, o país tem 4,2 milhões de pessoas em tratamento.

“Ultrapassamos as metas globais e hoje, no mundo, aproximadamente 20,9 milhões de pessoas têm acesso a esses medicamentos capazes de salvar vidas”, disse o diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Michel Sidibé, em mensagem para o Dia dos Direitos Humanos, lembrado em 10 de dezembro.

Contudo, ele lembrou que não podemos ser complacentes — a AIDS não acabou em nenhuma parte do mundo e os desafios à frente continuam significativos.

Estudos de 19 países mostram que uma em cada cinco pessoas vivendo com HIV teve tratamento de saúde negado (incluindo serviços odontológicos, serviços de planejamento familiar ou serviços relacionados a saúde sexual e reprodutiva).

Dados de oito países mostram que 25% das pessoas vivendo com HIV evitam ir ao hospital por temer o estigma ou discriminação relacionados ao seu estado sorológico; e uma a cada três mulheres vivendo com HIV já passou por, pelo menos, uma forma de discriminação em serviços de saúde relacionados à sua saúde sexual e reprodutiva.

“Estes desafios são sustentados por desigualdades e pela discriminação, que impedem os mais vulneráveis à epidemia — incluindo mulheres, pessoas jovens e populações-chave — de exercerem seu direito à saúde. Temos uma responsabilidade moral e legal de agir contra discriminação e proteger os direitos humanos. Somente quando a dignidade humana e a igualdade forem preservadas poderemos completamente tornar em realidade a lógica ‘minha saúde, meu direito’”, declarou.

“Neste Dia dos Direitos Humanos, convoco todos a uma reflexão sobre como a epidemia de AIDS tem transformado nossa compreensão de determinantes estruturais, legais e sociais da saúde e no poder de pessoas vivendo com HIV ou afetadas pelo vírus, que, juntas, tentam quebrar a conspiração do silêncio e reivindicar a proteção dos Direitos Humanos. As lições do passado devem nos reenergizar para enfrentarmos os desafios do futuro.”

Segundo Sidibé, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável oferecem uma agenda global de transformação, fundamentados no compromisso de não deixar ninguém para trás e de acabar com a epidemia de AIDS como uma ameaça a saúde pública até 2030. “Para alcançar esse objetivo global, convido todas as pessoas a apoiar os direitos humanos e a reiterar seu compromisso com o respeito, com a proteção e com o cumprimento dos direitos para todos”, afirmou.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o 10 de dezembro como Dia dos Direitos Humanos em 1950 para chamar atenção para a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um padrão comum a ser alcançado por todos os povos e nações.

Fonte: ONU Brasil

Compartilhe

Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.